can we be friends.

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Sophie Hasting's P.O.V

Digitei em meu celular apressadamente avisando que hoje chegaria atrasada no trabalho para Trevor, eu odiava não cumprir direito com as minhas obrigações, mas motivos maiores me fizeram isto acontecer, ou melhor, apenas um motivo maior. E ele atendia pelo nome de Martin.

Minha cabeça estava uma confusão desde aquele acontecimento com Justin, me fazendo apressar as coisas e querer resolver tudo de uma vez com Martin. Justin não me respondia e eu me perguntava se eu poderia chegar a ficar em paz com os dois ao mesmo tempo. Quando Justin estava de bem comigo, Martin me odiava. E agora que Martin parece querer resolver as coisas, Justin provavelmente deve estar no mesmo caminho do ódio.

E eu não os culpava.

Eu tinha um poder autodestrutivo que me fazia agir de maneira impulsivamente, estragando tudo de bom que eu tenho. Eu consigo destruir até o indestrutível, exatamente como eu estava fazendo com a minha amizade com o Justin.

Mas eu estava tão carente, droga.

Eu precisava de alguém e Justin estava ali. Ele sempre está.

E eu espero que isso não deixe de acontecer por causa de ontem á noite.

Batidas na porta interromperam os meus devaneios, fazendo com que eu corresse até a porta rapidamente. Eu estava tão ansiosa, provavelmente por achar que estava resolvendo a bagunça que minha vida havia se tornado. Assim que abri a porta, os lábios de Martin abriram um sorriso, relevando os seus dentes pequenos que eu tanto adorava.

E embora eu adorasse o seu sorriso, eu não sentia que o adorava mais.

Ah meu Deus... O que eu estou dizendo? Eu nem se quer conversei com ele ainda. Esse é o meu erro. Julgar as coisas rápido demais, eu nem se quer me permito sentir. Impulsiva. É esse o meu sobrenome.

- Olá... – Martin disse arqueando a sobrancelha ao me ver ainda estática. Eu nem se quer havia percebido que nem um sorriso havia lhe dado – Tudo bem?

- Oh, sim... – coloquei a mão na testa, denunciando que eu estava em outro planeta. Abri espaço para que ele passasse na porta e o observei entrar. Ele parecia um pouco perdido, então tomei a liberdade de me sentar no sofá e esperei que ele fizesse o mesmo. – Pensei que você estivesse fazendo alguns shows esses dias... – comentei para que o clima não ficasse estranho, mas já era tarde demais.

- E eu estou – ele sorriu de lado, sentando ao meu lado. Seus braços se abriram, apoiando-se no sofá acolchoado – Mas eu precisava te ver.

Sorri, abaixando o olhar. Era como se eu nem o conhecesse novamente e simplesmente não soubesse como continuar uma conversa. Eu sentia seus olhar sobre mim e de certa forma, isso me incomodava agora.

- Eu vou ser direto, Sophie – sua voz séria fez com que eu levantasse o meu olhar, encontrando seus olhos azuis. Martin coçou o queixo, parecendo procurar as palavras certas: - Eu não sei o que houve entre você e o Justin, mas... Eu também não quero saber.

Abri a boca fazendo menção de falar algo, mas ele foi mais ágil.

- Espere, deixe-me falar... – seu tom foi gentil e ele se curvou para frente, ficando mais próximo de meu rosto. Certo. Talvez minha mente só funcionasse agora. A sua proximidade me despertou, fazendo com que eu o olhasse atenta – Eu também não fui dos mais fiéis, entende? Eu fiquei com outra pessoa no começo também e... Bom, o que eu quero dizer é que eu gostaria de deixar isso pra trás. Eu gosto do seu jeito assim... – sua mão quente tocou o meu rosto, acariciando o mesmo. Soltei um sorriso ao sentir o seu toque – Livre. Eu gosto mesmo, Sophie.

INTIMATE ❘ jbOnde histórias criam vida. Descubra agora