Parte 16 (2/2)

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Segunda parte do capitulo 16

 Tudo que estava acontecendo era rápido demais. Eu acabei de ir até o céu e voltar. Literalmente! Será que alguém tem alguma noção de que eu estou extremamente feliz nesse exato momento! Claro que sim! Mas... Sim tem um, mas. Eu não sei se devo aceitar esse pedido de Ricardo. Senhor ele esta diante de mim me mostrando esse anel impecável, e eu aqui feito uma boba. Ele esta esperando uma resposta, e eu aqui parada. O que eu faço? Será realmente que devo aceitar? Coloquei as mãos sobre o rosto. Tinha vontade de chorar. Mas o que foi que eu fiz? Comecei a rir. Eu não conseguia parar. A gargalhada caiu sobre mim como se eu tivesse escutado uma piada mais hilária sobre papagaio, ou melhor, aquelas piadas sem graças de Joãozinho que você rir nem sabe por qual motivo ao certo, se pela piada ou pela falta de graça

- O que foi tão engraçado em minha pergunta? – disse Ricardo, mas a única coisa que eu consegui era rir, e com as mãos tentando “dizer” que precisava me acalmar

- Luci, por favor, pare com isso, não me deixe mais nervoso do que eu estou. Eu falo serio.

- Des... Desculpe Ricardo, eu juro... (mais risos)... Estou tentando. – Depois de respirar fundo, e me concentrado consegui parar de rir.

- Tudo bem Luci, já to mais do que acostumado com as sua maluquices, diga-se de passagem, que eu amo cada uma delas. – Ele riu docemente – Onde já se viu, cai na gargalhada quando se acaba de receber uma proposta dessa.

- Eu tenho crises de risos quando estou nervosa só isso.

- Mas será que eu posso ter a minha resposta, Luci! Eu estou ansioso para escutar o seu “Sim, eu aceito”

- Quanta confiança! – disse olhando para o anel ainda na caixinha vermelha aberta em sua mão.

Ricardo pego minha mão e na mesma hora eu congelei. Eu posso ser a mulher mais engraçada, palhaça e espalhafatosa, quando se tratava de falar de algo serio e isso envolvia coisas importantes eu simplesmente não tinha ação, eu literalmente ficava sem saber o que fazer. Isso é o meu ponto fraco, fraquíssimo por sinal. Ele colocou o anel em meu dedo, me agarrou o cabelo da nuca e com o outro braço envolveu minha cintura. Fiquei esperando o beijo delicioso que somente ele sabe, mas ele ficou esboçou o sorriso mais lindo que eu já tinha visto

- Me beija logo, droga! – Bati no seu ombro e dessa vez foi ele que gargalhou jogando sua cabeça pra trás.

- Não antes do meu sim! – interrompi antes que ele terminasse de dizer

- Ricardo, isso não pode dar certo! Em breve eu estarei partindo pro Brasil, meus documentos eu espero que fiquem pronto logo e David mande o mais rápido possível... Eu tenho minha vida longe daqui, isso pode não acabar bem. Não dará nada certo namoro a distancia.

- Distância não é nada, quando você significa tudo pra mim! Entre o querer e o poder, existe apenas uma coisa: Tentar! –Foi nessa hora soube que tinha arritmia cardíaca. – E quem disse que eu quero você distante? Quero o mais próxima de mim possível! Luci, para de procurar desculpas. – disse ele me soltando de seus braços

- Não estou dando desculpa!

- Ah não! – Parecia nervoso – Você chegou a me dizer que não poderíamos ter nenhum envolvimento já que não tínhamos nada serio. E eu estou aqui, fazendo tudo conforme manda o figurino. Me diz, por favor, o que eu quero ouvir. Diz que vai tentar

- Mas se não der certo Ricardo, eu já disse...

- Lu, me responde por que você quer ir embora. Não era você que estava saindo do Brasil para trabalhar na Inglaterra. Aprender uma língua nova, sei lá! Aqui você esta tento tudo isso não é! Você está trabalhando na minha empresa em um cargo muito melhor do que a entrevista que você iria, e tenho certeza que com um salário muito melhor. Por que agora está pensando em voltar para o Brasil?

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