Parte 09

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Não gostei nem um pouco de ver Sebasthian daquele jeito com ela. Não sei o que me deu. Toda aquela proximidade. Lucilene estava gritando e achei que ele estava faltando com respeito a ela. Eu sabia bem o caminho minha mente estava pensando, sabia muito bem o porquê eu estava agindo daquela forma tão irracional, mas eu estava com tanta raiva dele que não fui tão paciente quanto realmente tinha que ser, não foi cordial, não fui piedoso de ouvir primeiro o que estava acontecendo, muito menos educado e gentil. Chame-o no meu escritório e expliquei qual seria a sua relação com a Lucilene aqui em casa. Sebasthian sempre foi meu braço direito, mas ainda assim continua sendo meu empregado. Arrependi-me de ter ameaçado ter colocado na rua caso eu desconfiasse de qualquer coisa. Qualquer proximidade, ou qualquer desconfiança minha. Ele se fez entender, e logo saiu do escritório. Fui direto para a academia. Um dos poucos lugares que eu tinha paz. Preciso pensar. Precisava realmente pensar em tudo que poderá enquanto a presença dele estiver aqui. Senhor me ajude. Subi na esteira e iniciei uma corrida rápida. Minha irmã, já estava achando que eu era um louco, minha mãe influenciada pela Priscila achava que eu era um garoto estúpido, imaturo e inconseqüente, mas na verdade eu era um homem, vivido e com muita experiência de vida. Multipliquei meu dinheiro e hoje estou na lista entre os cinco homens mais ricos do mundo. Mas ainda assim tenho que ter uma babá. Parece quem sou um bebezão bobo, que ainda não consigo atravessar a rua sozinho. E mesmo pela minha pouca vasta experiência de vida amorosa, Lucilene estava me deixando louco, eu já podia dizer que aquela mulher era a pior coisa que iria acontecer na minha visa. Tenho certeza. Assim como posso e desejo esta enganado. Só seu que nesse momento estou muito confuso com tudo. Aumento a velocidade da esteira e estou prestes a coloco meus fones de ouvido. De repente escuto um grito de socorro vindo do jardim. Paro a esteia pelo botão de emergência, mas não espero a esteira parar. Pulo fora dela ainda movimento e acabo me desequilibrando, mas mesmo assim parto em direção ao Jardim. Novamente outro grito, e agora sei quem é da Lucilene. Ao chegar ao quintal me assusto com acena do Bugatti rosnando pra ela. Já o vi assim duas vezes apenas. Na verdade acho que essa é a reação que ele tem com pessoas estranhas. Mas isso tinha acontecido apenas com duas pessoas. Três com Lucilene. Ela estava branca igual uma folha de papel nova. Suas duas mãos esticadas em direção ao cão que não para de latir.  Corri em direção a ele. Ela tentava disfarças mais tremia de medo. Sinto uma sensação estranha. Sei que já vivi uma cena muito parecida com essa.

- Você é cego por acaso? Até onde eu sei quem usa óculos aqui sou eu. – disse ajeitando os óculos, e lá estavam às mãos tremulas – Não viu que ele quase arrancou meu braço.

- Não seja exagerada. Ele nem se aproximou de você. De fato que eu estranhei, ele está latindo. Nunca isso aconteceu.

- Pois é. Mas pra tudo tem uma primeira vez. E espero que não seja a cobaia para esse acontecimento.

Ela foi andando em direção a casa, enquanto eu arrastava o Bugatti para o canil. Ele já tinha voltado a ser o velho cão dócil de antes, pulando e me lambendo. Depois de prender corri para alcançá-la. Mas quando estava próximo o suficiente vi Priscila parada na porta, com uma cara de poucos amigos. Apressei o passo, por já saber que ela aprontaria algo.

-... Mas não tem medo de vasculhar todos os arquivos da empresa do computador do escritório, debaixo do nariz do dono da empresa. Anda fala o que você quer nessa cara. Você foi mandada aqui por quem.

- O que foi que você disse Priscila?  Você estava usando meu computador Lucilene. O que você queria lá? – olhei pra ele sobre os ombros e voltei a olhar pra Priscila que estava com uma sobrancelha arqueada.

- Vamos mocinha, conte-nos o que você tanto procurava no computador? O que foi que você acessou. Se é que não roubou ou adulterou nenhuma informação. Tenho certeza que você colocou dentro da sua casa irmão uma ladrazinha favelada. Vamos conte-nos. – Gritou.

Vôo da LiberdadeWhere stories live. Discover now