Capítulo 16 | A Verdade

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Era um novo dia e eu estava chorando descontrolada perto de uma cachoeira, hoje é o dia em que minha mãe morreu 10 anos atrás. Eu tinha apenas 6 anos quando aquilo aconteceu e o pior de tudo: eu não pude impedir ela.

Vocês acham mesmo que minha mãe ainda está viva? Vocês acham que aquela mulher que vive na casa do meu pai é que nunca teve nenhum filho ou filha é a minha mãe?! Vocês não sabem a verdade sobre mim, nunca souberam.

Na calada da noite, eu tinha visto Emma matar minha mãe na cozinha. Ela estava lavando os pratos e meu pai estava fora de casa, só tinha nós 3 em casa. Emma disse que ia no banheiro e eu fiquei no quarto esperando ela até que eu tive a ideia de dar um susto nela.

Quando fui pro banheiro, Emma não estava lá. Nunca esteve. Fui procurar ela por toda casa até que cheguei na cozinha e vi ela segurando uma faca, e em menos de alguns segundos, antes que eu pudesse gritar por socorro... minha mãe havia morrido.

Lágrimas brotaram dos meus olhos e o último olhar da minha mãe foi em mim, ela estava sangrando muito. Não tinha como salvar a tempo, e então... ela se fora. Emma me olhou nos olhos e eu saí correndo pra fora da casa, fiquei na floresta à noite toda.

Até que no dia seguinte, tinha uma ambulância na nossa casa e meu pai estava chorando junto com Emma. Meu pai me abraçou fortemente e Emma só estava olhando com um sorriso de víbora na cara, meu pai não fazia ideia mesmo.

E antes que eu pudesse contar tudo ao meu pai,  Emma me acusou te ter matado minha própria mãe. Eu obviamente não tinha surtado nem nada, falei pro meu pai que a própria Emma fez aquilo quando ele não estava em casa.

Meu pai não acreditou em mim mas acreditou na Emma, meu pai sempre achava que ela era a mais quietinha. E por conta disso meu pai me botou numa clínica estranha onde eu não tinha amigos.

Eu ficava sozinha a maior parte do tempo, as únicas pessoas que eu via eram as empregadas. Ninguém falava comigo porque tinham medo que eu matasse eles também, era tudo mentira. Ela armou pra mim.

Eu chorava todos os dias naquele quarto, nunca podia fazer nada. Fiquei lá por 2 anos, meu pai nunca veio me visitar até mesmo no meu próprio aniversário.

Tive que comemorar sozinha, Emma devia estar aproveitando a vida e fingindo não ter uma irmã. Eu jurei nunca mais falar com ela e ela ainda fingi que aquilo não foi nada e que ela não fez isso.

No primeiro dia do 3º ano eu saí daquela clínica e meu pai não tinha coragem de me olhar nos olhos, Emma ainda sorria como uma cobra. Meu pai não tinha força nem coragem suficiente então chamou uma mulher parecida com a minha mãe e se casou.

Ele achava mesmo que eu não iria saber que era minha tia? A irmã gêmea da minha mãe? Passaram-se anos até meu pai começar a falar mais comigo, ter certeza de que eu não iria matá-lo quando ele menos esperar.

Marrenta na Área Where stories live. Discover now