Capítulo VIII

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Edom ardia em fogo negro, tudo se reduzia a cinzas e uma fumaça negra cobria tudo. Os demônios gritavam, corriam, voavam ou se rastejavam por todos os lados tentando fugir do fogo, mas era em vão. A cada segundo que se passava o fogo aumentava, mais cinzas caíam e mais demônios eram encinerados.

Os gritos de horror eram insuportáveis, ficando cada vez mais altos, como se a cada segundo mais dezenas de pessoas morressem com fogo demoníaco, parecia um mundo inteiro ardendo, qualquer um poderiaacreditar que se tratava do fim de um mundo, mas não era o mundo, não eram pessoas gritando e sim demônios, Dahak, Drevak, Ravener, Moloch... Demônios de todas as espécies queimando até a morte.

Edom estava caindo e seus habitantes caindo junto. Mas o inferno nunca acaba, sempre ressurge das cinzas.

No centro de todo esse horror estava Magnus Bane, seu primeiro pensamento foi em como fora parar ali, assim que o fogo se fechou a sua volta, Magnus tentou fugir, mas seu corpo não o obedecia mais, não conseguia fugir dali. O fogo estava cada vez mais perto e, sem esperanças de conseguir escapar ele fecha os olhos e espera o fogo consumi-lo até a morte, mas isso não acontecia, Magnus abre os olhos para perceber que o fogo o atravessava e então ele percebeu o porquê de ele estar ali.

- Apareça - Magnus gritou - Apareça, Asmodeus! Sei que foi você quem me trouxe aqui. Apareça e me diga logo o que você quer comigo!


Logo as cinzas que caíam começaram a se juntar formando um redemoinho diante de Magnus, o redemoinho ficava casa vez maior e mais forte, até que ele começa a parar e do meio dele surge o corpo de um homem.

Ele usava um terno branco coberto de cinzas e um pouco chamuscado, mas seus botões de ouro brilhavam em forma de vespas, sua pele era branca como porcelana pura e, embora suas roupas estivessem sujas, sua pele estava perfeitamente limpa e reluziam na escuridão que cobria Edom, seus cabelos eram negros como a noite e caíam sobre seu rosto um pouco cumpridos e despenteados, ele sorriu, um sorriso perfeito com dentes alinhados e brancos, por fim ele abre os olhos revelando serem de um verde-dourado com pupilas em fenda como um gato - assim como os de Magnus - seus olhos eram a marca de seu imenso poder e o fato de, em todos os milênios de vida de Asmodeus, Magnus ter sido o único de seus filhos que os herdou fazia com que ele fosse o filho preferido de Asmodeus e também o mais forte dos feiticeiros, embora Magnus ainda não soubesse a imensidão de seu poder.

- Magnus, - Asmodeus sorri para o filho - Veio visitar seu velho pai?

- Me poupe de suas ironias Asmodeus - Magnus revira os olhos de forma rude - Você me trouxe aqui. O que quer comigo?

O semblante de Asmodeus muda de repente, o que antes estava com uma expressão irônica no rosto, agora estava sério como se tivessem entrado em uma parte perigosa da conversa.

- Quero sua ajuda - ele responde, sua voz agora continha um tom muito próximo ao desespero, como se ele dependesse disso.

Magnus ri alto com o que acabara de ouvir, o grande Asmodeus, Príncipe do Inferno, o dominador de Edom, primogênito da própria Lilith com seu primeiro marido, Adão, agora estava pedindo a ajuda de Magnus.

- E para o que seria? - à princípio Magnus quis dizer não, mas ficou curioso com o motivo que faria seu pai pedir-lhe ajuda.

- Preciso sair daqui, desde a vinda de Sebastiam para cá esse lugar está um caos - ele fala gesticulando para o incêndio à volta deles - Lilith foi embora me deixando sozinho aqui, essas barreiras que aquele garoto criou me impedem de trazer qualquer pessoa para cá e tem alguém enfraquecendo meu poder.

- Então como me trouxe aqui? - Magnus pergunta.

- Você não está aqui realmente - Asmodeus ergue um braço na direção de Magnus e o mesmo atravessa seu corpo - Isso é um sonho criado por mim para poder falar com você.

- Está mais para pesadelo! E o que ganharia tirando você daqui? Deixaria você livre para atormentar as pessoas - Magnus afirma.

- Eu posso fazer você sentir um poder que jamais sentiu, todo o poder que está aprisionado dentro de você, eu posso libertá- lo, posso fazer de você o feiticeiro mais poderoso que já existiu - Asmodeus oferece.

- Eu não quero nada de você, quero apenas que apodressa aqui, sozinho pela eternidade por que é isso que você merece - seus olhos de gato brilhavam com raiva pura - Você e Lúcifer brigaram por toda a eternidade, realmente não entendo o porquê, vocês dois são iguais.

Asmodeus da um passo na direção de Magnus. Os olhos do demônio estavam de vermelho intenso como o sangue com fendas negras, seus dentes se tornaram afiados como presas mortais, sua pele ficou ainda mais pálida e as veias sob sua pele se tornaram negras. Magnus deu um passo involuntário para trás, ele sabia que aquilo era apenas um sonho, mas não duvidava que os poderes de Asmodeus fossem fortes o sufiente para feri-lo mesmo em um sonho.

- Não se esqueça com quem está falando Magnus Bane, eu sou Asmodeus, um Príncipe do Inferno e acima de tudo EU SOU SEU PAI - Asmodeus fala, sua voz agora estava mais grossa, mais alta, era a voz de um demônio, o som parecia como um trovão tremendo tudo a volta. Magnus teve que conter a vontade de tapar os ouvidos, o mesmo estava sentindo algo escorre por seu pescoço, sangue - Se não me ajudará por bem terei de obrigá-lo a fazer e lhe garanto que não será nada agradável para você.

Asmodeus da um sorriso maldoso mostrando seus dentes afiados. Tudo a volta de Magnus começa a se dicipar em fumaça até que o feiticeiro não enchergasse nada além de escuridão o cercando.

- Eu posso estar preso aqui, mas mesmo assim sei tudo que se passa no seu mundo - Asmodeus ri alto - Você virá até mim Magnus e eu estarei esperando por você.

Magnus ouve a risada aguda de seu pai antes de sentir algo o puxando para trás, era como se estivesse sendo sugado por um portal, ele apenas fechou os olhos e se deixou ser levado.

Ao abrir os olhos novamente Magnus estava em sua cama, Alec dormia serenamente em seu lado e sol já brilhava através das cortinas do quarto. Ele deita sua cabeça no travesseiro tentando esquecer o "pesadelo" que acabara de ter.

Asmodeus estava voltando, seu pai planejava escapar de sua prisão em Edom e para isso queria a ajuda dele. Magnus sabia que jamais o ajudaria por livre e espontânea vontade, mas também sabia que seu pai era poderoso o bastante para persuadi-lo a isso. Em breve teriam um dos príncipes do inferno andando à solta pelas ruas. Magnus precisava fazer algo, precisava impedi-lo, precisava proteger as pessoas que ama do monstro que poderia acabar se vez com sua paz, seu próprio pai.

Aaaah!!! Ele chegou!!! Asmodeus está de volta, quem gosta do Príncipe de Edom bota um EU nos comentários!

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