My Saviour // T.O.P

* 11 *

Acordei e vi que ele ainda continuava ao meu lado. Ele ficava tão lindo a dormir, parecia um anjo.

Eu não sei o nome do que estamos a sentir um pelo outro e também não me importo. Pode ser o ápice ou o precipício, mas tudo bem. Também não sei se teremos habilidades para cultivar isto durante três semanas ou durante três décadas inteiras. Só sei que agora eu estou interessada em saber como será o próximo passo.

Ele acordou e sorriu para mim. O sorriso dele é lindo, o olhar então nem se fala, mas o que me chama atenção é o aconchego que ele está sempre disposto a oferecer-me, os braços sempre abertos para um abraço, as mãos sempre prontas para um carinho sem motivo. O beijo na bochecha sempre que adormeço no seu colo é mais importante do que qualquer declaração.

-Bom dia linda.- disse tirando-me daqueles pensamentos.

-Bom dia.- dei um grande sorriso.

Ele levantou-se, deu-me um beijo na testa e foi tomar banho. Eu resolvi levantar-me e ir fazer o pequeno almoço.

Quando chego à cozinha para começar a preparar a comida, eu sinto-o a abraçar-me por trás.

-Vamos tomar o pequeno almoço fora.- disse sussurrando ao meu ouvido, o que me fez arrepiar.

-A sério? E não vai haver problema em saíres, as tuas fãs podem ver-te.- perguntei com receio.

-Não te preocupes com isso. Vai arranjar-te enquanto eu dou comida ao Zeus.- assenti e dirigi-me para o quarto.

Tomei um banho rápido, vesti uns calções de ganja, uma t-shirt preta e um casaco branco e decidi fazer uma maquilhagem natural. Após terminar de me arranjar desci as escadas e ele já estava à minha espera sorrindo.

- Para onde vamos?

-Surpresa.- andou até à porta.- Vamos?

-E o pequeno Zeus? Fica sozinho em casa?- fiz beicinho.

-Claro que não.- pegou nele ao colo.

Saímos de casa e entramos no carro. Eu pus o cachorrinho no meu colo e coloquei o cinto e o Hyun fez o mesmo.

Já estávamos no carro à alguns minutos e eu continuava sem saber onde íamos.

-Hyun?

-Sim.- respondeu com o olhar ainda na estrada.

-Conta-me onde vamos, por favor.- falei com uma voz fofinha.

-Aygo, que fofa mas não posso dizer, é surpresa.- passou a mão no meu cabelo e eu fiz cara de amuada.

Cinco minutos depois chegamos. Saí do carro e olhei em volta. Estávamos numa praia.

Andámos até uma parte da praia onde estava um café. Entrámos e sentamo-nos. Nem tinha pedido nada e já tinham trazido a comida, parece que ele já tinha planeado tudo.

Comemos e depois decidimos ir dar uma volta pela praia.

TOP's POV on:

Estávamos a passear pela praia e ela ia à minha frente. Ela estava maravilhosa como sempre. Ela virou-se e deu um largo sorriso para mim, aí o tempo parou e eu fiquei a olhar para aquele sorriso como se fosse um replay em câmara lenta, ela tinha o sorriso mais encantador que eu alguma vez vira.

Ela voltou-se outra vez para a frente e eu, sem ela perceber, tirei-lhe uma foto.

Ao fim da manha voltámos para casa e decidimos ir dormir um pouco.

Algumas horas depois acordei e vi-a a entrar no quarto.

-Olá, bela adormecida.- disse com um sorriso que faziam as suas bochechas sobressaírem.

-Aish, eu não sou nenhuma bela adormecida.- fingi estar irritado.

-Pronto, bruxa malvada. Não fiques zangado.- soltou uma gargalhada.

Levantei-me e tentei agarrá-la mas ela começou a correr pelo quarto.

-Não me apanhas.- fez uma careta.

Sem ela perceber eu consigo alcança-la e agarro-a.

-Quem é que não te consegue apanhar?- falei com um tom de gozo.

-Fizeste batota, aposto.- disse amuada.

-Parece que existe alguém que não sabe perder.- continuei agarrado a ela.

-Não devo ser eu.- fez-se de desentendida.

Nesse momento, eu virei-a de frente para mim e comecei a deitá-la na cama. Ela estava a ficar corada então beijei-a.

Desta vez não era um beijo calmo mas sim um beijo selvagem. Afastámo-nos por falta de ar e logo voltei a beijá-la. Quando comecei a tirar o seu casaco e a subir a sua camisola, oiço alguém a tocar à campainha.

-Quem será agora?- resmunguei.

-Eu acho que é o nosso almoço.- ela fez um sorriso malicioso.

-Aish, nem sei o que te faça.- respondi depois de a largar, e fui abrir a porta.

Paguei ao senhor e fechei a porta. Vi-a a correr até mim.

-A comida chegou, finalmente.- parecia uma criança a receber um brinquedo.

Ao vê-la tão feliz roubei-lhe um beijo e levei a comida comigo.

-Ya, para onde levas a comida?- parecia irritada por ter levado o almoço.

-Para a cozinha, ou queres comer em pé?- ironizei entre risos.

Ela veio comigo, almoçamos e depois ficamos deitados no sofá enquanto ela contava o que queria fazer na vida, as suas esperanças e sonhos para o futuro, e eu ouvia-a atentamente, depois prometi que faria com que tudo aquilo se torna realidade.

TOP's POV off.

Eu contei-lhe o que esperava do futuro e ele prometia que iria fazer com que aquilo se realizasse. Ele falava de um jeito que fazia com que eu acreditasse nele, e nesse instante eu soube o quanto ele significava para mim. Naquele momento, o passado deixou de me magoar e eu percebi que o meu presente e o meu futuro seria maravilhoso se eu o tivesse ao meu lado. Sem perceber eu comecei a amá-lo mesmo que a minha cabeça me dissesse que ainda era cedo para tal.

Eu apenas desejava que este momento se tornasse infinito e eu pudesse estar nos seus braços para sempre.