Meu infinito

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oioi

então, eu teria postado esse capítulo algumas semanas antes, mas aí eu fiquei doente para caralho e rolaram altos estresses (pra vocês terem uma ideia, a veia debaixo do meu olho direito que pulsa quando eu fico tensa só parava quieta com gelo)

e eu sei que é um saco todo capítulo eu ficar pedindo desculpas, sendo que até o fdp do Ging diz que a gente tem que mudar quando pede desculpas e blábláblá, mas é a vida.

***

Antes mesmo de abrir os olhos, a primeira coisa que sinto é dor. Ela está em todo lugar. Seu manto me envolve de corpo inteiro. Minha cabeça lateja, algo aperta meus pulsos e meu abdômen arde.

Ouço passos ecoarem tão alto que parecem pedras atiradas ao meu crânio. Abrir os olhos e ver a luz que vinha de uma pequena lâmpada faz com que eu quase me cegue e a dor de cabeça se intensifique. Meu Deus, se ficar de ressaca for assim, eu nunca vou beber na minha vida inteira.

Estou pendurado por algemas no porão da minha casa, onde geralmente acontecem as torturas. À minha frente, andando de um lado para o outro tentando parecer-se com um carrasco, mas apenas conseguindo ser um otário, está Milluki, a baleia, com um chicote em mãos, o que explica a ardência em meu abdômen.

- Então você ama o Gon? – ele brada, relembrando meu momento de desespero. Não o respondo. – Hein? – ele grita mais alto, e meu silêncio resulta em uma chicoteada. – Seu viadinho de merda!

Viadinho de merda. Pensei em negar, mas acho que sim, talvez eu seja um viadinho de merda.

O modo como me sinto em relação a Gon definitivamente mudou desde que o conheci. Posso ter pensado ser a proximidade aumentando, mas, sim, eu já cogitei estar apaixonado por ele.

A ideia me assusta. Acho que um pouco mais do que deveria. Talvez eu esteja errado – o que eu realmente sei sobre amar? Tive acesso a livros e filmes que relatem a experiência, mas sentir é totalmente diferente.

Bom, sim, ele me faz corar – bastante. E meu coração acelera um pouquinho em sua presença, e eu penso nele a maior parte do tempo, e não tenho mais tanta certeza se é porque eu praticamente moro com ele agora.

A ideia de passar o resto da minha vida com ele parece, na verdade, bem agradável.

Já a ideia de ele estar correndo perigo neste exato momento por ter mexido com Illumi e por terem descoberto que eu realmente não pretendia matá-lo parece exatamente o contrário.

Porém, respondo à pergunta de Milluki com outra:

- Onde ele está? – indago, num fio de voz.

- Eu que faço as perguntas aqui. – impõe, chicoteando com força em um lugar onde já há um ferimento aberto.

A dor é tanta que fechar os olhos com força não impede meu corpo inteiro de tremer.

Mas o que realmente faz meus olhos marejarem é a ideia de que talvez eu nunca mais veja Gon, em minha vida inteira. Ele pode querer se afastar de mim por causa de todos os problemas que andam comigo, ou até mesmo estar morto. Isso me arrasa.

Sempre tive na minha cabeça a ideia de que eu precisava protegê-lo de todo o mal que havia no mundo. Aparentemente, acabei me esquecendo dos problemas que eu mesmo causava a ele.

Eu falhei.

- Bom, Illumi não fez nada com seu namoradinho. – Milluki finalmente soltou, com certa repugnância, e eu levantei os olhos, pela primeira vez interessado.

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⏰ Last updated: Jan 20, 2018 ⏰

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Meu primeiro amigo. Minha última vítima.Where stories live. Discover now