Desertores

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Indico que lêem o epílogo antes de comecar aqui, para entender melhor mais tarde!
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Terra ano 2889 D.C

Bom, o que pode se dizer de mim, eu sou fantástico, amado, muito conhecido, filantropo, extremamente rico, viajante espacial e um grande soldado desse lindo planeta em Alpha Centaure A.

- Caleb, duas dose de Xtrarax para a mesa três, e uma de vodca para a mesa seis.

Fico triste, isso sempre me acontece quando tento mentir sobre a pessoa que sou. Tá voltando tudo. Sou bem simples, nasci em família nobre, todos tiveram um cargo importante no meu mundo, todos eram soldados de honra, mas eu, bem eu ainda não sei o que aconteceu comigo, realmente sou conhecido, como eu disse, não eu o nome da minha família sim. Sou garçom, mas uma coisa, não mentir, moro em Alpha Centaure A, e odeio minha vida.
Em sã consciência vodca e tão antigo que atualmente é raro ver alguém pedindo vodca. E imagino que a mesma pessoa vai querer que eu senta para me contar a magnifica historia da centésima tataravô dela.

-Xtrarium pra mesa três, chegando.

Enquanto caminhava para a mesa, mesa que número era mesmo? Não me importa eu vi ela que esta sentada na mesa seis, MESA SEIS? Olho para minha bandeja e vejo escrito no meu bloco, Vodca mesa seis. Sinto meu coração parar, na verdade eu não o sinto ele bater de tão rápido que... meu Lord ela esta me encarando, mas calma eu estou com a vodca dela, vou tentar me aproximar. Não consigo dar um passo mas...

-Oi?

Não vi que estava perto a ela porque fiquei lendo, mesa seis no meu bloco, que é mais um pedaço de vidro do que bloco de papel.

-O,o..ooi, é..é vodca?

Ela sorriu bem disfarçado e disse:

-Não é Xtrarax como da ultima vez né?

Assenti e disse:
-N..ão, mas poderia ser se eu pudesse beber contigo.

Meu Lord, por que eu disse isso. Ela só ficou me encarando, típico de quem espera o garçom sair da mesa. Coloquei a vodca em cima da mesa dela e logo em seguida escuto o meu chef me chamando pra mais uma entrega. Todos que são recusado pelo seu governo para servir pela honra são considerado pessoas como eu, sem serventia, a não ser para levar bebida para eles. Vou contar minha historia;

"Sou da família Meyer, todos meus antepassados serviam pela honra, meu pai foi um grande soldado da honra, meu avô foi melhor que ele e assim segue, fui treinado desde pequeno pelo meu avô e o meu pai, para ser um grande soldado de honra, me gabando um pouco acho que atiro melhor em uma fyzer que todos aqui. Estávamos perto de nos tornar uma sociedade utópica a três séculos atrás, e os ambiciosos não permitiram isso, criaram uma falsa guerra, e hoje os mais ricos tem mundos só para eles e os mais pobres vivem em colônias separada pela galáxia. Minha mãe também foi uma grande soldada de honra, más foi morta quando Alpha Centaure B entrou em colapso em uma guerra. Entrei para os cadetes de honra aos dez anos de idade então minha vida virou de cabeça para baixo, sempre quis ser um soldado além da minha família, mas ate hoje eu não sei o motivo de não ter conseguido passar no teste, aos vinte e um, tudo pareceu uma grande sabotagem para mim, mas já não tinha os meus pais e avós para me ajudar nisso, fiquei órfão aos quatorze más nunca acharam o corpo do meu pai, só disseram que ele foi morto, sem enterro, sem honra, sem palavras. Passou um ano desde que fui recusado, e agora fui sentenciado a uma vida medíocre em colônias mais pobres, o planeta terra foi destruído quando os ambiciosos queriam o total controle, só restou agora terra 2.0 que é Marte e também o planeta mais próximo que podemos assim dizer, "perto de casa", não temos mais governo, vivemos a deriva, podemos dizer que cada planeta de habitação tem seu próprio governo e seu próprio exército. Eu vivo em um planeta somente de soldados de honra pagos pelos ricos, fiquei grato quando consegui um emprego neste lixo de lugar, mas me sinto bem em viver servindo os soldados de honra mesmo eles me taxando como um soldado sem honra. A verdade, só tolero viver aqui, porque acredito que vou conseguir descobrir o que aconteceu com meu pai.
Quando não estou aqui, estou na minha humilde fazenda que é herança deles, a cada dia mais treinando e tentando achar uma oportunidade de conseguir minha honra, passo um pouco de tempo ajudando quem não tem condição nem de comprar uma garrafa de água potável, mas a maioria do tempo eu sou saqueado, sequestrado, mas não sei como não cansam, eu sempre dou um jeito de fugir quando me sequestram e as vezes de mata-los também. Onde eu vivo as leis são só frases que ditam o que fazer mas. sem sucesso, em algumas habitações separado das colônias dos soldados, viver lá se torna tão complicado como é fácil se respirar. As vezes eu fico com um telescópio olhando os céus tentando achar alguém, simplesmente alguém que deixasse uma nave cair ali próximo e eu tivesse a sorte de poder saqueá-la e sumir, más, isso nunca ira acontecer, então fico passando o tempo olhando as estrelas e pensando se meu pai está realmente morto como dizem. Quando um soldado de honra morre, as reverências são bem discutidas nas colônias, o que não foi o caso dele, sendo quem ele é, e foi muito diferente com minha mãe quando ela morreu."

Terra 2.0 - A OdisséiaWhere stories live. Discover now