Capítulo 12

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Acordo praticamente às 11:00 da manhã de segunda-feira, isso porque tem algum desalmado batendo igual a um louco na minha porta. Levanto minha cabeça do travesseiro com os olhos entrecerrados e olho em volta, me sentindo atordoada.

Laura me manteve acordada até umas 03:00 da manhã. Ficamos "praticando" por horas no telefone. Depois ela me manteve entretida falando sobre as coisas que fez em São Paulo naquele dia. Segundo ela, não vê a hora de me levar para passar um final de semana por lá.

Olho em volta e vejo a bala vibratória sobre o criado-mudo, a pego e enfio na gaveta e me levanto para ver quem é que está batendo.

- Já vou... - Falo me arrastando para a porta.

- Você tá viva? - Escuto a voz de Amanda e rodo os olhos já me sentindo arrependida por ter respondido. Abro a porta e ela, como um tornado, entra pelo quarto à dentro. - Pensei que estivesse passado mal. - Fala se sentando na minha cama.

Vou até a cama e me lanço sobre ela, puxando as cobertas para voltar a dormir. - Não, só quero dormir.

- Pelo amor... é praticamente seu primeiro dia de férias. Vamos sair. - Amanda se joga sobre mim me fazendo perder o ar.

- Me larga Amanda. Não quero sair. - Falo me virando tentando tirar ela de cima de mim.

- Não saio! Vamos na praia?! Posso chamar a Bárbara. - Fala mordendo meu pescoço.

- Cacete Amanda!! Não quero sair. - Falei irritada. - Me deixa dormir.

- Ai meu Deus, você parece uma velha. Nem a vovó é tão desanimada quanto você. - Fala, finalmente, se levantando da cama e me deixando em paz.

- Então chama ela para ir com vocês. Eu quero dormir e ficar em casa. - Falo de forma irônica cobrindo minha cabeça.

- Que saco Alice... você precisa sair mais. - Amanda fala suspirando. - Mas ok, não quer ir? Beleza, não vai! Eu vou chamar a Bárbara para podermos ir, se importa?!

- Não... fiquem à vontade e se divirtam. - Falo sem interesse.

Como estou com a cabeça coberta, não percebo quando Amanda se aproxima de meu criado-mudo. - Aliás, me empresta seu carregar do celular? O meu não tá funcionando. - Fala já abrindo a gaveta e a única coisa que consigo fazer é levantar a cabeça com os olhos arregalados.

Na hora percebo a cara de espanto da minha irmã quando abre a gaveta e vê meu "brinquedo" dentro dela. Não faço a mínima ideia se ela algum dia teve um desses - afinal, diferente dela, eu nunca mexo em suas coisas sem falar antes – e, sinceramente, nem me importa saber. Porém agora estou com um problema, afinal, ela viu algo que eu venho escondendo bem, pelo menos vinha, até o presente momento. Mas também, eu lá imaginaria que minha irmã encontraria?!

Os olhos de Amanda estão vidrados e sua boca está aberta - "acho que é isso que querem dizer quando falam que alguém 'ficou de queixo caído'". Ela pega o brinquedo e o olha.

- Meu Deus! - Fala finalmente.

- Amanda, me devolve isso. - Falo me levantando correndo para tentar pegar da mão dela, mas ela logo reage e se afasta, não me deixando chegar perto.

- Maninhaaaa de Deus! Eu nunca iria imaginar isso... - Fala ligando o brinquedo que na hora começa a vibrar em sua mão. - Wowwww... e está com bateria. - Começa a rir.

- Amanda, por favor. Me devolve. - Falo estendendo a mão. "Droga, de todas as pessoas na face da Terra, precisava ser ela a achar? Apesar que se fosse minha mãe a coisa também não seria simples"

Doce Obsessão (Romance Lésbico)Where stories live. Discover now