Alegria

1.1K 76 21
                                    


━Eu disse pra não se mexer. Ou você quer apanhar? Marc perguntou num tom ameaçador.

Archie estava na cama na posição favorita de Marc: com o rosto no colchão e o quadril empinado para cima. A coluna arqueada e a respiração ofegante formavam uma bela imagem. 

Marc acariciou as nádegas brancas com carinho, os dedos traçaram caminhos leves através da pele com a intenção de deixá-lo arrepiado.

Archie não havia respondido a sua pergunta.

Sem aviso e com um sorriso travesso, apertou um pedaço da pele da nádega direita, beliscando-a e puxando-a com força enquanto ouvia os gemidos altos e gritos de Archie..

━Você quer apanhar, não quer?! Perguntou alto, torcendo a pele com mais vigor.

Uma mancha escarlate apareceu onde os dedos haviam apertado. Marc inclinou-se e mordeu o local e os gritos de Archie foram abafados pelo colchão.

Quis gritar mais alto, mas não podia, pois os vizinhos da casa ao lado ouviriam. Por isso, resolveu enterrar o rosto no colchão e deixar a voz transparecer a dor que sentia enquanto tremores e formigamentos percorriam sua pele por onde Marc agora passava os dentes.

Os olhos de Archie encheram-se de lágrimas e o corpo esquentou com a adrenalina e o desejo que sentiu. 

Responde, Marc rosnou novamente entre os dentes, lambendo e beijando o local que havia marcado.

━Sim, Archie murmurou com sofreguidão e timidez. Por favor... Ele mordeu os lábios, tomou coragem e sussurrou a última parte: Me bate.

Marc respirou fundo e riu baixinho, sentindo-se vitorioso. Estava mais fácil obrigá-lo a pedir.

Levantou-se lentamente, com os olhos febris vidrados no corpo do garoto. Não quis perder uma reação, um grito ou um movimento, queria memorizar cada gesto dele.

Marc pegou rapidamente o chicote que havia buscado no carro minutos atrás. Tinha comprado alguns acessórios, há semanas, e esquecido no porta-malas do carro. A memória voltou justamente quando precisava. O chicote finalmente seria usado. 

━Eu vou te comer com tanta vontade hoje, Archie, ele murmurou, sentindo o próprio membro endurecer mais ao vê-lo inclinar-se mais para frente. Mas antes você precisa gritar e implorar.

Archie sabia que se olhasse para trás veria aquele olhar alucinado e travesso olhando-o como uma presa. Estremeceu ao pensar naquilo e inclinou mais o tronco na cama. O corpo pulsou com o suor e os arrepios que sentiu.

Era como se estivesse derretendo ao mesmo tempo em que um turbilhão de sensações povoava seu corpo. Quis, desesperadamente, que Marc fizesse alguma coisa, que ele fizesse o que bem entendesse com seu corpo, mas que o saciasse de alguma maneira, porque nunca havia se sentido tão agitado, excitado e ansioso como naquele momento.

O couro do acessório tocou-o levemente.

Archie fechou os olhos e concentrou-se na própria respiração, que agora estava mais acelerada que o normal. Era como se pressentisse o baque, o tapa e as mãos dele percorrendo seu corpo, marcando, torcendo, machucando e batendo. Mordeu os lábios com força.

O primeiro estalo na pele o fez arquear o quadril.

Marc franziu o cenho com descontentamento e usou o chicote com mais força, deixando um vergão vermelho nas costas estreitas do garoto.

As costas de Archie arderam com a dor e ele resmungou e gemeu palavras inteligíveis. Um incêndio alastrou-se por seu corpo; a pele formigou e ardeu como se ondas de calor estivessem consumindo-o. 

HematomasWhere stories live. Discover now