15º

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Acordei assustado com a água fria que foi jogada em meu rosto, apertei meus olhos e os abrir logo em seguida encarando meu amigo que estava do lado de fora do carro.

— Você é um filho da puta. — Sua voz parecia mais alta que o normal.

Fiz uma careta enquanto abria a porta do carro e saia do mesmo, cambaleei alguns passos para trás e me apoiei na porta traseira do carro.

— O que achou que estava fazendo retardado? — Trey puxou meu braço me virando para si. — Que droga, Justin! — Ele me soltou enquanto eu me abaixava vomitando tudo que subia pela minha garganta.

Eu ainda sentia o gosto amargo da maconha na minha boca, fiz uma careta ao ver a carranca de meu amigo para mim. Eu havia feito merda, mas a última coisa que queria era ter ele me dando esporros.

— Caralho vai se fuder!!! — Ele gritou ao notar a quantidade de baseado no meu carro. — Aonde você achou essa merda?

— Para de gritar filho da puta! — Falei pegando um óculos de sol.

— Que merda, Justin! — Ele jogou tudo que havia pegado no banco de trás do carro numa lixeira que tinha na rua. — Isso tem um motivo? Porquê para uma merda dessas eu espero que você tenha um grande motivo.

Flashes da noite passada correram por minha mente, funguei o nariz sentindo a ardência pelo o uso da branquinha. Respirei fundo pegando meu celular e vendo algumas ligações perdidas da Stassie, revirei os olhos ao ler suas mensagem mas parei meu dedo em algo que me surpreendeu, havia uma mensagem da Maxine.

      "Não quero mudar a gente, me desculpe por hoje e entendo se você quiser fingir que isso não aconteceu."

— Você não vai me dizer nada? — Encarei Trey bloqueando o celular e voltando com ele pro bolso.

— Podemos subir? Preciso de um café. — Falei e ele bufou assentindo.

Me joguei no sofá de centro do pequeno ap de Trey, estava organizado diferente do que estava da última vez que eu tinha vindo. Esperei ele se sentar à minha frente com um copo de água em mãos.

— Não tem toda aquela patifaria de suquinho de laranja com aspirina pra você não. — Ri de lado pegando o copo e bebendo todo o líquido. — Anda merda. — Disse impaciente e eu bufei.

— Beijei a Maxine ontem.

— Hãn? — Trey levantou uma de suas sobrancelhas. — Você se drogou tanto ontem que talvez isso tenha sido uma de suas...

— Eu to falando sério!

Ele ficou me encarando por alguns segundos e quando pensei que finalmente ele iria dizer algo ele se calou mais um tempo.

— Isso foi ruim? — Perguntou.

— Depende do ponto de vista. — Falei.

— Me explica essa merda. — Ele encostou suas costas no sofá.

— Não tem o que explicar, aconteceu. — Dei de ombros.

— Aconteceu? E por isso se drogou?

— Fiquei confuso e pilhado demais.

— Se drogar era a solução?

— Não!

— Vai se foder. — Disse se levantando e indo até a cozinha. — Nunca vou conseguir entender você. — Pude escutar ele mexendo alguns talheres e depois seus passos voltando para sala.

— Eu também não. — Peguei o café de sua mão e dei um gole.

— Ela beija tão mal assim? — Suprimi minha vontade de rir e coloquei a xícara no criado mudo.

Life Interrupted Where stories live. Discover now