Capítulo 13 (mesmo)

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Vocês estão prontas, crianças? ;)

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- Para onde madames? - Perguntei as olhando através do espelho central.

- Para a nossa casinha, Tia Mila!

- É pra já, senhorita Luna. - Brinquei e a pequena sorriu.

- Espera. - Pediu. - Vou para o banco da frente. - Ariana disse deixando a bolsa em seu lugar. Tomou assento no banco ao meu lado e partimos.

- Sua música é muito boa. - Elogiei ao parar num semáforo.

- Obrigada. - Respondeu simples e voltou seu olhar para a janela.

Chegamos ao estacionamento e eu me ofereci para levar Luna, que dormia, no colo. Ariana pegou a bolsa e foi na frente se lamentando pelo horário, pois segundo ela Luna acordaria mais tarde e não a deixaria dormir direito na madrugada. Entramos no apartamento e eu deixei Luna em sua cama enquanto Ariana se jogou no sofá da sala. Quando retornei a mulher esfregava as têmporas.

- Camila, me desculpa por hoje. Eu estava fora de mim com toda essa situação.

- Espera, eu devo te desculpar por quê mesmo? Porque primeiro você me beija e a gente passa a manhã super bem, depois você fica toda estranha como se eu tivesse feito algo de errado. - Digo já com a respiração retida.

- A gente se beijou. Foi bom, muito bom e disso eu não me arrependo, mas como você bem disse existe uma terceira pessoa entre nós. Pessoinha essa a quem nós não machucaríamos, então por isso não podemos. - Meu peito sofria uma nova pressão a cada palavra que saía daquela boca linda.

- Uma promessa. - Foi tudo o que eu consegui dizer.

- Estamos bem?

- Sim. - Não soube o que fazer com as mãos e fiquei soltando e guardando a chave do carro. - Bom, acho que eu deveria ir.

- Não, fica. Daqui a pouco Luna acorda e nós temos alguns novos sabores de pizza na noite de hoje.

- Acho melhor eu ir.

- Você está mesmo ficando com ela?

- Oi?

- Você já ficou com ela?

- Ela quem, Ariana?

- Deborah.

Quem é Deborah, meu pai?

- Debby, Camila.

- A amiga da minha irmã?

- É só isso que ela é?

- O que mais ela seria?

- Eu detesto quando você começa a me responder com perguntas.

- E eu detesto quando você assume essa pose indiferente. - Rebato. - É melhor eu ir embora mesmo.

- Vai, vai mesmo. A Debby deve estar te esperando em alguma sorveteria.

- Olha aqui, Ariana, ela é só uma garota. Eu não tenho qualquer interesse nela e se esse fosse o caso você pode ter certeza que eu não teria te beijado essa manhã. Eu não sou assim, pensei que você soubesse.

- Camis, eu...

- Você?

- Eu não paro de pensar no seu toque, no seu gosto, no seu cheiro. Eu quero te beijar de novo e ninguém pode me ajudar. - Ela me estende a mão e por mais que meu cérebro grite para que eu vá embora meu corpo está decidido a ficar.

[...]

Depois de sentar no sofá ela virou minha cabeça e eu perdi o medo. A cada novo sorriso eu ganhava um beijo. Tentava a minha maneira não deixar a proximidade ficar perigosa, mas não deixava de aproveitar os carinhos. Ariana era uma tentação da qual eu não queria fugir, mas não podia me entregar.

Under the MoonlightOnde histórias criam vida. Descubra agora