style.

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Um milhão de desculpas pela demora. Eu travei nesse capítulo e não sabia mesmo o que escrever, por isso demorou tanto. Boa leitura, babes. 


  And when we go crashing down, we come back every time, cause we never go out of style. 

Naquele momento, eu senti tudo á minha volta parar. Era como se o mundo fosse um borrão e eu nem estivesse mais presente naquela sala, como se eu fosse uma telespectadora. Eu tentei dizer alguma coisa, eu tentei questionar ou até mesmo corresponder, mas eu não consegui falar nada. Tudo que eu conseguia fazer era encara-lo. Encara-lo o suficiente para vê-lo passar a mão rapidamente em seu rosto avermelhado, com medo do que eu fosse pensar.

Justin estava extremamente vulnerável e o pensamento de que eu o visse assim o assustava.

- E eu estou com tanta raiva porque eu não consigo parar – sua voz saiu novamente, mas dessa não tão embargada quanto antes. Ele levantou, ficando de costas para mim – Eu tento, garota. Eu tento. Mas você sempre aparece na porra da minha cabeça mesmo quando eu não estou pensando em você.

Levantei-me em conjunto, ficando atrás de Justin. Sua respiração pesada era a única coisa audível naquela sala. Meu coração pulava tanto e eu já não conseguia distinguir se era de nervosismo ou de felicidade. Justin ainda sentia algo por mim e não era somente algo... Ele me amava.

- Eu...

- Não – ele me interrompeu, virando novamente. Seu rosto ainda estava vermelho e seus olhos levemente marejados –Se você não sabe lidar com o fato de que o seu melhor amigo te ama mais do que deveria, é melhor você simplesmente ficar calada. Eu não...

Assim como Justin pediu, eu fiquei calada.

Mas isso não quer dizer que eu tivesse que ficar parada, porque honestamente, eu não ficaria nem se ele me pedisse. Meus braços foram ágeis ao tocar o seu pescoço e traze-lo mais para perto, minha boca entrou em choque com a sua tão rapidamente quanto as batidas de meu coração. E a mesma cena que ocorreu no dia em que tudo foi por água abaixo se repetiu.

Eu o beijei novamente.

Mas dessa vez, ele não se afastou.

Eu podia sentir o seu toque quente por cima de minha roupa, o seu jeito agressivo demonstrava o quanto ele estava com raiva de se entregar tão fácil, mas mesmo tendo a opção de me rejeitar, ele não o fez. Justin me queria tanto quanto eu queria ele e isso era notório a qualquer pessoa que nos visse de longe, a única que não havia percebido tudo isso era eu.

Sua boca desprendeu-se da minha enquanto buscávamos por ar, sua respiração extremamente ofegante se misturava com a minha devido a proximidade. E embora eu não o visse por estar com os olhos fechados, eu sabia que ele também tinha os seus assim. Nenhum de nós ousou falar nada durante alguns minutos. Nossas respirações se regularam, o tempo passava rápido, mas nada saiu de nossas bocas. Assim que senti o seu corpo se afastar do meu, o encarei.

- Por que você fez isso? – Sua boca vermelha moveu-se a medida que meus olhos não saíam da mesma.

- Porque eu não faria? – retruquei, dando de ombros. Minha voz era baixa devido a minha respiração ofegante – Se você não saber lidar com o fato de que a sua melhor amiga também gosta de você...

Por um momento, vi um sorriso surgir em seus lábios, mas ele sumiu tão rápido quanto apareceu. Justin passava de orgulhoso, maldito signo de peixes. 

Ele voltou a ficar calado enquanto seus olhos encaravam o chão.

- E agora? – perguntei ao notar que nada sairia de sua boca, mordendo o lábio inferior com medo de sua resposta.

Justin me fitava incógnito.

- Me diz você.

- Eu não sei... – respirei fundo – Eu só quero que a gente volte.

Ele pareceu entrar em seu próprio mundo, já que seu olhar se perdeu. Ele me olhava, mas não me via. Justin parecia estar em um mundo diferente e provavelmente pensando no que eu havia acabado de falar. Foi só quando ele pareceu aterrissar na terra novamente que sua voz saiu: - Como amigos? 

Ousei me aproximar do loiro, sentindo seu olhar me queimar. Ajeitei o colarinho de sua camisa larga, balançando a cabeça negativamente em seguida.

- Você quer namorar comigo? – ele sugeriu, mas assim que notou a pergunta que havia me feito, voltou atrás – Certo, não quis perguntar isso... Eu só... – ele pausou novamente, notando o que havia dito. Novamente. – Droga! Eu só estou piorando tudo.

Eu soltei uma risada ao ver o seu nervosismo.

- Eu entendi – afirmei, abraçando os meus próprios braços – Eu quero o que você quiser, Justin. Eu não vou impor mais nada na nossa relação, acho que não sei como fazer isso direito...

- Eu posso te ensinar – ele sugeriu, mas logo revirou os olhos, resmungando algo inaudível. Ele parecia indignado consigo mesmo. – Eu sou muito fácil, não sou?

- Eu gosto de fácil – soltei uma risada, tentando acalma-lo. Movi-me para perto, sentindo o seu olhar me acompanhar – E então?

- Amigos? – ele estendeu a mão, um sorriso divertido estava em seus lábios. Assim que fiz menção de apertar a mesma, ele me puxou para perto o suficiente. Seus lábios tocaram os meus mais uma vez.

Mais que amigos, Justin Bieber.

INTIMATE ❘ jbOnde histórias criam vida. Descubra agora