Capítulo 35 | Bônus

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{Nick ON}

{Anos depois...}

Não sabia que ter filhos de tão esquisito hein, posso ser adulta agora mas ainda acho que é um saco mesmo. Quando acordei, Zack não estava na cama como antigamente.

Ele agora tinha que ir trabalhar pra nós sustentar, só queria voltar no tempo pra aproveitar mais um pouco da minha vida antiga...

Ele agora tinha que ir trabalhar pra nós sustentar, só queria voltar no tempo pra aproveitar mais um pouco da minha vida antiga

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Tinha que sair pra trabalhar e por isso, Judy chegou logo antes de eu sair. Ela era nossa babá e cuidava de Harry e Lilly enquanto Allyson ia a festa à noite.

— Vou indo, tchau meus amores. — Sorri.
— Aff, vai logo de uma vez mãe! Você fica "vou indo" toda droga do dia! — Gritou.
— Olha como fala comigo, Ally. Não te criei assim e trate de me respeitar.
— Vá pro inferno. — E se trancou no quarto.
— Não liguem, é passageiro. — Dei um sorriso de leve pra Lilly.
— Tanto faz.

~•~

O que adianta ter filhos se eles não te amam? Pois é assim que eu me sinto todo dia, Ally é tão marrenta quanto eu na época mas eu era menos.

Lilly é doce e meiga quando quer mas às vezes também é raivosa que nem um cão e Harry fica correndo pela casa todo santo dia, meu Deus!

Acho que foi por isso que contratei uma babá, pra me dar um tempo da vida e pelo menos tentar ajudar Zack. Me sinto triste quando vejo ele tendo que trabalhar sozinho.

Ele pode ser dono de uma empresa famosa no mundo mas ainda assim é o único que trabalha pra gente, às vezes nem sei porque estou trabalhando.

Voltei pra casa toda cansada por ficar quase o dia todo sentada numa cadeira em um escritório idiota, Allyson tinha saído, Lilly tinha ido dormir na casa da sua amiga e Harry estava dormindo. Judy já tinha ido embora.

                                       ~•~

{Alguns meses depois...}

Zack finalmente chegou da sua viagem de negócios e estava de volta com sua família, Allyson não descia pro jantar e nem pro almoço, fiquei preocupada.

— Amor, vou sair hoje de novo.
— O que? Por que?
— Sinto muito, ouve uma grande oferta de outra empresa e tenho que ir lá imediatamente.
— Tudo bem, te vejo semana que vem? — Perguntei sorrindo.
— Pode apostar. — Me deu um selinho antes de ir.

Fui ver como Ally estava, bati na porta uma, duas, três vezes e ela não atendeu. Mas o que está acontecendo?

— Ally? Ally? — Chamei.

Tentei empurrar a porta mas eu era muito fraca, claro né sou mulher. Lilly tentou entrar pela janela do quarto mas tava fechada, Harry começou a chorar e chamei Judy.

Ela chegou imediatamente e Harry parou de chorar, pedi pra Lilly ligar pra polícia e pra emergência.

— Ally! Ally, você tá aí?! — Gritei.

{5 minutos depois...}

A polícia chegou e a emergência também, eles arrombaram a porta e vi minha querida e amada filha deitada no chão.

— Ah meu Deus...

Cheguei perto dela e vi, ela não respirava e não parecia estar desmaiada. Vi um pote de alguma coisa na sua mão, era drogas...

— Mas o que...

Os polícias levaram ela pra emergência e fiquei chorando até nunca mais, Judy tentou me acalmar mas não adiantava. Não consegui falar com Zack e Lilly foi pro hospital porque já tinha idade suficiente.

                                        ~•~

{No dia seguinte}

Corri pro hospital, fiquei esperando por uns minutos até me chamarem. Entrei no quarto onde Ally estava e eu a vi na maca, minha querida filha...

— Lamentamos informar, senhorita Gottens... mas sua filha não sobreviveu às drogas. Nós sentimos muito. — Falou.

Senti meus joelhos se chocarem com o chão e logo as lágrimas vieram, não não não! Gritei tão alto que nem senti mais meus ouvidos, continuava sussurrado "não" enquanto o médico me consolava.

Lilly tentava me chamar mas a única coisa que eu via era tudo embaçado, por que tinha que ser assim? O que aconteceu com você, Ally?

Tudo ficava embaçado, lágrimas rolavam se parar das minhas bochechas e de repente, sinto uma dor horrível na cabeça e a escuridão chega.

A última coisa que vejo é Lilly gritando e o médico saindo chamar quem quer que fosse, meu mundo não seria o mesmo sem Ally.

E antes que eu pudesse falar, ouvir ou pensar em algo... a escuridão tomou conta dos meus olhos por completo.

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