VI

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Epílogo

Assim que saiu do salão do tribunal, foi seguido por Travis, que o disse várias coisas e alguns palavrões desnecessários. O caso era que Louis não se sentia nem um pouco mal pelo que havia feito. Tinha pensado nisso em uma noite em que dormiu na casa de Harry.

*Quatro dias antes*

Louis olhava pra tela branca de tamanho médio e pensava com cuidado no que iria desenhar ali. Olhou pro godê e realmente adorava aquela combinação de cores. Azul, verde, vermelho e preto. Eram suas cores favoritas no mundo e ninguém nunca mudou isso.

- Já decidiu? - perguntou Harry, passando a mão em seus ombros. Louis vestia uma camiseta surrada e uma boxer com uma bandana toda suja de tinta, que era antes um pano de Harry.

- Ainda não - bufou - é frustrante não ter inspiração alguma quando você pinta dois quadros em quatro dias.

- Que exagero. Eu pinto um quadro em quatro dias Louis.

- Eu to frustrado porque eu quero pintar alguma coisa! - falou como se fosse uma criança mimada. Harry começou a rir e puxou um banquinho pra sentar ao lado de Louis.

- As melhores ideias surgem em momentos aleatórios, querido - deu um selinho em Louis e sorriu - olhe bem, você pode apenas rabiscar uma cor se sentir-se alegre, ou um coração se sentir paixão. Talvez um belo céu azul pela paz - Harry pegou o pincel das mãos de Louis e passou a ponta pela cor azul, rabiscando na tela algumas ondas, misturando com branco e outro tom mais escuro de azul.

- O que é isso?

- Paz e calmaria - sorriu - é o que eu sinto no momento.

- Harry, por que... Uh... Por que seu nome era Cox? Não sei se eu já te perguntei.

- Já sim e, bom... É o nome de solteira da minha mãe. Eu apenas o peguei pra mim.

- E por que mudou pra Styles?

- Porque é o do meu pai - ele olhou pra Louis, que estava confuso - ta bem... Olha, eu mudei pra Styles apenas porque queria esquecer do meu passado, dos meus problemas e da vida que eu tive. Eu precisava disso, então optei por Styles.

- Tudo bem - suspirou e voltou a olhar pra tela. Deu um sorriso e então desenhou um par de olhos. Ele enfeitou as sobrancelhas grossas e bem desenhadas, pintou cada parte da cor certa e quando Harry voltou pro ateliê, viu seus olhos pintados na tela.

- Vejo que conseguiu se inspirar - disse, tomando um gole da xícara de cha que estava em sua mão.

- Você disse pra eu expressar sobre o que eu sinto no momento. Eu sinto seus olhos sobre os meus, como se fossem duas das pedras mais preciosas que existem.

- Acho ótimo que sinta isso - sorriu e beijou o rosto do menor - agora que tal sair pra comer algo? - perguntou, roçando seus lábios nos de Louis, que sorriu.

- Que tal comer algo aqui? - perguntou sussurrando - talvez eu.

- Oh, eu acho otimo.

•••

Louis andou rápido pra fora do tribunal, sabendo que muita gente iria atrás dele pra tirar satisfação. Enquanto isso Harry conversava com seu advogado sobre o que aconteceria a partir de agora e as probabilidades estavam à seu favor. Voltou pra casa e ao faze-lo, encontrou Louis sentado na porta do seu apartamento, com os joelhos dobrados e a cabeça escondida em suas mãos. Harry abaixou e sentou ao lado dele, puxando-o pra seus braços.

- Você é um idiota, Lou - falou, sentindo o menor chorar em seu ombro - mas eu senti tanto... tanto orgulho de você.

- Ele deveria ser preso, o que ele fez com você, eu não- eu nao- - ele continuou chorando e Harry sentiu seu coração doer. Ele pegou o pequeno em seu colo com cuidado e abriu a porta com uma das mãos. Deitou com ele no pequeno colchão e o abraçou. Louis chorou ate cair no sono e Harry estava ali ao seu lado, fazendo carinho e querendo muito lhe dar um beijo mostrando-lhe o quanto estava grato.

Silence | lwt+hesWhere stories live. Discover now