CAPÍTULO 66: E o Deus Bate o Cajado - Parte I

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[Narrado Por Luka]

Iríamos voltar para onde estávamos antes, mas na metade do caminho, eu distraído olhando pra baixo, bati de frente com alguém mais alto que eu e não vi quem era. Apenas senti a pessoa me empurrar com força para trás. Ao ver a expressão dele, percebi que o dia ainda não tinha acabado e muitas coisas ainda iriam acontecer.

Thomas: — Agora você vai me ouvir.

Eu: — Thomas, eu não...

Thomas: — Já que você e o otário finalmente terminaram... Agora eu posso fazer isso.

Thomas me empurrou até uma prateleira sem tirar o sorriso do rosto e começou a piorar mais ainda as coisas as coisas... Logo o Guilherme entrará na biblioteca e não gostará nada do que irá ver...

Ele me pressionou contra uma prateleira de livros e me beijou à força. Tentei o empurrar com minha força normal, mas eu não queria machucá-lo. Eu poderia empurrá-lo com tanta força que o faria explodir quando se chocasse contra uma parede. Eu poderia separar seus membros apenas usando força bruta, mas... Aquele beijo me desmontou inteiro. Eu sei que amo o Guilherme, ele é maravilhoso, um cara incrível para namorar, mas... O beijo do Thomas me fez sentir a nostalgia de quando nós namorávamos. Thomas sempre beijou bem pra cacete e eu não podia negar isso! Mas... Eu não sabia o que fazer. Deveria ficar beijando o Thomas ou deveria voltar com o Gui? Afinal, O Gui e eu terminamos por conta de magia-negra. Eu ainda gosto muito dele e é impossível eu voltar com o Thomas gostando tanto do Gui. Guilherme foi o cara mais incrível que já namorei, mas... Tommy também foi. Exceto que o Guilherme é um amor e Thomas um pouco bruto demais.

Thomas: — Eu sinto tanto sua falta, Anjinho. – disse ao interromper o beijo e grudar sua testa na minha.

Eu: — Deveria ter pensado nas consequências antes de ser um idiota.

Thomas: — Mas eu estou arrependido, Luka. Eu faria tudo por você e... Eu até me assumi para minha família para ficarmos juntos. Vai mesmo me deixar sozinho agora?

Eu: — Não. Você pode chamar no que precisar, mas não vou voltar com você, Thomas. O Guilherme está sendo um cara tão incrível... Tão bom em tudo e me deixa tão feliz... Eu não quero estragar o que temos.

Thomas: — Então... Você o ama? – fiquei em silêncio. — O ama tanto quanto me amou? Ele te ama como eu te amei? Acha mesmo que aquele cara faria de tudo por você assim como eu faria? – mais uma vez ele avançou contra mim, mas dessa vez virei meu rosto.

Guilherme: — Com certeza eu faria muito além do que você possa imaginar. – ao olhar para minha esquerda, o vi de pé com os braços cruzados e uma expressão de pura raiva. Thomas não me soltou, apenas olhou para ele e riu. Eu nem me movi. Deixarei os dois se entenderem sozinhos. — Solte-o e você sai vivo dessa biblioteca.

Thomas riu e desceu as mãos por minhas costelas colando seu corpo ao meu. Dessa vez aquela raiva estranha que eu sentia do Gui não estava presente e a saudade que eu estava dele era enorme! Aqueles lábios bem delineados e bem avermelhados me atraíam demais, como sempre. Seu porte ameaçador tinha retornado e isso me lembrou meses atrás, quando ele realmente era um ogro metido a bad boy e... Excitante.

Thomas: — Sai pra lá, Boneco Ken. Luka prefere um moreno sensual e não um loiro falso metido a machão, mas que mal saiu das fraldas ainda!

Ah não... Não acredito que ele disse isso...

Guilherme: — Como é que é, projeto de Max Steel defeituoso?!

Agora fodeu... Vai começar os xingamentos. Eu é que não vou me meter.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now