OITO

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Sophie's POV

Minha cabeça doía muito.

Parecia que alguém estava com as mãos nela espremendo com muita força até conseguir fazer um suco dos meus miolos.

Droga.

Fora a dor de cabeça eu estava morrendo de frio e percebi ser a falta de algo me cobrindo. Me sentei esfregando os olhos e quando foquei minha visão, vi que ainda usava o vestido da festa da noite anterior.

Como eu havia parado na minha cama?

Eu não me lembrava disso, não me lembrava nem de como havia ido embora. Pensando melhor, qual era a última coisa da qual me lembrava?

Ah, claro.

Eu tinha saído de perto de Angie e Harry, com a desculpa de ir pegar uma bebida para dar mais privacidade a eles. Depois de algumas bebidas, tomei alguns copinhos da bebida marronzinha com gosto de doce de leite e o resto era um buraco enorme.

Me levantei indo até o armário e separei uma roupa, necessitava de um banho. Peguei meu nécessaire e marchei para fora do quarto.

Necessitava de uma aspirina também, mas não desceria enquanto não estivesse apresentável.

Antes que eu pudesse colocar a mão na maçaneta da porta do banheiro, ela se abriu e Daniel arregalou os olhos.

— Você está horrível. Mais do que já é — ele fez uma careta e quis morrer por alguém ter me visto antes que eu tomasse um banho.

— Licença? Preciso tomar um banho — respondi mal-humorada.

— Realmente precisa — ele disse e rolei os olhos, na verdade eu estava envergonhada por ele estar me vendo naquele estado, justo ele.

— Licença — pedi mais uma vez, ele saiu do banheiro e só ali notei que ele estava sem camisa.

— Ah, Sophie? — ele chamou e me virei sem paciência.

Daniel estava com o celular apontado para mim e escutei o barulho de uma foto sendo tirada.

— Só quero guardar esse momento — ele sorriu de lado e fiquei furiosa.

— Me dá isso — minha voz saiu estrangulada e fui para cima dele.

Danny levantou os braços e comecei a pular me enroscando nele, tentando pegar o celular. Ele ria enquanto eu tentava segurar minhas coisas e pegar o aparelho em sua mão.

— Para de me agarrar — ele disse colocando a mão em meu ombro.

— Me dá isso, Daniel.

— Não — ele riu.

— É sério, me dá senão...

— Senão você vai fazer o quê?— ele sorriu mais uma vez e voltei a tentar pegar o aparelho. — Para de ficar me agarrando, garota — falou impaciente, mas com certa diversão na voz. — Eu devo ser irresistível mesmo, está tentando me agarrar desde ontem — ele disse debochado e fiquei imóvel.

— O quê?

— Hum, amnésia pós-porre. — Ele levantou a sobrancelha.

— Do que você tá falando? — perguntei um pouco alarmada demais.

— Vai lavar essa sua cara feia, pra ver se dá uma melhorada nela. Se a Angie ver isso — apontou meu rosto — vai ter pesadelos pro resto da vida — disse e saiu pelo corredor e fiquei parada por alguns segundos pensando no que ele havia dito.

From Prada To NadaWhere stories live. Discover now