QUERO ESQUECER

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Dormir na nossa cama, na nossa casa depois de horas de viagem não tem preço. Depois de um dia e uma noite sem sair de casa e só falar com s amigos pelo telefone, Thor e eu voltamos a nossas rotinas. No escritório todos nos abraçam e ficam felizes por nós. Dou alguns presentinhos a eles e me empenho em meu trabalho, a noite vou a faculdade e pego firme nos estudos para conseguir acompanhar a turma que irá se formar em menos de três meses, até trabalhos e exercícios levo para o escritório. Thor e meus amigos me ajudam e quando chega o dia da formatura dedico meu diploma a eles. Vamos todos para o sÍtio comemorar e passamos o final de semana lá. Rapha e as crianças adoram, Alê levou um namoradinho da faculdade, diz ela que ele também pretende ser médico. Thor e Erik não abaixa facilmente a guarda para ele, mas também não o tratam mal, graças a eu e Dani que estamos sempre de olhos abertos em nossos maridos ciumentos. Dani e Erik me chamam para caminhar um pouco. Thor fica brincando com os garotos e meus amigos me adulam, cada hora um quer me carregar nas costas e quando sentamos na beira do rio, Dani fala:

– Estamos pensando em ter uma criança, Angel.

– Vocês vão adotar?

– Não – diz Erik – estamos pensando em barriga de aluguel.

– Barriga de aluguel? – fico surpresa – mas adotar não seria mais fácil?

– Por mim seria de qualquer jeito – diz Dani – mas o Erik quer um bebê meu.

– Seu? – fico ainda mais surpresa.

– Quero um filho a cara do Dani. – Erik abraça o marido e sorri.

– Então vocês pretendem fazer uma inseminação artificial?

– Sim – responde Erik.

– Mas o problema, a grande dificuldade – falo olhando para os dois – é encontrar uma mulher que esteja disposta a doar sua barriga e carregar este bebê mais de nove meses, não é?

– Sim – responde os dois.

– Vamos contar coma a ajuda de Deus – fala Erik – Ele irá nos trazer esta mulher.

– Sinto muito não ser esta mulher.

– Seria interessante ter um filho com você – diz Dani sorrindo – o problema é que com todos estes seus traços marcantes ele não iria se parecer comigo, ele seria um ruivinho muito do lindo, isso sim. – rimos.

– Falando em filhos, o Thor não para de falar que quer ser pai de um filho meu.

– E qual é o problema – Erik pergunta.

– Eu não quero ser mãe.

– E por que não?

– Eu não nasci para isso, eu não gosto nem de pensar em um bebê crescendo dentro de mim.

Erik começa a falar que estou errada, mas para quanto Thor se aproxima sobre o Mancha negra. Ele desce sorrindo e senta ao meu lado.

– Vocês vieram andando?

– Eu não, eles. – respondo sorrindo.

– Carregaram a minha mulher, não é? – Thor faz cara de bravo.

– E carregaríamos de volta se preciso – responde Dani.

– As crianças queriam vir nadar um pouco, mas decidir procurar por vocês primeiro.

– Estávamos falando de filhos – digo e Thor me olha esperançoso. – Erik e Dani pretendem ser pais o mais rápido possível.

– Vocês irão adotar? – Thor olha para eles surpreso.

Dê-me o que mereço e faça-me felizOnde histórias criam vida. Descubra agora