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Mais de um ano sem atualizações. Me desculpem por isso, espero que não desistam, não vou prometer que atualizarei com mais frequência, mas tentarei dar o meu melhor. 

(aliás, quero agradecer a pessoa maravilhosa que veio me mandar mensagem falando sobre Notas Sobre Ele <3)

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A primeira coisa que reparei - depois de sua clara beleza - foi em seus olhinhos e nariz vermelhinhos fazendo meu coração bater de uma forma diferentemente estranha.

Hm, não.

''Oh meu bebê.'' Eu fiz uma careta triste que fez Isak gargalhar, provocando um sorriso em meus lábios.

A risada dele era tão fofa e seu sorriso tão lindo.

Seus olhinhos castanhos, mesmo que vermelhos pelo choro, me olhavam com sinceridade e suas mãos mexiam em sua de maneira nervosa a todo momento. Ele parecia inquieto e isso era absurdamente adorável.

''Você é tão lindo...'' deixei escapar de maneira estúpida e no segundo seguinte pude observar com divertimento a forma como Isak reagia a elogios.

Seus olhinhos se arregalaram e suas bochechas ficaram em um tom berrante de vermelho que me fez rir, logo em seguida, seu rosto estava sendo escondido por suas mãozinhas de forma envergonhada.

Meu Deus.

Ele era tão fofo!

''Para!'' disse com uma risada nervosa, me fazendo rir novamente. Ele me olhou por cima de seus dedos com um olhar pidão.

''Tudo bem, tudo bem.'' resmunguei revirando os olhos e ele fez um biquinho com os lábios enquanto tirava as mãos do rosto. ''Mas não deixa de ser verdade.''

''Cala a boca, Even!''

''Acabou de ficar ainda mais adorável.''

''Babe!'' Isak exclamou, seu rosto ficando tão vermelho quanto um tomate, fazendo com que minha risada preenchesse meu quarto. ''Pare com isso, pare de rir, está me deixando constrangido.''

Mordi de leve meu lábio inferior e sorri, uma sensação estranha se instalando na boca do meu estômago que me fez remexer no meu lugar.

Porra.

''Mas você não deixa de ser lindo nem constrangido...'' eu sussurrei parecendo um idiota e Isak riu, seu rosto ainda parecendo queimar em brasas de tão vermelho.

Ele me olhou por cima de seus cílios e sorriu de maneira doce.

Jesus.

Meu coração pareceu que tinha parado naquele momento, naquele sorriso. Ele sorriu e pronto, eu não sabia o que fazer.

Respirei fundo, sentindo meu coração acelerar de forma desnecessária, e percebi.

Meu Deus, eu percebi.

Eu não me importava de causa aquele sorriso, e isso era bom.

Porém, a felicidade durou poucos segundos quando ele virou seu rosto, o capuz que ele tinha caindo um pouco de sua cabeça e me permitindo ter a visão perfeita da marca arroxeada em sua bochecha.

Não.

''O que está acontecendo, Isak?'' arregalei meus olhos e ele também arregalou os seus. ''O que houve com seu rosto?!''

''Eu caí.'' seu sussurro foi fraco e me deu nos nervos, fazendo com que meu rosto queimasse em raiva.

''No punho de outra pessoa?!'' minha voz saiu irônica e Isak riu de leve. Apesar de que o momento não pedisse por isso, ele riu. Porém, sua risada mágica não me acalmou. ''Isak, eu só quero te ajudar.''

''Eu...'' seu olhar se tornou opaco e triste, fazendo com que meu peito se apertasse de forma sinistra.

Isso dói.

Por que dói?

''Eu estou aqui...'' garanti, minha voz soando calma e lenta. Da forma mais doce que eu conseguia, eu não me importava de parecer bobo, eu só queria ver aquele garoto bem. ''Pode confiar em mim, eu só quero o seu bem. Eu estou aqui.''

Isak sorriu de leve outra vez, agradecido. 

Outra vez, meu coração deu uma pequena parada antes de acelerar como louco. 

Doido. 

Fique calmo, otário. 

''Eu tenho medo...'' Ele sussurrou, seus olhos se fechando em dor e eu franzi meu cenho em confusão.

''Medo do que, meu bebê?''

Sério, Even? 

Revirei os olhos para meus próprios pensamentos. Não me importava de ser careta com Isak.

''Medo dele... Deles... De tudo...'' Ele engoliu em seco, fungando logo em seguida. ''Eu não aguento mais, Even.''

''Não precisa aguentar, só me conte o que é.''

''Ele...''

''Com quem você está falando, Isak? Está pensando que você pode sair contando tudo para as pessoas?'' o corpo de um homem grande apareceu parcialmente na tela, fazendo com que Isak arregalasse os olhos e se afastasse, meu coração se apertou no segundo seguinte. ''É algum namorado seu? É?''

E então, Isak gritou no segundo em que o homem o puxava pelo braço violentamente.

''NÃO!''

A vídeo chamada foi encerrada e meus olhos ainda estavam arregalados, meu coração acelerado e eu não podia mover um músculo sequer. As lembranças daquelas noites e anos voltando com tudo em minha mente e eu só pensando o que aquele homem faria com ele. 

Eu lembrei do toque dele em minha pele, eu lembrei dos tapas, dos socos e dos pontapés. Lembrei do quanto podia sentir o nojo no olhar dele toda vez que eu passava. Ele me repudiava, me odiava. 

Era meu pai. 

Os gritos começaram outras vez, eu nem mesmo percebi quando comecei a me balançar na cama e espernear. Os ''não'' saindo tão altos da minha garganta que eu já podia senti-la começar a doer. 

Não. 

Eu não me importo. Eu não lembro.

Não!

Isak, não!

Eu nem ao menos percebi quando comecei a chorar, as coisas só voltaram a fazer sentido quando ouvi a porta sendo aberta com força e minha mãe correndo em minha direção como uma louca. 

Ela parecia tão quebrada quanto eu. 

Eu senti seus braços me embalarem e meu choro se tornou mais alto e sofrido. Tentei me afastar dela porque seus toques, naquele momento, ainda me fizeram pensar nos toques dele. Ela, por sua vez, me abraçou mais forte. 

Me apertou.

Me embalou. 

Disse que tudo ia ficar bem, que ele não estava ali. 

E isso doía. 

Ele estava com Isak. 

''Eu me importo. Eu me importo...'' comecei a sussurrar com os olhos ardendo enquanto as palavras de minha mãe soavam distantes. ''Não, ele não!''

Eu me importo com ele. 


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⏰ Last updated: Nov 06, 2020 ⏰

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Notas Sobre Ele [ Evak ]Where stories live. Discover now