X- Final feliz?

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NARRADO POR UM DESCONHECIDO.

Enquanto Víctor e Aline se divertiam, em Paraty. Em São Paulo, Marcelo estava tentando telefonar para Víctor, para saber como as coisas estavam indo. Depois de várias tentativas frustradas de ligação, e até ter se preocupado, Víctor atendeu o celular.

— Até que enfim atendeu o celular, as vezes me pergunto por que você tem celular?

— Marcelo, você não é meu pai. — Víctor falou sério, deixando por alguns segundos, a ligação silenciosa. — Eu não havia visto que você havia me ligado, desculpa. A viajem está sendo perfeita. Não sei como eu e Aline conseguimos ficar afastados.

— Que bom que a viagem está boa, fico muito feliz. Também estou curtindo aqui, ontem fui para uma balada, beijei varias gatas. Mas e aí, você já contou para ela?

— Contei sim! - Disse ele, receoso.

— E como ela reagiu? Como estão as coisas? — Marcelo perguntou, curioso.

— Ela me surpreendeu, ou talvez eu estivesse colocando muita pilha nisso. Ela foi muito compreensiva, me apoiou, e disse que nunca vai me abandonar. Além disso, ela pediu para eu confiar mais nela. E como eu já te disse a viajem está perfeita, você sabe como aqui é lindo!

— Que bom cara, você sabe que torço muito para você, e saiba que estou do teu lado!

— Eu sei sim, se não fosse você, não sei se teria voltado com a Aline. Mas eu espero ainda ter a chance de te ajudar!

— Então tá bom, quando voltar quero te ver.

— Vou aproveitar, tchau. — Disse Víctor, desligando o telefone. Rapidamente ele colocou o celular sobre a cabeceira da cama, e voltou seu olhar para Aline, que estava com uma cara fechada.

— Até que enfim saiu desse celular!

Naquele momento, Víctor transmitiu um olhar a Aline, que não era difícil decifrar. Ela o desejava, e ele também. Após se observarem por alguns segundos, no total silencio, os dois se aproximaram calmamente, e se beijaram. Rapidamente o beijo foi dissipado por Aline, que voltou seus olhos para a face de Víctor.

— Se eu pudesse te dar algo, daria a você a minha visão, para que você perceba o quanto é essencial para mim! — Aline falou, arrancando algumas lagrimas de Víctor.

— Te amo. Eu não tenho o dom de falar coisas assim para você, mas posso esclarecer que nunca senti isso antes. —Víctor disse, voltando sua visão para Aline, que sorriu no mesmo instante. Aquele momento era inenarrável, tantos sentimentos invadiam o peito dos dois, parecia que estavam em uma chuva de meteoros.

— Não podemos continuar conversando sobre isso, se não irei borrar toda minha maquiagem. Vamos sair? O que vamos fazer hoje? — Aline perguntou, cessando as lagrimas.

— Vamos curtir nosso último dia na praia, e aí comemos no quiosque. Essa viajem passou tão depressa, só de pensar que daqui a algumas horas nós vamos embora. Queria poder ficar aqui para sempre!

— Ah, mas não fica assim! Vamos curtir o resto do nosso tempo aqui! — Aline disse, se levantando da cama e abrindo um belo sorriso.

— Então vamos!

Aline e Víctor foram para uma das mais lindas praias de Paraty, e curtiram um momento romântico, vendo o entardecer e sentindo a brisa do mar. Os dois estavam muito felizes, a relação que havia terminado a algum tempo, agora parecia inabalável.

Depois de passarem muito tempo na praia, o casal retornou ao hotel, e arrumou suas malas, e foram para o aeroporto. Dentro de algumas horas eles já estavam em São Paulo. Após voltar, Aline tomou uma decisão, ela devia parar de evitar sua família. E no momento em que discou o telefone de seu pai, ela lembrou-se de todos os momentos em que sofreu solitária, aquilo a deu mais força.

Destinado a AcontecerWhere stories live. Discover now