Capítulo 1 - melhor.

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Autora.


Alexandra vem de encontro a sala a procura de Christopher que ali também não se encontrava, jurava ter vasculhado toda a casa atrás do filho.

Já afobada, correu as mãos pelo rosto, logo voltando a encarar a amiga que se encontrava atrás de si.

- Não o achou Alê? - Perguntou preocupada.

- Não Blanca, meu Deus. Aonde será que esse menino se enfiou?! Já olhei por todos os cômodos. - Olhou as escadas que davam acesso ao segundo andar.- só falta um lugar...

- Quarto da Dulce, não é? - A morena questionou tento em seguida a confirmação com um aceno da amiga. - Poxa Alê, então com toda certeza ele está lá, que cabeça a sua... - Ela riu. - era o primeiro lugar que teria ido.

- É... Claro, mas descartei a possibilidade dele estar lá, assim que cheguei ver Dulce saindo daqui e indo brincar la fora com os amigos. O que ele ficaria fazendo sozinho lá? Com ela ele não foi... - Alexandra massageou as têmporas.- mas enfim, vou ver se ele realmente está la. - Blanca apenas concordou quando viu a amiga subir, quando Alexandra desapareceu subindo as escadas a mesma suspirou fundo com um toque de culpa.

- Ai meu Deus me ajuda com Dulce por favor, já não sei o que fazer para melhorar esse jeito dela, sinceramente não sei onde errei na criação dessa menina... - Suas mãos estavam entrelaçadas e seus olhos fechados enquanto pedia aos céus que lhe ajudasse.


~•~


Quando chegou na porta do quarto de Dulce, Alexandra entrou sem nem mesmo se dá o trabalho de bater, o filho se encontrava com os materiais escolares da menina em suas mãos, o caderno sobre o colo, e suas sobrancelhas estavam reunidas mostrando sua concentração ao que fazia, estava tão tomado pela distração que nem viu a chegada da mãe.

- Filho? - Ela o chamou logo ganhando sua atenção.

- Ah, oi mãe, o que faz aqui? - Ele disse com um leve sorriso, ela por sua vez foi até ele acariciando seu rosto.

- Meu pequeno, te procurei por toda parte, estava preocupada, não suma assim sem me avisar antes, ok? - Ele a olhou pensativo e culpado por preocupá-la.

- Mas eu pedi para que minha bebê avisasse mamãe, ela pediu que eu resolvesse um de seus deveres de casa, pois não sabia, e eu disse que faria, mas ela teria que avisar que eu estaria aqui. - Em seu rosto havia um misto de confusão, mas que logo se clareou. - Ah, com certeza ela se esqueceu, é muita coisa na cabecinha dela.

- É deve ser isso mesmo, coisa da adolescência. - Suspirou.- Amor, eu sei que está ajudando ela, mas vamos ter que ir para casa agora, seu pai já mandou o Jarbas para nos buscar. - Ele anotou mais algumas coisas e colocou os cadernos de Dulce organizados em cima de sua cama.

- Eu já acabei mãe, já podemos ir. - Lhe sorriu com carinho.

Alexandra deu sua mão e o puxou para se levantar como se ele ainda fosse um garotinho e precisasse de ajuda. O carinho que tinha com o filho sempre fora assim, Christopher era criado com máximo cuidado, Alexandra tinha medo que o gênio ruim de suas famílias florescesse em seu menino, e não daria motivos para isso.

Se despediram de Blanca e mesmo com o descontentamento de Christopher por não ter se despedido de Dulce, Alexandra insistiu para irem.

~•~

- Olha o ridículo do Uckerzinho saindo da sua casa Dul... - Mayla caiu na gargalhada com os outros.

- Há essa hora todos os meus deves de casa já devem estar prontos. - Zombou na tentativa de descontrair.

- Eu já disse que estou doido para acabar com a festinha dele?! Ele realmente acha que é seu melhor amigo Dulce, se acha com muita importância para você, para achar outra coisa é um pulo, pra te beijar então é mais rápido ainda. - Luis cantou marra, fazendo-se de sério.

- Luis não seja idiota, eu nunca permitiria que ele se quer chegasse perto de mim, ainda mais me beijar... E outra, se desiludir o garoto agora não vai ter ninguém para fazer nossas lições, ou dar as respostas das provas. - Ela disse com os olhos longe, estavam parados em Christopher que falava levemente com a mãe, lhe acompanhou até que entrasse no carro.

Por que ela fazia aquilo?

Por que o machucava?! Em seu interior se sentia mal, a incomodava, mas sua vontade de estar no topo gritava mais alto do que qualquer outra coisa, se sentia poderosa por prevalecer acima. Era egoísta?! Sim, e ela sabia, mas ao levar a balança o seu lado amargo vencia a batalha.

- É... eu sei, tem razão, você nunca permitiria que o boca de ferro chegasse tão longe, só que você sabe que sou meio paranoico benzinho.

- A boca dele é horrivelmente nojenta, Luis, não imagino ninguém conseguindo beijar, eca. - Luane indagou rindo.

- E nem teria jeito, como se beija com um ferro de cavalo na boca?

- Aí gente, que coisa chata, o assunto de vocês só foca nisso... Christopher, Christopher e Christopher o tempo inteiro. - Revirou os olhos.

Todos os olhares focaram nela por um momento, e depois entre eles.

- Ok, vamos esquecer o baitola do Uckerzinho. - Fez uma voz fina e irritante.

- Baitola. - Soltou uma gargalhada escandalosa.

- Aff, quando tiverem algo melhor para conversar me chamem, cansei dessa merda. - Bufou se levantando e saindo.

- Tá, o que foi isso, o que deu nela? - Indagou abismada.

- Não faço a menor ideia, normalmente ela iria rir com a gente, não é?

- Sera que ela tá se doendo ou apegando ao lerdo? - Debochou, mas parou quando recebeu um olhar de Luis.

- Bebeu boca de bosta?! Não fala merda. Ela nunca gostaria daquele lerdo, aquele baitola é o burrinho de carga dela. - deu um tapa na cabeça dele.

A situação ficou tensa, Luis pensativo disse a si que aquilo era incapaz de acontecer algum dia.


~•~

Dulce Maria.

Eu juro que já não estava mais sabendo o que estava acontecendo comigo. Eu ofusquei qualquer tipo de sentimento, afoguei várias possibilidades de apego. Lembrava claramente o que minha mãe sofreu nas mãos de meu pai, eu não ligava para nada, eu não gostava e nem sentia pena de homens, eram podres.

Quando vi minha mãe sendo trancada no quarto brutalmente sentir meu corpo estremesse de pavor, seus gritos assombraram a cada noite meus sonhos, e desde ali eu vi que homens não mereciam empatia.

Então passei a não me importar com nada, que se foda essa porra de sentimento, não me importava com Christopher, não o odeio, eu não conseguiria odiá-lo, mas ele nem de longe poderia chegar aos meus pés, e nem aos de quem andava comigo.

Christopher era um tanto idiota, era bobo, ingênuo, talvez bom demais, e isso com certeza era um de seus grandes defeitos.

Peguei meus cadernos e sorri internamente quando vi tudo pronto, impecável. Aquela aberração era inteligente, caralho, e de repente outra maldita vez, um mal-estar me toma por pensar nele assim, realmente não saberia dizer o que está havendo comigo.

Tiro esses pensamentos ridículos de minha cabeça, Christopher sempre será meu cachorrinho.
Eu sou e sempre serei a melhor.


~•~



🍒❤️

{Revisado.}

Paixão Obsessiva | 1° temp.| Vondy {EM REVISÃO.}Onde histórias criam vida. Descubra agora