Reyna Nos Ajuda

2.8K 221 21
                                    

- Muito bem, semideuses. Agora que estamos sentados podem se apresentar. - Reyna falou, sempre com seu tom de autoridade.

- Bom, Reyna, essa é Piper McLean, filha de Afrodite, minha... hum... namorada. - Jason apresentou. Pelo que pude perceber, através dos olhos de Reyna, era que esses dois já haviam tido algum romance ou que Reyna era apaixonada por Jason.

   Antes do clima ficar tenso, Hazel se remexeu e continuou:
- E esse é o Leo, filho de Hefesto. Ele que criou aquele enorme navio em que chegamos.

- Aquilo é uma arma gigante e grega. Nunca iríamos permitir que vocês pousassem nele. - Ela falou.

- Nossa, você anda muito tensa. - Percy falou. Ele apontou pra mim. - E essa é minha namorada... Annabeth, filha de Atena.

- Atena... - Reyna sorriu, como se estivesse se desculpando. - Lamentável.

- Lamentável? - Perguntei.

- Bom, você não vai encontrar filhos de Minerva aqui. Nós, romanos, não aceitamos a ideia dessa deusa ter filhos, já que ela é uma deusa casta.

- Mas, você sabe que ela não tem filhos como as outras mulheres, não é?

- Da mente, assim como Júpiter. - Reyna sorriu. - Nossa deusa romana é diferente. Também não é considerada deusa da guerra. Bom, mas você está aqui, não é? Nos seus olhos consigo ver a determinação de uma verdadeira guerreira.

  Assenti.

- Fale logo, Reyna. Estamos sem tempo, não é mesmo? Temos que seguir com a missão. - Percy disse, já incomodado. Ele parecia perceber que quando se tocava nesse assunto, eu não me sentia bem. Por que não nasci como os outros? Através de uma gravidez normal, tirada por um médico ou parteira?

- Tudo bem. Resumindo: Gaia está reunindo um exército de Gigantes na Grécia. Também descobrimos uma coisa que talvez possa unir nossos acampamentos outra vez.

- O quê? - Piper perguntou.

   Reyna a olhou de uma forma como se ela fosse louca por ter dirigido a palavra.

- Annabeth sabe. - Ela respondeu. - É algo pessoal. Logo mais falarei com ela. Isso é responsabilidade dela. O foco de vocês é impedir que Gaia acorde. As portas da morte estão abertas. Alguém precisa fechá-las ou não derrotarão nenhum gigante.

   Me lembrei do sonho que tive com minha mãe algumas semanas antes de o Percy retornar. Já sabia o que Reyna tinha para me falar. Ela também tinha percebido que os monstros apareciam com mais frequência em terra firme. Quíron havia comentado sobre essas portas. Portas que separam o mundo inferior do mundo mortal, por onde os monstros estavam saindo como se saíssem de uma lojinha de esquina.

- Tudo bem. - Hazel falou. - Como vamos fechar as portas da morte?

- Você que é a filha de Plutão, Levesque. Você deve saber, com detalhes, como funciona o Mundo Inferior. - Ela voltou a me olhar, dessa vez como se eu fosse a líder do grupo. - Só funciona se vocês fecharem, ao mesmo tempo, as portas pelo lado de dentro e de fora.

- Isso significa que... - Percy falou.

- Que alguém vai ter que entrar no tártaro. - Reyna confirmou.

  Leo bufou.
- Muito simples.

- Vocês são inteligentes. Arrumem uma forma. - a pretora disse.

- O que mais? - Hazel perguntou.

  Reyna a olhou, sem entender.
- Como assim "o que mais"? É só isso. Bom, isso e a ideia que tenho de uma busca de paz para compartilhar com Annabeth. O resto vocês já sabem. Não podem estar em terra firme. O mar é uma opção, mas a forma mais segura de viajar é pelo ar.

- Fale por você. - Percy murmurou

Alguns segundos se passaram. Todos estavam refletindo sobre a missão.

- Tudo bem, meio-sangues. Vocês podem me deixar conversar com Annabeth agora? - Ela perguntou.

Alguns balançaram a cabeça confirmando e saíram. Percy me olhou, me passando confiança, e depois seguiu nossos amigos.

Me Apaixonando Outra VezWhere stories live. Discover now