19.

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A minha manhã decorreu normalmente e saí de minha casa por volta das 12:30h, embora o André só terminasse os treinos ás 13h. Achei, por bem aparecer antes, porque tenho um pequeno pressentimento de que o Afonso a cozinhar têm tudo menos para dar certo.

Toquei a campainha, mas ninguém me respondeu, provavelmente já saberiam que era eu, porque me abriram logo a porta do prédio. Subi de elevador, até ao 6º andar, e quando saí do mesmo, pude ver Filipe, o primo de André a porta, à minha espera.
Não era de todo, o primo do André, que eu mais queria ver agora. Pelo menos, não depois do mal entendido de há 2 dias atrás.

Eu: Olá Filipe. -disse cumprimentando-o.
Filipe: Olá Bia. Tudo bem contigo?-disse dando-me dois beijinhos e cedendo-me a passagem para o interior da casa.
Eu: Ahm sim, e contigo?

Neste mesmo instante, aparece Afonso, de avental vestido, e posso dizer-vos que foi a melhor imagem que vi naquele dia.

Afonso: Olá Bia.-disse cumprimentando-me  - chegaste mais cedo ah?

Eu fiquei estática enquanto sorria com tal figura.
Afonso: Que foi? Sim, os homens também cozinham e vestem aventais. -disse sério.

Eu: Sim claro, acho muito bem. Mas respondendo à tua pergunta eu só vim mais cedo, mesmo para o caso de o teu plano não dar certo.
Afonso: Oh, vais amar o meu cozinhado-disse um pouco convencido.

O tempo passou a voar, eram 13:45h, quando a fechadura da porta do apartamento de André, se fez soar, e lá apareceu o moreno com um sorriso de orelha a orelha.

André: Boa tarde priminhos. Olá Bia- disse chegando-se primeiro a minha beira.
Eu: Olá  André-sorri timidamente.

André: Então como é que correu?-pergunta-me.
Eu: Muito bem, tirando a parte de o teu irmão quase cortar um dedo, a partir uma cenoura, ou mesmo deixar queimar o arroz, correu bem-disse rindo e olhando Afonso.
Afonso: Oh até parece-disse fazendo beicinho.

André: Puto tu és um desastre na cozinha. Ainda bem que vieste Bia- disse encarando-me e sorrindo-me com o seu sorriso tão característico.

Quando ele sorria para mim, ou me encarava, parecia que o mundo congelava, eu ficava presa no seu olhar, e perdida na luz dos seus olhos e do seu sorriso.

Tiago: Ei ainda estamos aqui-disse tossindo.
Eu e André apenas sorrimos fraco e olhamos cada um para o seu prato, visto que estávamos frente a frente.

O almoço terminou e eu ajudei a levantar e a lavar a loiça, juntamente com André.

Na cozinha:

André: Não aguento guardar isto só para mim.

Eu que estava a lavar a loiça, rapidamente me voltei e encarei André.

Eu: Isto, o quê?-perguntei receosa


Os olhos de André brilhavam, assim como o seu sorriso. Era forte, mas natural.

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Então o que acham que André não consegue guardar mais?

Desculpem, já não publicar há 4 dias, mas precisei de parar um bocado, para me voltar a inspirar, e arranjar rumo para a história.

Lost in your light || André SilvaWhere stories live. Discover now