Estevan
Seguia meu trajeto depois que ouvi uma batida estrondosa. Olhei no retrovisor do carro e tenho certeza que meu coração parou. Vi um corpinho que reconhecia muito bem jogado no meio da rua.
Dei uma daquele motorista do "carga explosiva" e desviei dos carros de ré. Agora acredito que o Amor nós faz fazer coisas impossíveis.
Me aproximo e vejo um homem loiro o estuprador que não era estuprador..
-Sara? Chamo-a. E Ele me olha estranho.
-Ela é minha vizinha. Vamos leva-la ao médico pode ser sério.
Ele assentiu e botamos ela no banco de trás do carro, e entramos no da frente. Mantinha meus olhos na estrada e nas coxas de Sara. Eu não consegui...
Chegamos e a levaram de maca, caminhamos lado a lado. A enfermeira se aproximou e se apresentou.
-Sou Luiza. Nem nós importamos.
-Para onde vão leva-la? Perguntamos.
-Vamos fazer alguns exames e como já está pago, em instantes saira o resultado.
O tempo voa e entramos em um quarto eu de um lado e ele de outro. Ele chorava e percebi o quanto ela era importante para ele. E fiquei com medo de ser assim. Dependente.
Logo ela chega com um objeto no pescoço e mesmo ela com aquela roupa de hospital, ela consegue me assim. E aí descobri que não era só desejo.
Ela acordou e falou com o idiota loiro tingido o ciúme tomou conta do meu ser. Ela ficou tão emocionada com a minha presença que deu um ataque. O que o loiro tingido chamou de convulsão.
Ele saiu do quarto e a vontade que eu tinha era de falar, não me deixe, fica comigo, ou até falar o que eu estava sentindo. Mas além de gostoso sou orgulhoso.
Sussurrei coisas loucas quentes em seu ouvido. E assim era o meu jeito que falava que precisava dela. Que eu.. eu... A amava.
-Por que vai sair?
Porque eu te amo, e não quero ficar que nem o loiro tingido dependente, apaixonado.
-Cara, obrigado! O loiro fala. -Espero que se recupere logo. Eu a amo.
-É eu também...Espero que ela se recupera logo. Nem me importei se ele entenderia o duplo sentido..Ah...ele é loiro.
Fui embora como um covarde, cheguei em casa puto. Não me reconhecia. O que essa infeliz tinha feito na minha vida?
-E aí Jhon. Vem hoje tomar uma cerveja? Sem mulher dessa vez.
-Cara...você virou viado?
-Não...Falo.
-Feito. Para você me chamar é sério então estou indo. Desligo.
Tento correr na esteira, tentar mudar meu pensamento de Sara com o loiro tingido. A campainha toca.
Abro a porta e vejo ela ainda abatida pelo hospital. E mesmo fodida a filha da mãe que foder! Seu olhar não nega.
-Eu... Ela gagueja -Você tem açúcar?
-Se quiser me dá. E só falar. E meu jeito de dizer que te amo, desculpa.
Ela iria me bater ou me xingar mas fui salvo pelo elevador.
Uma mulher bonita sai junto com meu amigo. Os dois no estado Pós-foda. Olhei para Sara e ela me olhou. Sorri.
-Amiga! Sara fala para a loira e Jhon fala comigo. Repreendo quando me xinga na frente delas.
-Vamos amiga. Sara chama ela para o seu apartamento mas ela nega.
-Vou jantar com eles. Olho para Jhon e ele sorri.
-Ok. Ela entra e eu encaro os dois.
Dou passagem e eles entram, Jhon e depois a mulher gostosa com cara de puta. Ela fez questão de sarrar no meu pau. Que amiga!
Enquanto Jhon estava sentado ela foi em direção dele e abriu a calça, empinando a bunda. Dando-me uma bela visão.
Respirei fundo.
-Não. Disse e sai sem rumo.
