Na Escuridão da Noite

O manuscrito proibido

Houve a era dos homens e agora haverá a era dos Titãs. Porque esta é a vontade absoluta da natureza.

Quando as estrelas de luz negra, apenas vistas ao se atingir as demais dimensões, se alinharem, todos aqueles que permanecem ocultos hão de se mostrar.

Balthuon, o bode de duas faces, que ri diabolicamente com uma e grita blasfêmias com a outra, há de galopar sem fim pelas montanhas da Terra.

Ik-Sanah, a que rasteja e emana fogo pelo corpo, há de ludibriar todos aqueles que atravessarem seu caminho, levando-os à loucura infinita.

Cathaal, o senhor dos vermes, há de trazer caos e destruição a todas as sociedades existentes.

Mungaroth, o cruel demônio sapo que em seu trono de marfim observa e devora ossos, irá escravizar todos os homens, pois para ele não há maior punição.

Mandragorá, a flor maldita, irá desabrochar na noite eterna e envenenará os ares de toda a Terra.

Sukhinir, o peixe-demônio que assombra o fundo do oceano, há de devorar todas as coisas até que sua fome seja saciada.

E isso é parte do que foi dito pela grande esfera flutuante de mil faces e mil nomes, enquanto eu estava no deserto da cidade esquecida de Khaon. E assim há de acontecer, porque ela, que já esteve no futuro, já o viu.

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Esse papiro foi encontrado pelos portugueses em meio a um estranho monumento de pedras nas florestas do Sul da Bahia, em suas primeiras buscas pelo solo brasileiro. Atualmente se encontra na Biblioteca de Birmingham, na Inglaterra, reservado apenas a autoridades e chefes de estados europeus.