• Do Kyungsoo •

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As vezes, no conto de fadas, desistimos do nosso feliz para sempre. Ter a plena convicção de que não acontecerá a sua tão esperada história encantada, aonde de repente, aparece um príncipe, que se apaixona por si e te salva.

O mundo não foi feito para contos de fadas, e o conto de fadas não foi feito para o mundo. Kyungsoo claramente, queria viver em um lugar, aonde a sua realidade, simplesmente não existi.

No conto de fadas.

|Empresa|
|10:22 A.M|
|Segunda-feira|

— Bom dia rapaz, veio comprar mais flores, certo? Chegou ontem lindas orquídeas, estão maravilhosas! — exclamou doce senhora que cuidava da floricultura.

— Bom dia, eu queria um ramo pequeno. Sabe... Você tem clientes frequentes, certo? Se lembra de alguém que sempre vem aqui? — perguntou SeHun, olhando para as flores, pensando em qual Kyungsoo gostaria de ganhar.

— Hm, um jovem rapaz vem toda semana comprar flores. Ele é apaixonado por floricultura, e conversamos sobre essas belezas por horas! — disse a doce senhora, acompanhando SeHun, que andava de lá para cá.

— E quais eram as suas flores favoritas? — perguntou, sorrindo minimamente, ao sentir o cheiro suave das rosas.

— Ele adora todo tipo de flor, mas as suas favoritas mesmo eram as orquídeas e as rosas brancas. Combinava com ele, é um rapaz tão puro e gentil! Mas me diga, você o conhece? — perguntou curiosa, e sorriu com o aceno positivo de SeHun.

— Sim, eu o conheço. Quero presentear ele, por favor, me separe alguns ramos de rosas brancas, irei levá-las. — pediu, e assim a senhora pegou os ramos de flores brancas, e passou um embrulhe transparente em volta, deixando um buquê lindo.

— Ele vai amar! Tenho certeza. São 4,732,80* wons.

    SeHun pagou e se foi para a empresa, animado em presentear Kyungsoo com as belíssimas flores. Estacionou o carro, no estacionamento próprio da empresa, e puxou o buquê ajeitando as flores, pensando se deveria escrever algum bilhetinho. Logo avistou Jongin lhe esperando na porta da empresa, checando o horário no relógio de pulso. SeHun ajeitou a gravata e deu uma passadinha de mão no cabelo, rapidamente.

— Bom dia, senhor Kim. — disse SeHun, espiando pela porta de vidro lá dentro, na esperança de ver logo Kyungsoo.

— Bom dia, SeHun, o que raios aconteceu com você? Está atrasado, daqui meia hora temos reunião. Eu já entrei em contato com aquele profissional, marquei no seu horário livre, que era as duas se eu não me engano. SeHun? Presta atenção no que estou de dizendo! — ralhou Jongin, revirando os olhos para o mais novo que olhava em volta distraído.

— Estou procurando alguém... Me fale depois. — murmurou, antes de caminhar até recepcionista. — Bom dia, o senhor Do Kyungsoo já chegou?

— Só um momento, senhor, deixe me checar os cartões. Do... Kyungsoo... Do, aqui, já chegou a 1h e 20 min...

    SeHun nem esperou que ela terminasse de falar, foi até o elevador, já clicando para o sétimo andar. Jongin vinha em seu encalço, respirando fundo, contando até três para não perder a calma e brigar com SeHun. As vezes, Jongin se perguntava como o senhor Oh poderia ter colocado seu caçula para assumir as coisas da empresa tão cedo, mas como início de seus pensamentos, concluía sem uma boa explicação.

— Por que está indo no sétimo andar? Descobriu quem é o cara por trás das empresas fantasmas? — perguntou Jongin, baixando o tom.

— Não. Estou indo resolver um assunto pessoal, pode ir direto. Por favor, recolha as planilhas da Yuri, preciso das anotações. Hm... Eu preciso rever a minha agenda, e marcar uma reunião com a área da contabilidade. — SeHun ajeitou novamente sua gravata, olhando seu reflexo na porta de metal.

— Ok, vou recolher as planilhas e deixar na sua mesa. Sobre a reunião, vou ver com a Yuri. Por enquanto é só? — perguntou, Jongin, já puxando celular para anotar as coisas.

— Por enquanto é só. Te vejo no escritório. — disse assim que a porta do elevador se abriu, e saiu andando.

    Yoona arrumou a postura, vendo presidente passando pelo elevador. Logo se lembrou de tudo que havia conversado com Kyungsoo, e ver SeHun entrando com buquê de rosas brancas, todo arrumadinho, provavelmente para ver Kyungsoo, a fez sorrir maliciosa. Logo tossiu tentando disfarçar.

— Bom dia senhor Oh, precisa de algo? — disse formalmente, chamando atenção do mesmo.

— Eh, bom dia. Onde é a sala do funcionário Do Kyungsoo? — perguntou, tentando manter postura.

— É por aqui senhor Oh. — disse saindo de trás do balcão, andando até a sala de Kyunggie.

— Obrigado, com licença. — pediu, antes de se esgueirar para dentro do cômodo chamando atenção de Kyungsoo. Fechou a porta atrás de si.

     SeHun analisava Kyungsoo, que estava com os cabelos perfeitamente penteados em um leve topete, a camisa azul claro perfeitamente modelada no corpo. O olhar surpreso, constrangimento pintado em suas bochechas rosadas, os lábios grossos entreabertos. Kyungsoo sentia seu interior ser revirado, e as bochechas arderem de vergonha.

— Bom dia Kyungsoo. Eu trouxe para você! — SeHun estendeu o buquê, admirando o brilho que automaticamente o seu olhar ganhou.

— O-obrigado, SeHun. — disse abobado, se levantando da cadeira. — São tão lindas...

— Eu queria te dar algo, me lembrei que tinha visto muitas flores na sua casa, deduzi que gostasse. — murmurou, com certo constrangimento.

  Observou Kyungsoo segurar o buquê delicadamente, cheirando-as. O sorriso de coração que tomou os lábios de Kyungsoo, encantou SeHun, mais do que poderia estar. Kyung, sentia seu coração levemente disparado, além de suas mãos formigar, não sabia que SeHun levaria sério sobre lhe conquistar, e nem que começaria pegando em seu ponto fraco.

— Você, quer almoçar comigo? Quero dizer, podemos sair para almoçar no seu expediente. Se você quiser, é claro. — disse todo embolado, fazemos Kyungsoo rir um pouco, achando totalmente fofo.

— Claro, vamos almoçar juntos. E obrigado pelas flores, eu amei! — disse sorrindo, fazendo seus olhos sumirem em duas riscas.

SeHun julgou ser a coisa mais preciosa que já havia visto.

— Que bom, eu te espero no saguão quando der o horário. Desculpe se eu atrasar alguns minutos, às vezes acontece imprevistos. — caminhou até a porta, abrindo para sair.

— SeHun! E-eu... Adorei seu cabelo. — Kyungsoo, murmurou envergonhado, olhando para chão sentindo suas bochechas queimarem de vergonha.

SeHun talvez tenha ficado ainda mais apaixonado...

   

Conto de Fadas | SESOOOnde histórias criam vida. Descubra agora