Capítulo 05

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Perdoem os erros.

Difícil é ganhar um amigo em uma hora; fácil é ofendê-lo em um minuto.

— Para o mágico! Você entregou Júpiter nas mãos de um mágico? Ele é um inútil! Não irá cuida-la como deve ser!

O Mago poderia até está louco em relação a isso. Mais o fato é que ele achou a oportunidade perfeita para consertar o seu neto, sem interferir na sua trajetória. Abel precisava de um impulso! Nada melhor do que uma jovem donzela, cheia de enigimas para conserta-lo.

Apenas observe Gaspar.

Mundo dos contos de fadas.

— Dá por favor pra dizer em que momento chegaremos finalmente até a sua casa? Eu não sinto mais os meus pés.

E ela não estava mentindo. Júpiter havia andado muito, suas pernas estavam moles e a sua coluna cada vez mais protestante. Ela não sentia mais o seu corpo tudo que ela sentia era dor e ansiedade. Desde que haviam desembarcado do trem ambos caminharam em silêncio sobre uma floresta sombria, silenciosa e supostamente Malévola. Ele havia à convencido de que à casa dele seria o lugar mais seguro para ela no momento, ou pelo menos até ela  conseguir roupas apropriadas para sair ao ar livre sem ser um suposto alvo da rainha.

Júpiter sabia que não teria opção, ela não tinha ninguém e mesmo que perigosamente ela confiava no Mágico, pois sendo Malévolo ou não,  ele forá o único a ajuda-lá naquele lugar.

O mágico resmungou algo que ela não conseguiu capturar devido a sua distração.  Ele parecia impaciente, caminhava depressa rumo a floresta como se estivesse fugindo de algo ou de alguém. Júpiter não conseguia decifrar o seu companheiro de jornada, assim como ela ele possuia os seus segredos e era muito bom em escondê-los Não tanto quanto ela no momento.  Ele era silencioso, cauteloso ousaria dizer que era até mesmo presunçoso demais para o cargo que diz possuir.  Júpiter tentava decifrá-lo afim de descobrir o porquê de se tornar um homem tão ruim como os contos de fadas diziam ser.  Ele não parecia ser um cara mesquinho, pelo contrário, ele havia sido um homem muito caridoso em ajuda-la mesmo que para o seu próprio benefício.

— Daqui a duas colunas chegaremos lá, sei que é muito distante mas prefiro manter minha casa em segurança de presenças indesejáveis.

— Presença indesejáveis? —  o mágico deu de ombros. — Existem ladrões nesta Floresta e eles não são muito apegados a conversas e chás. — Ironizou.

— Então tem medo de levar uma grande surra na frente de uma donzela? — Ele sorriu sem  demonstrar nenhuma emoção.

— Levar surras não me torna um homem fraco, você deveria saber que os tolos são os valentões.  A única coisa em que me preocupo agora é levá-la em segurança para o outro lado sem que a rainha descubra.

—  E se ela descobrisse da minha presença aqui em Oz, o que poderia acontecer conosco? — O olhar do mágico se tornou distante, um tanto pensativo deduziu Júpiter.  Ele já havia ficado naquele estado horas antes de entrarem no trem,  era um olhar distante, vazio  algo que apenas quem vive muito tempo na solidão reconhece. Júpiter se considerava uma mulher muito observadora e era por isso que em sua profissão ela exercia muito bem o seu papel. O seu dom em observar a tornava uma mulher fria e às vezes sem um mínimo de coração ou piedade, talvez fosse por isso que o destino havia lhe escolhido. Por acabar se tornando uma mulher cética demais.

— Eu diria que acabaria conosco literalmente.  Ela é a rainha, não pode me matar mas pode me manter preso por muito tempo.  Diria até que poderia me exilar do mundo dos contos de fadas acabando com a minha existência nas histórias. Já você, ela tem o livre acesso de fazer o que quiser, já que você não faz parte da categoria Encantada.

Era uma Vez Os Vilões?Where stories live. Discover now