Gente linda do meu coração que eu amo muito bolinhos.
Esse capítulo é o ponto de vista do Dean, para que vocês não fiquem mais confusos do que já vão ficar. Ah, outra coisa. Desculpa pelos erros e eu amo vocês.
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Pegue minha alma, use ate que não reste mais nada. Ate que o puro se torne sujo, ate que o complicado se torne simples. Ate que não me reste mais nada. A leve embora, para longe dos meus dias sombrios, porque os dias sombrios a matam. Eu morro cada dia mais, cada dia em que sinto que posso não levantar da cama, cada dia que não vejo um motivo. São meus dias sombrios. Nesses dias eu quero incendiar minha casa. Botar fogo na minha alma, e ouvir os monstros gritando em agonia. Porque algumas vezes você só precisa matar sua mente, como ela te mata todos os dias, antes de dormir, antes de levantar, antes de comer, antes de viver.
Segure-me, como se fosse algo valioso de vidro, que esta escorregando, em queda livre. Não tenho pára-quedas, mas tenho medo de cair no chão e quebrar em milhões de pedacinhos. Alguém pode vir e varrer eles para debaixo do tapete, como fazemos com nossos problemas, ou poeira.
Ame-me. Como se dependesse disso para viver. Como se você fosse o meu ar, e meu amor fosse o seu. Não deixe que ele fuja, o inspire o Maximo que puder. Ninguém disse que podemos guardar algo durante tanto tempo, como você anda fazendo.
O sol do lado de fora das cortinas tentam invadir meu quarto, como intrusos. Levanto-me e abro a cortina, os deixando entrar com vigor. Volto para cama ficando imóvel. O sol e o predador, e eu a presa.
Andei pensando em como o universo é extenso. Estrelas, Galáxias, planetas, asteróides. Tudo isso parece demais para mim. Mas não pro Castiel. Ele sabe tanto sobre o céu que me questiono se já viveu lá. E se viveu, por que caiu? O quão alto ele tinha ido para saber tantas coisas?
Às vezes eu queria apenas flutuar, como boiamos no mar, só que no espaço. Explorar cada canto de cada mundo, cada massa de cada estrela, poder sentir o calor transmitido por elas. Talvez fosse melhor ser igual a elas. Imaginar ser infinito com uma vida finita, ser uma luz com medo de apagar, ou esfriar, me perder no vácuo. Apenas flutuando, sem ar, sem luz, sem vida. Apenas um corpo boiando na gravidade zero.
A comida parecia uma espécie de cimento, quando a engoli, apenas passando com dificuldade de descer. Difícil de ingerir. Meu irmão foi o único que percebeu e sorriu para mim, tornando as coisas mais fáceis de engolir. Mas nada se comparava quando Castiel sorria pra mim. Era como se o mundo inteiro fosse colorido de novo, ele me fazia querer estar vivo.
Passaram-se umas três semanas desde o ano novo. Cada dia um sentimento novo, me deixando confuso, com frio da barriga e um sorriso idiota no rosto. Sinto-me tolo, enganado, iludido.
Ele guarda segredos, e sinto que a cada dia eles ficam cada vez mais profundos. Ele não fala sobre sua casa e nem sobre seus irmãos e seu pai, mas ele sabe que é adotado. Ele me disse outro dia, que sabia disso porque a "mãe" dele morreu no parto do seu irmão. Mas ele não parecia ressentido ou quebrado, parecia satisfeito.
Quando todos da casa dormiram, sai para encontrá-lo. Deixando toda minha tristeza em casa, mas assim que cheguei, sabia que tinha algo errado.
O lugar estava escuro, mais sombrio, mais frio, mais triste, mais melancólico, mais intenso. Quando o vi ele parecia machucado. Seu rosto estava com uma expressão de cansado, ele olhava para uma folha em brando, com o lápis em sua mão, quase caindo. Ele parecia fraco, frágil. Seus olhos se ergueram em minha direção, e eu pude ver que ele estava chorando. Meu coração aperta e sinto o chão desabando atrás de mim novamente. Aproximo-me e o abraço, apertado. O ouvi soltar um gemido de dor, o que me faz solta-lo imediatamente.
