Cap. 75

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- Ai, Lucca, tá doendo muito! - volta a chorar.

- Vamos ao médico. - informo já pegando a chave do carro no bolso.

- Não... - olho para cima, ela estava suando frio, seus cabelos chega estavam grudando no rosto. Pego ela no colo, certamente ela não teria forças para andar até o carro. Só não entendo como ela adoeceu tão de repente, tão de uma hora para a outra. Quando coloco a mão na maçaneta da porta para abrir e sair jade aparece nas escadas junto à Jake.

- Onde vão?

- Ao médico, ela está super mal.

- Vai faltar hoje?

- Sim, nós vamos. - respondo seriamente. - Se puderem, liguem para o delegado avisando, por favor. - assentem.

Coloco ela no banco de trás por ter mais espaço, enquanto ela se contorcia de dor. Ligo o carro rapidamente, indo para o hospital mais próximo.

[...]

- Como está se sentindo agora?

- Bem melhor. - suspira aliviada.

- Hum... Desculpa atrapalhar a conversa de vocês, vim avisar que Cecília passará a noite aqui de observação. - fala mais algumas coisas e se retira logo depois.

- Aff, não acredito que ficarei uma noite inteira aqui. - cruza os braços. - Já estou bem.

- Por isso mesmo. Ele tem que ver o que aconteceu contigo.

- Desnecessário.

Cecília tomou soro por mais ou menos vinte minutos, com o remédio que segundo o médico ela precisava. Ele disse que mais tarde saberá o porque ela teve essas recaídas e então vai liberar ela pela manhã, se ela não melhorar é para trazê-la novamente para tomar soro, ele disse que pode ser desidratação ou falta de vitaminas, já que Cecília está com falta de apetite.

Jake Dornan On

Eu realmente estava preocupado com Lucca. Cara, ele vai ser pai!! Se ele rejeitar o próprio filho eu que bato nele.

- Ei, e se Lucca não quiser o filho? Cecília vai querer abortar de qualquer jeito.

- Ele não vai rejeitar.

- Como sabe disso?

- Fácil, eu bato nele se ele não tomar vergonha na cara e assumir o próprio filho. Mas peço que tenham calma com ele, às vezes ele pode reagir mal mas é questão de tempo até ele se acostumar com a ideia de ser pai. É tudo muito novo para ele.

- Sim, compreendo.

- Vamos? Ah, não, vou ligar para o Delegado antes de irmos. - assente.

Fui para o lado de fora da casa, especificamente próximo do portão e disquei o número dele.

- Jake? Aconteceu alguma coisa?

- Mais ou menos, Delegado. Cecília e Lucca passaram mal e foram ao hospital, provavelmente não voltarão hoje por causa de observação. Eles pediram para avisar.

- Oh, obrigado por avisar, vou colocar aprendizes no lugar deles. Mas e você e Jade? Vão vir?

- Claro, já estamos à caminho.

Encerrei a ligação após a sua resposta e chamei Jade. Entramos no carro, em questão de minutos já estávamos lá. O Delegado pediu para eu escolher os soldados da operação de hoje, Jade me ajudou com isso. Depois de escolhermos, eu e mais alguns PM's contando com Diego, Nathan, Ítalo, Max, e Jonas, fomos de moto. Jade foi comigo, o resto em viatura. A operação de hoje era uma denúncia de cárcere privado. O sujeito que ligou não quis ser identificado, como a maioria. Mas segundo ele há muitos gritos abafados pela manhã e ao anoitecer, sempre ouve discussões e móveis sendo arrastados. Analisamos e vimos que poderia ser um fugitivo, bem procurado por sinal.

Jade se jogou da moto, deu uma cambalhota no asfalto, amorteceu a queda e mirou em direção à um carro. Olhei para ela desacreditado, logo percebi que a mesma tinha atirando na roda de um carro.

- Jake, vai para o fundo que eu, Max, e Ítalo ficaremos por aqui. - diz quando todos param.

O dono do carro, um dos suspeitos do sequestro, tentou sair correndo mas não deu muito certo.

- Você está preso! - algemo ele e peço para que levem-no para uma das viaturas.

- Vocês não podem me prender, eu não tenho nada à ver com isso.

- Não é o que o que a sua imagem que está lá no escritório do Delegado diz. - Jade fala e dá risada.

De repente gritos nos alerta sobre as pessoas que estão presas na casa. Olhamos para cada um e chamei alguns para me acompanhar. Passei minha mão esquerda pelo pescoço de jade delicadamente e sussurrei um "cuidado" em seu ouvido.

Jade Williams

Fiquei observando a movimentação da casa e informando pelo radinho. Vimos uma mulher passar, aparentemente uma pessoa normal andando pela vizinhança.

- Passou alguém por aí, Max?

- Que nada. Apenas uma mulher. Educada, dentro de um vestido verde florido... Até falou com a gente, cê acredita?

- Putz, Max! Essa mulher acabou de sair daqui, ela é uma das suspeitas.

- O QUE? - se entreolhamos desacreditados. - Ok, vamos dar um jeito aqui.

Começamos a correr desesperados pelas ruas daquele bairro, não achávamos a mulher de jeito nenhum, tomou chá de sumiço e se foi.

- Já era! Perdemos ela de vista. - Ítalo fala parando, sem esperanças. Após voltar meu olhar para as ruas vejo a mulher atravessando na faixa.

- Ali, ela!! - olho para os lados e vejo uma loja de roupas. Corro até lá e pego uma roupa de frio, - mesmo que não esteja - e vou vestindo pelo caminho. - Paga lá depois Max. - falo pelo radinho mesmo sabendo que a roupa custava uns R$200,00 reais. Vou seguindo a mulher fingindo que estou mexendo no celular, ela meio que percebe uma movimentação estranha atrás dela mas continua andando. Assim que ela para pra atender à uma ligação eu pego as algemas na cintura.

- Você está presa. - dou um sorrisinho sarcástico e em movimentos rápidos, antes dela sair correndo outra vez, uni seus braços e à algemei. - Tudo certo, meninos.

- Ainda bem que meus R$269,99 valeram à pena. - Max parece revirar os olhos do outro lado da linha.

- Sabe que eu te amo, né? - mando beijinhos e ele bufa.

- Vai ficar de melação no telefone ou vai me levar logo? - olho para ela séria e aponto a minha arma.

- Tá achando ruim? Quer que eu meta uma bala na sua cabeça antes? Acho bom a senhora parar com suas piadinhas de irônia e obedecer tudo que eu mandar.

Max e Ítalo me encontram no ponto de ônibus que eu estava e então voltamos para a frente da casa. Jake e os outros policiais estavam tudo no lado de fora esperando a gente.

- Esse casaco que colocou está super fora de moda. - mostra a língua.

- Custura uma regata com a sua língua para mim, por favor. - ouço os outros PM's dando risada e ela revirando os olhos.

- Você é chata, hein... - nesse momento fechei os olhos, respirei fundo, tirei o casaco com toda a calma do mundo, partindo para cima dela e socando a mesma.

- Jade.

- Jade!!

Fui levantada por uns quatro policiais mas permaneci chutando-a.

- Acabou, né, Jade. - Jake segura em meus ombros e respira comigo. - Vamos, já estamos atrasados para outra operação.

Tirei o casaco, deixei em uma viatura qualquer e subi na moto. Aquela mulherzinha ainda me paga!

O Capitão 1 (Concluído)Where stories live. Discover now