Capítulo 5: Finally You?

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Cada capítulo dessa história tem uma seleção de imagens e gifs que eu posto no meu tumblr (no sanjiinocente) vocês podem me seguir lá para receberem atualização ou simplesmente verem o link externo. E para fazerem perguntas aos personagens podem fazer no tumblr (ficsssanji).

Boa leitura.

Reedição definitiva ajuda da @LittlePeaceEvil

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--HARRY--

Eu estava em uma confusão de pensamentos. Depois ter prestado um pouco de atenção nesse garoto, comecei a perceber como ele era parecido com o meu Irish. Estranho pensar assim... Mas gostei de como isso soa.

Quando o Irish desabafava de como era tímido e como era difícil fazer amigos, eu só pensava em como ajudá-lo, mas ele não queria contato, pouco podia fazer. Palavras de alguém que você nem sabe o rosto não ajudariam.

Desisti depois de inúmeras recusas e de desculpas idiotas, ele não estava pronto para me conhecer, devia ter medo de perder minha amizade. Nada nele me afastaria, seja peso, cor, orientação sexual, nada! Aceitei e respeitei sua decisão, também não queria perder um amigo.

Mesmo que 80% das vezes conversássemos sobre videogames, filmes e mangás, ainda assim o colocava em um grau de igualdade a Liam, com o qual não saberia viver sem. As coisas mudaram no dia que ele me contou que sua mãe havia falecido, imaginá-lo chorando era doloroso e doía ainda mais por não poder fazer nada por ele. Como eu poderia ajudar um amigo sofrendo por uma droga de chat? Eu fiquei com raiva dele naquele dia. Eu precisava vê-lo! Eu não aguentava mais não poder olhá-lo nos olhos, dizer como eu sentia muito e que estaria sempre ao seu lado.

Aquele sentimento me assustou por que era algo angustiante que me corroía, foi então que finalmente chorei. Um sentimento que eu nunca tinha sentido antes: rejeição. Por que ele não queria me passar um simples número de celular ou a droga de uma foto? Ele também não queria me ver, e pensar nisso me deixava ainda mais triste.

Recebi uma mensagem sua enquanto ainda chorava, o que me assustou, era como se ele estivesse vendo meu descontrole através da tela do meu computador.

“Por favor, CupCake não desista de mim, eu estou tão perdido, eu preciso de você”

Respirei fundo e tentei jogar esses medos pra longe. Esse não era eu! Ficar chorando como se tivesse levado um “toco”. Depois disso voltei ao normal e conversamos por horas, sobre coisas que ele tinha perdido em duas semanas que não tivemos contato.

Algumas semanas depois tive uma grande notícia: ele viria para Londres. Eu fiquei eufórico, mas sempre desanimava quando ele nunca falava que bairro ficaria. Minutos depois esquecia e já fazia mais planos. Uma das coisas que nos aproximou foi quando falávamos de comida. Ele se interessava em tudo o que eu dizia sobre gastronomia, tinha dia que chegava da universidade e comentava com ele minha aula toda.

E não pense você que o Irish queria fazer o curso de gastronomia, ele queria comer, sim, simplesmente isso, ele amava comer e comia de tudo. Ele só queria saber a história daquele prato ou ingrediente que ele tanto amava, ou quando tentava lhe ensinar algum prato o que, segundo o mesmo, nunca dava certo. Quando pegava o Liam de cobaia nas minhas experiências pensava em como o Irish seria perfeito para o trabalho porque, apesar do Liam ser um amigão e nunca recusar, seu estômago era fraco, então às vezes evitava chamá-lo. Também me pegava pensando que aquele determinado prato o Irish ia amar, o que só ficou pior quando ele disse que viria morar em Londres. Irish, Irish, Irish...

Nobody can have it all!Where stories live. Discover now