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-Foi você não foi?,sua...

Digo e vou até Vanessa,ela se levanta e sorri para mim,ah que...

-Sua?,vamos,quero ver a mocinha da cidade tem coragem de brigar.

-Já chega as duas.Rusher se levanta e bate na mesa,ele nos olha com o rosto vermelho de raiva.

Edite olha para mim com o rosto assustado,acho que isso vai dar merda.

-Suzana pode ir para o quarto?

-Mas eu...

-Por favor.Ele diz e balança a cabeça.

Bufo e passo por Vanessa que tem um sorriso vitorioso no rosto,puta.

Subo as escadas rapidamente e entro no meu quarto fechando a porta com força.

Me jogo na cama e enfim as lágrimas caem,nem sei porque estou chorando,mas quero me aliviar,aliviar toda essa tensão, começo a soluçar e cubro meu rosto com as mãos.

Escuto vozes lá em baixo,algumas vezes se exaltam,pego o meu celular e coloco meus fones de ouvido,coloco Maluma no volume máximo e bato meus pés no ritmo da música.

Por que Vanessa fez isso?,por que ela está assim comigo?,não consigo entender,nessas duas semanas fui legal com ela,mas agora vejo que a minha desconfiança estava certa, Vanessa não é de confiança,ela não gosta de mim,isso eu sei,mas queria saber o motivo,não devo ter falado nada que a magoou,eu mal falo com ela,se ela não está fazendo suas tarefas com certeza está atrás de Rusher.

Bufo e olho para o teto, Rusher,como ele teve coragem de me tratar assim?,como uma criança mimada?
Eu já sou uma mulher,já estou bem grandinha para me mandarem ir para o quarto e eu fui mais idiota ainda por ter obedecido a ele.

Ele estava tão nervoso e com raiva,fiquei com medo dele,ele provavelmente vai me mandar de volta para casa,o que não é ruim,eu quero voltar para casa,mas pensando bem,sinto uma pontada no peito só de imaginar deixar Edite e essa fazenda e Rusher.

Eu nem sei mais o que quero,me sento na cama e me lembro de Vanessa mexendo na panela,deve ter sido ali que ela colocou a pimenta,ah,eu deveria ter experimentado,assim evitaria toda essa confusão.

Alguém bate na porta e vejo Rusher entrar em meu quarto,o que ele faz aqui?,com certeza veio me mandar embora.

Enxugo as lágrimas e me ajeito na cama,desligo o celular e tiro os fones, esperando o seu sermão.

Ele entra e olha ao redor e então se aproxima da cama.

-Posso me sentar?

-Por favor.Digo e afasto minhas pernas.-Você veio me pedir para ir embora não foi?

-Não,não foi pra isso que eu vim,queria saber se está tudo bem?,o que foi que aconteceu?

-Eu não sei,eu estava fazendo o chilli...e fui pegar a salsa e quando eu voltei vi Vanessa mexendo na panela,não fui eu que coloquei pimenta,eu juro.Digo e me encolho,com as lágrimas caindo,mas que droga,será que não posso ficar um minuto sem chorar na frente dele?

-Deve ter sido um acidente, Vanessa deve ter achado que você não colocou pimenta o suficiente e colocou mais.Ele segura minha mão e ergo o olhar para ele.

-Ela te disse isso?

-Sim.

-E você acredita nela?

-Você não?

-Não sei,Vanessa parece não gostar muito de mim.

-Vanessa não está acostumada com outra mulher jovem como ela,mas logo ela vai se acostumar.

-Então eu ainda vou ficar?

-Você quer ficar?

-Bem...eu ainda tenho dois meses pra terminar essa terapia.

-Então você vai ficar,não se preocupe.Ele sorri para mim e aperta minha mão.

-Pensei que você fosse ficar bravo comigo,mas tenho que admitir que foi até engraçado ver você quase morrer.Digo e solto uma gargalhada.

-Ah então a mocinha aqui achou graça ham?,não fiquei com raiva,mas peço que não brigue mais com Vanessa,ela é como uma irmã para mim e não quero ver a minha irmã e a mulher que eu...

-Que você?. Pergunto e me aproximo dele,ele baixa o olhar e então sorri.

-Que eu gosto brigando,isso me deixa doido.Ele me olha e posso ver o calor ali,a atração,o desejo está ali naquele olhar.

-Você gosta de mim?.Sorrio e ele segura meu rosto em suas mãos grandes.

-Achei que você já tinha percebido.Ele diz e então me beija.

Devagar sua língua entrou em minha boca e começou a explorar,um frio se instalou na minha barriga,segurei em seu pescoço e minha língua começou a brincar com a sua,divertida,gemo em sua boca e ele me coloca sentada em seu colo,seu braço direito e você minha cintura enquanto sua mão ainda segura minha cabeça firme.

Passo as mãos em seus braços e desço até suas costas,o arranhando por cima da camisa.

Ele se levanta comigo e anda pelo quarto,não sei aonde estamos indo,mas sei que quero ir com ele,ele me deita na cama e então fica em cima de mim,suas mãos correm por todo o meu corpo,me tocando,me sentindo,ele aperta minhas coxas e eu começo a desabotoar sua camisa,então como num passe de mágica ele se afasta e me olha incrédulo.

-O que houve?

-Nada,nada,eu...eu preciso ir.Ele diz e se vira em direção a porta.

Me levanto e corro até ele o segurando pelo braço.

-Eu fiz algo de errado?,me desculpe,não vá,por favor.O olho e ele sorri para mim acariciando meu rosto.

-Você não fez nada,sou eu Suzana,eu não possuo fazer isso,me desculpe.Ele diz e sai rapidamente.

A porta bate e então só há a minha respiração ofegante,nossa,o que foi isso?

Mordo o polegar e vou até a varanda,a brisa da noite me envolve e eu suspiro,gostei do beijo e gosto dele e ele gosta de mim.

Sorrio passando a mão pelos cabelos,Rusher gosta de mim e disse em voz alta,não é minha imaginação,e o beijo?

Ah,foi tão bom, finalmente um beijo de verdade,com fogo,não os beijos pálidos de James e sim um beijo de um homem.

Ainda sinto um frio na barriga, realmente estou parecendo uma adolescente com o primeiro amor.

Rodopio pelo quarto e me jogo na cama rindo feito uma louca.
Rusher gosta de mim,mas gosta como?,como amiga colorida?,como mulher?,como uma ficante?

Não sei,ah,se eu pudesse ler a mente dele e saber o que está pensando,por que ele disse que não pode?,não pode o quê?,ficar comigo?,por que?

Tenho tantas perguntas,tento achar as respostas,mas só consigo ficar com dor de cabeça,gemo e vou até o banheiro, escovo os dentes e lavo o rosto,me olho no espelho e vejo meu olhar sonhador,estou me tornando uma boba.

Volto para o quarto e visto meu pijama,meu lindo Baby Doll,queria que Rusher me visse assim.

Mas ele está muito ocupado com o "não posso",me deito na cama e apago as luzes, suspiro e me ajeito tentando achar uma posição confortável.

Quem diria que o fazendeiro caipira fosse gostar da mimada da cidade,sorrio e logo adormeço,sonhando novamente,com Rusher,eu e o fogo.

A Fazenda Rusher - Livro Único (CONCLUÍDO/SEM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora