4- Coração Inocente

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                   ••Capítulo 04••

                Coração Inocente

    Minha madrinha nunca se deu bem com Benicio, mas também nunca se meteu na minha relação com ele, uma vez fizemos um juramento de que ela nunca iria se meter na minha vida se eu não se metesse na dela.

— O que faz aqui Benicio? -Perguntei séria e surpresa por vê-lo junto com a minha madrinha.

— É...conversando com a sua madrinha. -Gaguejou meio inseguro do que estava dizendo, com os braços cruzados ele solta um sorriso convincente...Mas não cola.

— Sobre? -Perguntei curiosa com mil coisas passando pela minha cabeça. .

— Benicio nos de licença por favor...eu preciso conversar com a Ámbar à sós. -Interrompeu madrinha quando percebeu que ele iria dizer algo e super educada, o que foi muito estranho já que ela nunca gostava dele e nunca foi educada assim quando se tratava de algo da minha vida.

—Sem problemas, eu já estava de saída. -Disse extremamente grosso.

   Benicio continuou me olhando ao falar com a minha madrinha e logo depois sorriu se aproximando de mim.

— Você não vai se livrar de mim assim tão fácil loira. -Sussurrou no meu ouvido.

  Senti arrepios pelo meu corpo inteiro com aquelas palavras, era como se eu fosse um vaso frágil prestes a se despedaçar no chão eu me sentia completamente indefesa toda vez que ele se aproximava de mim, como se eu fosse vencível a cada respirada que ele soltava de seus pulmões...e talvez eu seje. Ele nunca deixava nada barato, sempre foi vingativo e rancoroso, e talvez eu tenha feito as coisas da maneira errada. Virei o rosto e abaixei a cabeça quando ele tentou me beijar então senti o toque suave de seus lábios úmidos na minha bochecha e depois ele se retirou em um sorriso malicioso e irônico ao mesmo tempo. Eu sabia que ele estava aprontando algo, e seja lá o for, ele começou com a minha madrinha.

— Oque ele queria madrinha? -Perguntei com esperanças de que ela me contasse.

— Então quer dizer que você saiu com amigos esse final de semana e voltou no dia seguinte? -Falou madrinha com aquele seu jeito arrogante de ser e cruzando os braços. Ela não disfarçou seu olhar de raiva e preocupação, era impossível não perceber.

— Foi isso que ele disse? Meu Deus, Sim, eu saí sim, algum problema? -Cruzei os braços e soltei uma leve gargalhada ironica indignada com sua reação.

— E ainda por cima ficou se agarrando com um cara...que isso Ámbar? Espero que não tenha bebido também...olha, Eu não quero mais sabe de você com essa gente... -Continuou super grossa, mas foi interrompida por mim.

— Essa gente...são meus amigos, e esse cara....se chama Simón Álvarez, e um pouco mais de respeito quando for  falar deles...e sobre a bebida, eu não tomei nem um gole se quer saber. -Dei uma piscadinha e um sorriso irônico, subi para o meu quarto logo depois.

Eu perdi a paciência, quem ela pensa que é pra me proibir de ver meus amigos? Ela mal sabe o que se passa na minha vida, me criou desde pequena e nunca se importou, minha mãe ficou louca depois que meu padrasto foi preso, ela não tinha mais um mentalidade normal para me criar, eu tinha apenas 4 anos de idade, minha mãe está enternada em um senatório para doentes mentais, minha madrinha nunca deixou eu ir visitá-la, então minha madrinha se sentiu obrigada a me criar, já que papai havia falecido e meu padrasto estava preso, ela mesmo ja disse isso. Quando entrei dei de cara com Benicio deitado na minha cama, joguei minha bolsa no canto do quarto, ele estava sorrindo segurando meu colar em forma de estrela que ganhei da minha mãe quando criança, revirei os olhos.

Se eu Ficar | Simbar (CONCLUIDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora