Capítulo 2

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POV ROXAS

Depois de ter pegado Sora no colo aquela noite, eu e Ventus voltamos para nosso apartamento, e ele e Vanitas fizeram o mesmo. E por algum motivo, eu não conseguia tirar aquele garoto da mente.

Fui dormir pensando nele, e acordei na manhã seguinte, ansioso por ver aquele rostinho delicado, por mais que não quisesse admitir. Como sempre, os pais deles levaram eu e Ven a escola também, mas nas manhãs normalmente é Ven que senta em meu colo, então, sem chances de segurar Sora mais uma vez.

– Roxas, sábado vamos fazer uma festa. Gostaríamos que você tocasse. O que acha? – Aerith, a mãe de Sora perguntou.

– Claro. – respondi, animado.

Eu tocava piano desde pequeno, e ninguém mais dali tinha esse talento, o que me fazia se sentir especial, e sempre me chamavam para tocar em festas e coisas assim.

Bem, a festa seria no apartamento de Sora, mas infelizmente eu poderia tocar só o piano, embora tivesse vontade de tocar outras coisas, se é que me entende…

– Chegamos…

Todos descemos do carro e entramos na escola. Observei Sora se afastar com Ven, e depois de um tempo, me virei e sai encontrar meus amigos.

– Você tava olhando o Sora, seu pedofilo? – falou Axel, rindo.

– Não... Só olhando mesmo…

– Uhum…

– Cala a boca!!

Entrei na escola com os garotos, e esperamos até o sinal bater, então fomos para a sala. Logo, a diretora entrou na sala e nos chamou para assistir a uma palestra. Ela não especificou, mas provavelmente era sobre sexo e drogas, já que essas são as únicas merdas de palestras que fazem, achando que vamos virar drogados viciados em sexo.

Descemos para o auditório gritando e correndo, como qualquer turma normal da escola, até chegar e quase se matarem para pegar os lugares do fundão e pela temperatura do ar condicionado.

Apareceu uma moça dessas bonitinhas que dão palestras em escolas, e como todo mundo esperava, realmente era sobre sexo e essas coisas estranhas mesmo.

Peguei meu celular e comecei a mexer nele, ninguém veria mesmo, a cadeira de Kairi, uma menina que era irmã mais nova do Axel, estava na minha frente. Porém, aquela velha filha da puta mais conhecida como diretora, começou a andar entre os lugares e me viu. Ela se aproximou lentamente e pegou meu celular.

– PORRA!!! – falei, a encarando com cara de bravo.

– Olha a boca garoto. Só pega de volta se seus pais virem aqui.

– Merda!

Encostei a cabeça no braço, olhando aqueles slides com pintos, camisinhas e explicações que ninguém nunca lia. A moça era até gostosinha, mas mesmo assim eu não conseguia prestar atenção naquela bosta, e já estava quase dormindo, quando a moça pegou um pintão de borracha e o colocou na mesa, fazendo todo mundo que estava presente rir.

– Agora eu vou escolher alguém para vir aqui! Hum…

Ela começou a olhar para todos, e imediatamente fiquei com medo. Espero que ela não me escolha, se for o que eu estou imaginando vai ser vergonhoso demais. O olhar dela parou em mim, e fingi não perceber, arrancando pedacinhos da cadeira que Axel sentava ao meu lado.

– Vem você, o loirinho! – ela falou. Puta merda, eu.

Continuo fingindo que não percebi nada, mas ela se aproxima e pega minha mão.

ImprovávelWhere stories live. Discover now