My Best Friend |Shawn Mendes & Leigh-Anne Pinnock|

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Ele foi depositando beijos molhados pela minha pele vibrante enquanto eu tentava ocupar as minhas mãos tocando seu ombro, arranhando suas costas ou puxando seus cabelos cacheados e macios que se entrelaçavam perfeitamente nos meus dedos.

-Você tem a certeza Leigh? -sussurrou contra meu ouvido lentamente.

-Sim, eu quero Harry. - respondi o beijando logo em seguida.

[...]

Estávamos a frente da porta da minha casa abraçados e nos beijando. Quebrei o beijo por falta de ar e depositei vários selinhos na boca dele antes de me separar de verdade. Ele tinha um sorriso estampado no rosto e me encarava com carinho.

– Agora tenho que entrar. – murmuro e lhe dou um último selinho.

Ele acenou e se foi quanto a eu entrei dentro de casa com um sorriso nos lábios. Minha mãe estava sentada no sofá com uma cara nada boa e pediu que eu sentasse ao seu lado e assim o fiz.

– Desculpa. – digo e a encaro.

– Oh Leigh, isso não foi nada. Tem coisas mais importantes no mundo do que isso.

– Então porquê está com esse ar triste?

– O estado de saúde de sua avó piorou. – disse e logo senti lágrimas sobre minhas bochechas.

– Como assim ?! – pergunto me levantando.

– Ela está em fase terminal . – murmurou e começou também a chorar.

– Eu... Eu tenho que ir ter com ela. Eu vou ficar com ela até o seu último segundo. – digo sentindo meu coração bater rapidamente.

– Leigh...

– Eu tenho que ir mãe ! Eu quero estar ao seu lado.

– Nós estamos falando de um outro país! Um outro continente!

– Eu vou para França mãe ! Eu vou! – grito e subo para meu quarto. Peguei a minha mala de viagem e meti todas as minhas roupas, meus sapatos e meus produtos.

Peguei meu notebook e comprei as passagens para daqui a dois dias. Minhas mãos tremiam e as lágrimas ainda não tinham ido embora.

Me joguei na cama e tive uma vontade súbita de gritar com todas as minhas forças.

Minha avó era muito importante para mim, eu a via somente no Natal ou algumas férias de verão. Quase nunca.

Quando soube que ela tinha câncer era muito jovem para saber o que aquilo realmente significava. Agora eu sei e também sei que irei a perder em breve e para sempre.

Ouvi leves tocadas vindo da porta e soltei um "entra" bem fraco.

Minha mãe entrou devagar e viu a mala já feita e seu cartão de credito sobre a cama.

– Vai quando?

– Daqui 2 dias. – murmuro e ela assentiu cruzando os bracos.

– Eu irei ter com vocês mais tarde. Eu prometo. – disse e eu sorri de leve e a abracei, eu precisava de atenção e conforto naquele exato momento.

– Então ? O quê você está tendo com esse tal de "Harry" ? – perguntou tentando mudar de conversa.

– A gente está ficando. – murmuro e me lembro do que aconteceu hoje de manhãzinha. Ele foi cuidadoso e gentil o tempo todo. Mas nada se compara com a minha primeira vez com Shawn. Tinha amor naquele momento. Harry era apenas sentimentos.