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Com o telemóvel em mãos, abandonou o museu, confiando em Arthur para cuidar do seu bem mais precioso. Não tinha dúvidas de que o de caracóis chocolate faria os possíveis e os impossíveis pelo museu na sua ausência, mas, no seu peito, viajaria o receio. Era inevitável! No entanto, tentaria focar a sua atenção no que iria fazer. Uma nova descoberta sobre a comunidade britânica seria um passo enorme na história do país, e Nathan entregar-se-ia a cem porcento a esse compromisso para com a comunidade.

Colocou a chamada em alta voz a fim de colocar o cinto de segurança e ligar o carro, enquanto esperava que o homem do outro lado da linha atendesse. Começava a perder a paciência com toda aquela demora. Detestava, com todas as suas forças, esperar, principalmente, quando o assunto era trabalho.

Essa sua impaciência relacionada com o trabalho valera-lhe belos longos minutos, sentado à mesa, a ouvir os sermões sábios dos seus pais. "Trabalho requer paciência, Nathan, tens de saber esperar. Com impaciência não chegas a lado nenhum", diziam os progenitores. Mas Nathan, dono de uma teimosia astronómica, assentia enquanto as palavras sábias eram eliminadas da sua mente velozmente como o lixo indesejado da vida humana.

- Nathan! - dissera a pessoa do outro lado da linha, com uma felicidade controlada na voz - A que devo a honra desta chamada?

- Senhor Presidente! O senhor enviou-me, juntamente com os artefactos, um documento escrito no Inglês primordial sobre Sunnyville...

- Foi intensional, meu caro. -interrompeu-o aquele que governava a Inglaterra - Suponho que pretenda conversar sobre, estou certo?

- Certíssimo! Decidi investigar a cidade. Estou curioso acerca do que existe lá.

- Bom, mesmo que não o aconselhe a visitar aquela cidade, encontre-se comigo na minha casa. Passar-lhe-ei todas as informações de que necessita.

- Estou a sair do museu. Irei imediatamente para a sua casa. Pretendo partir ainda hoje. Até já, Senhor Presidente.

- Até já.

Nathan deu por terminada a chamada e, então, abandonou o estacionamento em direção ao Starbucks. Necessitava de mais uma dose de cafeína no seu organismo, mesmo que fizesse pouco tempo desde o consumo da primeira. A ansiedade e o nervosismo encontravam-se a um nível que o levava a necessitar de cafeína a todos os segundos, sem se importar com o facto de lhe tirar o sono. Sykes queria somente manter-se calmo e com os pensamentos coerentes para tomar decisões importantes.

Enquanto esperava pela sua vez na fila defronte do balcão do estabelecimento, ocupou-se em pedir à sua progenitora para aparecer em sua casa o mais rápido possível, pois possuía notícias importantes a transmitir-lhe. Então, controlando a sua impaciência indomável, continuou a sua espera até se ver novamente na estrada rumo à casa presidencial para receber as preciosas informações.

Conduzido a libertar um pouco da tensão acumulada nos seus ombros, conetou o telemóvel ao rádio do automóvel e deixou que as músicas da sua playlist invadissem o seu campo auditivo carregadas de paz. Para além de café, música libertava-o de todo o nervosismo e tensão que o trabalho arrecadava e impedia-o de atingir um estado de loucura, como via grandes empresários atingirem. Tinha ciência do poder que o dinheiro carregava. Sabia que a qualquer momento, esse bem essencial poderia acabar com a sua vida, da mesma forma que acabara com outras vidas. Dinheiro é como fogo, tem que se ter cuidar ao manuseá-lo.

O corredor de portas negras surgiu no seu campo de visão, levando-o a procurar um estacionamento relativamente perto. Então, após o veículo estar devidamente estacionado, abandonou-o e caminhou até à habitação, tocando à campainha logo de seguida. Enquanto aguardava, as suas mãos aconchegaram-se nos bolsos das calças, e o moreno viajou o olhar pela paisagem calma e agradável.

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