Epílogo

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6 meses depois ...

- O George é um cara incrível, e a cada dia que passa eu me apixono mais - Disse sorrindo, enquanto Charlotte tentava se esconder entre suas cobertas.

- Ai, cala a boca Cecília - Ela exclamou - Para de falar do George.

- Eu não consigo evitar, eu já te falei como ele é incrível ?

- Doze vezes - Rolou os olhos - Só durante essa tarde neste quarto.

- Não seja tola - Sorri sentando-me ao seu lado.

- Não estou sendo, só estou arrependida de um dia ter dito que vocês seriam um belo casal - Me encarou - Não são, são grudentos e  nojentos.

- Não somos - Soltei uma risada - Estamos apaixonados e felizes, já você continua uma bela pedrinha de gelo.

- E também estou apaixonada, só que por mim e muito feliz, obrigado.

A exatos três meses houve um momento em que George se declarou pra mim. Difícil dizer o que eu senti, o que posso tentar pôr em palavras são os sentimentos que me dominam, alegria, euforia, amor, na verdade boa parte de mim é somente amor e a outra é a felicidade de poder saber que todo sentimento que eu tenho pelo George é recíproco.

Charles não tentou falar comigo nunca mais, apesar de que vez ou outra eu o pego desviando alguns olhares, mas a lição foi ensinada, lhe mostrei que no amor e na vingança, a mulher é mais bárbara que o homem.

- Você não tem jeito mesmo sua alteza - Disse sorrindo e me levantando - Bom preciso ir, marquei com o ...

- George - Ela completou - Que surpresa.

- Até mais Charlotte - Sorri e caminhei para fora do quarto.

Encontrei George no lugar que marcamos, próximo ao Master's café, caminhamos de mãos dadas a passos lentos pela calçada.

- Eu ainda acho que  todo cuidado é pouco com Charlotte, ela pode tentar algo contra nós.

- Ela já ameaçou você também ? - Perguntei o encarando de relance.

- Constantemente, "Eu vou terminar matando você e Cecília uma hora dessas" - Ele disse tentando e falhando muito ao imitar a voz da irmã, gargalhei apoindo-me em seu braço, e ainda sorria quando viramos a esquina e eu acabei tendo um encontrão com Charles.

Ele ainda caminhava com o peso da vergonha que passara sobre as costas, afinal praticamente todos o haviam visto como veio ao mundo.

Ele nos encarou, seu olhar correu dos nossos rostos até nossas mãos que estavam apertadas uma na outra, o sorriso se desfez gradativamente em meus lábios, senti George apertar sua mão que segurava a minha, manti os olhos em Charles por mais meio segundo, mas logo voltei a caminhar, arrastando George para o mais longe possível.

- Você ainda gosta dele ? - George parou abruptamente, me virei e o encarei.

- Não George, claro que não.

- Você tem certeza ?

- Toda certeza, no fundo eu sempre soube que era apaixonada por você, Charles foi dono de sentimentos muito fortes, mas o que ele fez destruiu tudo.

- Melhor pra gente - Ele disse me puxando pela cintura, sorri.

- Além do mais, ele dificilmente volta a falar comigo depois do que eu o fiz passar.

- Eu tenho mesmo que tomar cuidado - Ele disse colando nossos corpos - Planos sórdidos parece ser algo que lhe vem facilmente.

- É George, tenha muito cuidado - Sorri e nos beijamos em seguida.

Todo cuidado é pouco, assim como fiz com o Charles posso fazer com ele! A grama é sempre mais verde onde estou, e me sinto muito bem com isso.

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