25- Executando o plano

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Rafael:

Acordei sobressaltado e completamente nervoso comigo mesmo. Eu não devia ter perdido o controle daquela maneira! Eu e a Agatha quase... Se a mãe dela não a acordasse... Balancei a cabeça afastando esse pensamento.

Não consigo nem imaginar o que aconteceria se a nossa primeira vez acontecesse em sonho. Será que seria como se tivesse acontecido realmente? Não sei. Sei apenas que preciso manter a calma da próxima vez, ou irei colocar tudo a perder. E a nossa primeira vez tem que ser quando casarmos. Isso! Regras são regras, pensei sem ter muita certeza disso.

Saltei da cama e fui para o chuveiro sentindo o cheiro dela. Toquei meus lábios, um pouco maiores que o normal, devido ao pequeno inchaço provocado pelos nossos beijos. Fechei os olhos pensando nela. Só Deus sabe o quanto eu a amo.

Chacoalhei a cabeça tentando afastar a minha morena dos meus pensamentos, porque o dia seria longo e eu tinha muito trabalho a fazer e ainda tinha os preparativos da minha festa que aconteceria em menos de um mês, e que eu estava insistindo em adiar.

Agatha:

As aulas de segunda-feira eram um saco (na verdade todas as aulas são um saco). Affs! Só aulas chatas. O Augusto veio até mim e conversamos um pouquinho. Ele continuava lindo. Pelo visto não voltaria ao seu estilo antigo.

Tentei concentrar a minha mente durante todas as aulas, mas ela insistia em voltar a um certo sonho que tive na noite passada com um anjo gostoso... Pelas trevas! Será que eu não esqueceria aquele Luminum nunca?

— Agatha. — Augusto me tirou dos meus devaneios.

— Sim.

— Você, hã... — embaralhou-se e ficou vermelho. Sorri. — Você tem algum compromisso agora, saindo da escola? — Suas bochechas enrubesceram ainda mais.

— Você está me chamando para sair, é isso? — perguntei sem fazer rodeios, sorrindo mais um pouco.

— Se você não tiver nada melhor para fazer... — murmurou mexendo as mãos.

Dei de ombros.

— Meus irmãos terão um ensaio de dança hoje, e a minha mãe está trabalhando. E o meu pai está viajando a trabalho também, então... — Abracei-o por trás e desci as mãos pelos seus braços. — Eu saio com você, meu nerd lindo. — Sussurrei no seu ouvido e mordi discretamente a sua orelha, fazendo-o arfar e ficar com a cara igual um tomate.

— Hã... Então almoça comigo, minha mãe... — Não deixei que ele falasse, o interrompi.

— Ela está em casa? — Ele arregalou os olhos, notando o meu olhar sugestivo.

Engoliu em seco.

— Não. Ela deixou o almoço pronto, pois tinha que resolver umas coisas na igreja e o meu irmãozinho está no seu curso de inglês. Já o meu pai está trabalhando...

— Então você está sozinho? — Augusto engoliu em seco de novo e balançou a cabeça afirmativamente. — Que ótimo, somos dois solitários.

— Agatha, você almoça comigo? — perguntou de novo, ignorando o meu comentário.

Saímos da escola e fomos de táxi para a casa do Augusto que não era tão longe. Eu falei que poderíamos ter ido de ônibus ou andando, mas ele fez questão. Propôs de irmos a um restaurante, mas eu disse que não precisava. Augusto insistiu e insistiu, mas eu continuei dizendo que não precisava, então ele decidiu pedir uma pizza pra gente.

Bem e Mal Lados OpostosWhere stories live. Discover now