O amor é fácil de se afogar

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  -Como tu tem certeza que ele vai te procurar hoje?

-Ele me mandou uma carta. - Mostrei a carta ao policial.

-Ok, vamos dizer que está carta realmente signifique que ele te encontrara hoje, o que pretende fazer?

-Pensei em armar uma armadilha para ele, na minha casa. Vocês podem cercar o prédio mas quero ele preso ou morto hoje.

-Entendi, bom vamos planejar isto então.

O policial então planejou comigo o dia em que teria minha vingança, o dia em que eu poderia me ver livre dele.

Depois de algumas horas lá eu fui para casa para me preparar, tomei um banho, liguei para vanessa e expliquei tudo o que havia acontecido, pedi para que ela não viesse para casa hoje e ela me entendeu e concordou. Depois sentei no sofá e esperei ele chegar.

Depois de algumas horas ouvi alguém bater na porta, levantei e abri. Era ele com um buquê de flores. Ele entrou e se sentou no sofá.

-Tu ta cada dia mais linda sabia?

-Sabia.

-Humilde também.

-O que tu quer?

-Hoje faz dois anos do nosso casamento, vim comemorar com meu grande amor. Coloca uma roupa vamos sair.

-Não vou em lugar algum.

-Eu não to pedindo, to mandando. -Ele disse engrossando a voz e se levantando.

-Ta bom, posso saber onde vamos?

-É surpresa.

Coloquei minha roupa favorita, uma camisa xadrez vermelha com preto, calça jeans preta e all star branco. Voltei para a sala e ele já estava com a porta aberta me esperando.

-Vamos meu amor. Não quero me atrasar para a nossa grande noite.

-Tu fala como se eu tivesse opção né

Descemos apenas dois andares, achei estranho mas não disse nada. Ele pegou uma chave e abriu a porta de um dos apartamentos, tudo estava arrumado para um jantar super romântico.
Entramos e sentamos.

-Porque? -Perguntei, encarando-o.

-Porque o que meu amor?

-Todos esses anos, todas as coisas que fez comigo. Eu só quero entender porque eu?

-Porque te amo.

-Se me amasse de verdade não teria feito tudo aquilo, quantas vezes tentou me matar? Porra. Eu te odeio.

-Acho engraçado como chegamos até aqui, todos os obstáculos mas ainda sim sinto que mesmo no fundo tu me ama.

Levantei e fui até a cozinha, peguei uma faca que havia em cima do balcão e a escondi. Quando voltava percebi que um atirador estava na mira dá sacada, era minha chance.

-Vamos dançar?

-Viu, eu disse que tu ainda me ama

Abracei ele é fiz questão de que ele ficasse virado para a janela, eu precisava fazer um sinal para os policiais, mas fiquei tão preocupada com isso que acho que ele percebeu e me virou rápido para o lado dá janela.

-O que tu tá planejando?

-Nada que tu não mereça.

-Um atirador é sério? A faca eu já esperava - falou colocando a mão sobre a faca e a pegando - Que foi? Achou que eu não tinha percebido? Eu não sou burro.

-Vai fazer o que com essa faca agora?

-Ja te disse que não me importo de morrer, mas se eu for tu vai junto.

Naquele momento consegui gira-lo rapidamente em direção a janela e fiz o sinal para o atirador.

Apenas ouvi o barulho do tiro.

-Eu te amo e vou continuar amando minha linda.

Então de repente senti a faca entrar em meu peito com muita força, mas não senti dor, senti alívio como se um peso fosse retirado das minhas costas, como se o mundo tivesse parado.Eu senti o sangue, quente, escorrendo pela minha barriga. Olhava para ele com a certeza de que tudo o que eu fiz valeu a pena, também tinha a certeza de que meu sangue se misturava com o dele naquele carpete sujo e de repente começou a chover.  Enfim tudo acabou.

"Uns serão perdoados, outros serão punidos, pois jamais história alguma houve mais dolorosa do que a de Julieta e a do seu Romeu."

Um amor psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora