Capítulo 5

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Para Clarissa Albuquerque. Espero que te ajude a se sentir melhor. Conte comigo. 

Para Lidiana, Cinthia, Andreia, Carol, Marcela, Kate, Lai, Bia. OBRIGADA!!!!



 Pov – Kevin

Felizmente trabalhar sempre limpa minha mente e quando o dia termina me dou conta que foi um bom dia, a cabeça parece limpa de ideias ruins. Não pensei mais na minha mãe ou naquela garota irritante.

Pelo visto durou só o tempo do trabalho. Desligo o computador, guardo papeis e corro os olhos pelos corredores de toneis de vinho. Tudo parece em ordem. Hora de voltar para casa.

Meu celular toca quando caminho para o interruptor. Lorena está na ligando. Nos conhecemos de um jeito estranho. Ela é diretora de um abrigo para crianças em situação de risco, um lugar onde as crianças ficam até as coisas se resolverem para elas. Um lugar como tantos em que fiquei na infância.

Vittorio ainda não era o pai da Bella, estava em processo de adoção quando ela foi parar lá e para ajudá-lo a convencer Lorena a permitir que visse a filha antes de dormir eu joguei charme, no começo ela caiu. Saímos para um drink.

Minha intensão era ser legal e depois dispensa-la. Foi mesmo apenas uma jogada meio suja e de emergência, por uma ótima causa. Estava angustiado com a situação de Bella. Estaria só pela minha amizade por Vittorio, mas saber como ela se sentia foi ainda mais marcante e não me envergonho de ter usado charme para iludir Lorena.

Só de ver a pequena ser levada de casa já partiu meu coração e trouxe péssimas memórias. Eu faria qualquer coisa para ajudar naquele momento. Fazer por ela o que ninguém fez por mim.

Acontece que conversamos e Lorena é legal acabamos amigos. Meia hora de conversa e percebi que ela ainda estava apaixonada pelo marido, recém-separada e estava bem perdida.

Com nossas conversas e alguns conselhos as coisas entre ela e o marido começaram a evoluir.

Acho que tudo vai dar certo para eles em breve e torço para isso. Afinal eles têm um filho e o garotinho está sofrendo. Também sei como é estar no meio de um casal em crise conjugal.

―Kevin! – Sua voz soa urgente. Já sei que quer um conselho.

―Sim. Problemas?

―Ele quer voltar. – Sem rodeios. O jeito Lorena.

―Isso é bom, era o que queria. O plano sempre foi esse, não?

―Sim. Podemos conversar? Estou saindo do trabalho. Vem tomar um drink comigo. – Dirigir até San Gimignano para um drink. Suspiro, queria muito me atirar na cama, mas Lorena está nervosa e somos amigos.

―Naquele bar de sempre? Pode ser as oito? Deixa seu menino com a avó. É que preciso passar em casa.

―Pode. Claro. Obrigada Kevin. Você é um bom amigo. – Ela desliga, vai ser bom conversar um pouco afinal.

Chego ao bar depois das oito. Lorena me espera numa mesa na calçada. A noite está clara e estrelada. Tem muitas pessoas pelas ruas, indo e vindo, bebendo e conversando. Não demora e o movimento acaba, a noite aqui é curta. Nada comparada a agitação dos grandes centros urbanos. Beijo o rosto de Lorena e me sento a sua frente.

―Um vinho? – Convido, ela aceita e chamo o garçom. Peço um vinho De Martino, acho sempre tão engraçado pagar por ele quando passo o dia cercado dessas garrafas. Quando ficamos sozinhos, Lorena suspira ansiosa. – Pronto. Me conta.

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⏰ Last updated: Aug 28, 2018 ⏰

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Série Família De Marttino - Recomeço (Degustação)Where stories live. Discover now