Capítulo 03

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Perdoem os erros.

Finais Felizes são realmente para alguns ou talvez você esteja deprimente demais para não perceber que existe um para você?


Júpiter acordou sentindo mãos frias estreitas e fortes sobre a sua pele. Seu aperto era firme, o corpo de Júpiter se inclinava levemente sobre o acento,  suspirando ela abriu os seus olhos levemente. Estava cansada, andar de um lado para o outro na cidade  atrás de encomendas havia acabado com  a sua auto-estima.

Um rosto um tanto familiar preencheu o seu campo de visão. O rosto do homem enigmático surgiu a meros metros de distância do seu rosto. Assustando-se  ela se levantou depressa, o corpo do homem se estreitou junto ao dela fazendo com ela acabasse sentado novamente sobre o banco duro.

— Sabia que é de uma péssima educação ficar olhando estranhos tão de perto? — Ele arqueou a sua sobrancelha ignorando a sua censura.

— Lugar de estalagem é do outro lado da cidade. — sua voz avida e grossa era de um tom  quase grotesco. Júpiter se inclinou levemente sobre o acento. —  Então já chegamos? Minha nossa nunca dormi em um lugar público tanto antes na minha vida.

Júpiter se espreguiçou  sobre a cadeira fazendo com que pequena blusa de cetim colocasse amostra os seus  pequenos ceios. O homem encarava toda cena com olhar interessado.

—  Por que veste roupas tão chamativas e estranhas? —Júpiter franziu o cenho. — Não sou eu que visto roupas fora do século. —Ironizou.

—  Nossas Roupas nunca estiveram fora do padrão. Nós sempre  a usamos e se quer mesmo saber, me agrada muito mais os vestidos do meu reino do que esse trapo que diz ser roupas.

—  Está chamando as melhores roupas compradas nas mais importantes lojas de York de trapos? — O homem franziu os lábios.

—Sim, este lugar deve ser banido deste Reino. Conte-me em que reino teria um armazém tão impróprio como este?

Júpiter lançou sobre o homem um olhar perplexo.

—  E onde acha que estávamos quando embarcamos naquele trem? Nova York é uma das cidades mais famosas do país se não do mundo. Deveria se informar melhor por onde o seu trem anda, comissário. — O rosto do homem se tornou pálido. Seus olhos escuros  encaravam ela tão fixamente que chegou a ser desconfortante encará-lo de volta. — Está querendo dizer que veio do mundo real? Do mundo dos humanos?

— Que tipo de pergunta tola é esta? Só existe um mundo, e ele é humano. — O homem sacudiu a sua cabeça diversas vezes. Parecia estar em choque, ou até mesmo irritado. Ele estava quieto demais, sua presença intimidadora era embriagante. Júpiter se sentia tonta perto dele.

— Isso não deveria estar acontecendo, não poderia ser possível, você não  deveria estar aqui. Oh droga, a rainha vai me matar quando souber.

O homem sentou-se sobre a cadeira ao seu lado como se não passasse de um fardo pesado. Júpiter o encarou como se ele  não passasse de um simples um louco.

— O que quer dizer? — o homem tornou a encará-la. — Quero dizer que se a rainha descobrir que trouxe junto aos encantados uma humana ela não irá apenas me castigar com um simples trabalho de trem, ela tentará me exilar dos contos de fadas,  tentará apagar a minha história. Você precisa voltar e agora mesmo.

Levantando-se da cadeira o homem se moveu de uma forma ágil e hostil até a entrada do trem, ele não aparentava ser um simples humano era rápido e veloz demais para o olho nu.  Júpiter sacudiu a sua cabeça,  poderia ser ainda o sono que estava impregnado  em seu corpo, talvez ela estivesse até mesmo delirando.  Júpiter tentou se apegar de qualquer forma algo que pudesse comprovar que aquilo que ela acabará de ver não era real,  que tudo passava de uma infeliz ilusão.

Era uma Vez Os Vilões?Where stories live. Discover now