C A P Í T U L O 24

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     Lua cheia…

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     Lua cheia…

     Ela vem durante todo o mês, mas Katharyna não lembra-se da última. Provavelmente estava inconveniente. Mas a penúltima… com certeza ela lembra.

     Tentou sacrificar-se para salvar seu povo. É que diz e é o que todos acreditam. Mas não…

     Não mais aguentava viver uma vida inútil. Sempre regras e normas contra ela; uma mulher. A neta da bruxa…

     Kathe Demarttel. Sua avó é quem protegia sua pureza e impedia casamentos arranjados. Mas tudo chegava ao seu limite. Katharyna passou a ser exigida como esposa.

     Foi quando eles vieram…

     Na lua cheia onde ela preferia morrer a continuar viva de forma tão abusiva. Sua alma não suportava a vida.

      E agora, daqui a cinco dias, uma nova lua cheia irá surgir.

     Tempo passou-se desde que o Supremo quebrou seu nariz. Ainda dói, mas está recuperada. A substância verde cremosa que as curandeiras depositaram sobre sua pele ajudaram a conter o sangramento e a acelerar o processo de cura. Mas Katharyna evita a todo custo tocá-lo.

     Pela manhã, foi tirado as folhas do local que ainda permanece levemente avermelhado. Parece que estava resfriada.

     E talvez estivesse. O frio vem aumentado. Ela detesta frio. Mas naquele dia, o sol havia saído e brilhava afora.

     Dias ficando quieta e comportada a deixou inquieta quando o castelo ganhou movimentação. Escravas andavam de um lado para o outro. O barulho constante a deixa tentada a espiar.

     Imagina que as mulheres estejam zangadas por não poderem dormir. Mas ao abrir a porta e passar a cabeça por ela, as viu acordada e bem ativa. Estavam compactuando com toda a barulheira.

— Ei! — Katharyna não resistiu ao chamar uma das humanas que andava pelo lugar. Ela carregava com sigo uma cortina vermelha completamente rasgada e virou-se para quem a chamava. — O que está acontecendo?

— A limpeza do castelo, minha senhora. — Uma das escravas a chama com urgência. — Com licença.

     Limpeza do castelo…

     Realmente lembra-se do castelo sujo, algo que a fazia querer revirar os olhos visto que ela tem ser obrigada a entrar em uma banheira cheia de água todo dia. Contudo, algo a mais chama sua atenção. Os lhycans mantém atividade durante a noite. Ainda é dia.

     Katharyna entra no quarto e fica escutando os estrondos e barulhos. Ela escuta ordens e sons de móveis quebrados. Parece mais que o castelo está sendo vandalizado do que limpado.

     Assim, quando o ápice do dia chega, Katharyna não resiste e passa pela porta do modo mais sorrateiro que consegue. E logo ela se vê dentro de uma feira. Escravos vem e vão de todos os lados. Com eles, carregam desde quadros quebrados, mesas, cadeiras, madeiras e pedras.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant