All For Love ⏳ 김남준 ⏳

⏳ 4- Reencontro ⏳

Boa Leitura!!! ❤ 

 

"Ninguém disse que ouvir a verdade era fácil. Verdades foram feitas para machucar. A verdade dói? Pois prefiro a dor, a viver em cima de mentiras."

Namjoon P.O.V's

     Tentei me aproximar na noite anterior, indo até a casa da garota, mas não tive coragem de entrar. Fiquei parado encarando sua janela, com um capuz tampando meu rosto para não ser reconhecido. Minah soube de minha presença, mas correu novamente para algum lugar, e minutos depois um garoto apareceu de moto. Tive que correr, me escondendo em um beco sujo. Esperei alguns minutos para sair em segurança, e do final da rua, pude ver o tal garoto voltar, e abraçá-la. A mais nova havia seguido com sua vida, e mesmo estando quebrado por dentre, me senti feliz pela garota.

     E lá estava ela, diante dos meus olhos, tão linda quanto sempre esteve. Mas assim que seu olhar se prendeu ao meu, seu corpo reagiu, mas não da forma que eu queria, Minah saiu correndo, entrando no carro junto com um garoto, que a meu ver era seu pequeno irmão. Tentei correr para alcançá-la, quanto mais rápido eu lhe pedisse desculpa, melhor iria me sentir. Depois de chorar por toda a madrugada, deixar a culpa consumir minha consciência. Tomei a decisão de enfrentar as conseqüências de minhas escolhas, e se possível, voltarei a lutar pela garota que amo.

     Assim que cheguei em casa, minha mãe foi direto preparar meus pratos prediletos, e em nome dos velhos tempos, me sentei em frente a televisão para acompanhar meu irmãozinho em uma partida de vídeo game. Na segunda pela manhã, Tae terá de ir à universidade, e eu a procura de algo para fazer, talvez o acompanhe até o prédio, e vejo com o reitor se ainda tem a vaga que o mesmo me ofereceu antes de ter que me mudar.

     Durante o almoço, não consegui tirar Minah da cabeça, minha mãe até perguntou o porquê de estar com a mente tão longe, mas não tinha uma resposta concreta, e jamais iria dizer que estava sofrendo pela garota, com toda a certeza, a mais velha iria jogar em minha cara, que tudo é culpa minha, se eu tivesse enfrentado ao lado de todos, nada estaria acontecendo. Mas me remoer em culpa é inevitável, às vezes agimos por impulso, sem nem ao menos medir conseqüências, achamos que de alguma forma, iremos proteger quem amamos, mas na verdade, machucamos ainda mais.

[...]

     Manhã de segunda, acordei cedo para acompanhar meu irmão, Tae estava ansioso para conhecer a turma, o garoto iniciou a faculdade de engenharia nos Estados Unidos, e agora iria terminar o último ano em uma das melhores universidades de Seul, por onde conclui meu curso de literatura mesmo a distância, o reitor me ajudou durante o processo. Hoje, depois de quatro anos, mesmo com pouca idade, estou apto a dar aula em qualquer instituição. Por isso me ofereceram o cargo de professor temporário, quando um dos efetivos entrasse em licença, eu assumiria, enquanto isso, ficaria em uma sala, esperando por algum aluno que estivesse com problemas.

     O campus ainda estava vazio quando chegamos, poucos funcionários e alguns alunos espalhados. Caminhei direto para a sala da reitoria, Senhor Lee já estava a minha espera. Entrei no cômodo, encontrando o velho atrás de sua mesa de mogno, seu escritório continuava perfeitamente decorado, é o que se espera do pai de um dos melhores arquitetos do país. O velho tinha o filho como orgulho da família, e com razão, Lee Dakho foi premiado com o projeto mais futurísticos da Ásia, um conjunto de prédios partindo do ponto atual da modernidade.

     -Kim, meu melhor aluno. –O velho se levantou para me abraçar.

     -Olá, senhor Lee. Como vai? –Sorri pra o mesmo, o professor era como um segundo pai para mim.