CAPÍTULO 75: Deus Inútil!

1.1K 120 53
                                    

[Narrado por Marcus]:

Já se passaram duas semanas, e eu não consigo encontrar essa droga de ponte! Já criei códigos, restaurei softwares perdidos, destruí wallfires, rompi cabos e redes ao redor do mundo, mas não consigo identificar a droga do IP do tio filho da puta do Joaquim!

AH, QUE ÓDIO!!!

Sem querer, dei um soco no painel e o fiz tremer inteiro. Fechei os olhos e respirei fundo tentando manter a calma.

Já fazem cerca de onze dias que não durmo só para ter sucesso nesse rastreamento. Abri o celular do Joaquim, desmontei, remontei, decodifiquei tudo o que foi possível decodificar, descriptografei códigos e mensagens ocultas, mas ESTA MERDA NÃO ESTÁ DANDO CERTO!!!

Ah, eu preciso descansar. Quanto menos eu me reabastecer, menos eu vou ser útil. Ainda mais caso role uma batalha neste exato momento. Minhas habilidades necessitam de uma concentração perfeita e um descanso mental superior. Não vou conseguir mover uma pena sequer se meu cérebro estiver cansado. Mas por enquanto eu não vou desistir. Nem que eu precise ser levado ao meu limite na frente deste painel. Vou conseguir encontrar a ponte que hackeou os aparelhos do Joaquim, e assim vou descobrir onde aqueles desgraçados estão. Tendo sucesso nesta missão, conseguirei proteger minha família, e esse é meu maior objetivo, já que... Já que o imbecil do meu irmão não consegue cumpri-lo. Não abdiquei do meu trono como o herdeiro direto do trono da maior Cidade-Estado de Cetos e dediquei toda minha vida à proteção das pessoas a quem mais amo a toa. Vou protegê-los com todas as armas que eu tiver, e se tocarem nos meus filhos, no meu afilhado ou nos meus sobrinhos... Ah, a coisa vai ficar feia!

Meus dedos doíam de tanto apertar teclas. Já estava bem cansado. Decidi parar um pouquinho. Me sentei em frente ao painel e desconectei o celular do Joaquim do sistema. Os códigos sumiram e o painel inicial apareceu... E então foi aí que percebi que havia uma mensagem na caixa de entrada da minha rede de comunicação privada.

O.T.: — Decidi ser mais cortês e vos enviar uma mensagem, ao invés de invadir seu sistema.

Eu: — Ah, então é você, né? – dei um sorriso. — Duxja, respostas por voz, por favor.

Duxja: — Como quiser, Sr. Lycator.

Eu: — Obrigado.

Duxja: — Ao vosso dispor.

Ditei uma mensagem de retorno, e enquanto eu falava, as palavras ditas eram convertidas em texto pela inteligência artificial da câmara. Mas fazia muito tempo que recebi aquela mensagem... Uns três dias atrás. Uau, estava tão focado em rastrear os Hellest que nem tinha percebido.

Eu: — Que bom em saber que enfim confia em mim. Qual arquivo deseja agora?

E ele, ou ela, sei lá, respondeu mais rápido do que eu esperava.

O.T.: — Um bom dia pra você também, né? Aliás, ainda não confio em você. Só não tenho mais motivos para desconfiar. São assuntos divergentes. – dei de ombros enquanto as letrinhas se formavam na tela e Duxja convertia-as em voz humana, usando um dos timbres salvos no sistema, a dela mesma, e usando uma entonação por acentuação e análise. Caso Duxja analise alguma ironia na frase, ela vai usar o tom irônico para dar um efeito real. — E o que tens a me oferecer hoje?

Selecionei alguns arquivos sobre raças viventes na Terra e enviei a ele. Dois arquivos que falavam dos Arcturianos, Orianos, Greys e sobre uma raça que chamamos de “Mineradores Kretta”, que vivem no subterrâneo profundo.

Eu: — Dois arquivos importantes. Você, Ynatta e seus amigos irão gostar de saber certas coisas presentes nestas pastas. Também há fotos nelas, então peço que fique somente entre a sua Colônia e eu. Não queremos pânico caso isso vaze por aí.

ABOOH : Amores Sobre-Humanos Where stories live. Discover now