Um garoto tanto quanto BadBoy- L03

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Scar: PAI!_ posso ouvir seu grito, e quando vejo, ela já está tentando fazer com que o seu pai me solte, mas isso não aconteceu.

Sua intenção foi linda, mas não adianta, ele me jogou para a calçada, fazendo com que eu rolasse e ganhasse arranhões por meu corpo.

Sentado no chão, vejo a grande silhueta na porta, e a pequenina silhueta tentando vir até mim.

Pai da Scar: eu te avisei muleque, e se você vir de novo aqui, eu tiro a minha filha da escola e você nunca mais a vera novamente!_ assim que ele termina, fecha a porta fortemente em minha cara.

Bufo irritado, me levanto. E decido ir para casa mesmo, não tenho mais o que fazer.

[...]

Lua: ok, me conta por que você está com essa cara de quem levou um pé na bunda._ fala se sentando na minha frente na mesa do jantar.

Gabe: não aconteceu nada mãe._ falo desanimado, não durmo a noite inteira, Scar não saia da minha mente. Não estou comendo nada, nada no café da manhã, nada no almoço, e eu nem toquei na minha comida.

Neels: acho difícil isso, você não comeu nada, e você vive comendo feito louco.

Gabe: quem come feito louco aqui é a mamãe.

Lua: cadê o respeito nessa casa?

Gabe: desculpe, estou cansado.

Lua: fala logo o que aconteceu para você voltar com esse olho roxo e esses ralados._ suspiro me dando por vencido, sei que se eu não falar logo, ela vai fixar me infernizando.

Gabe: ontem fui na casa da Scar, o pai dela não gostou nada desse minha visita e me deu um soco, e depois me botou para correr._ explico tudo.

Neels: e o que você disse para ele? Por que tem que ter um motivo para ele te odiar.

Lua: Neels, ele é o cara que dorme no mesmo quarto que a filha dele, e depois de um incêndio ele foi na casa dela, se fosse você o Rafa já estaria no hospital._ vejo o meu pai dar de ombros sabendo que o que minha mãe acaba de falar é totalmente verdadeiro.

Gabe: eu pedi para namorar com ela ela. Ele disse não por causa dos meus erros do passado._ falo desanimado.

Lua: mas é passado, você não é mais assim.

Gabe: foi o que eu disse a ele, e ele tacou o foda-se.

Neels: boa sorte ae. Pelo menos o seu avô não foi tão rigoroso comigo.

Lua: você ao menos pediu a ele?

Neels: não.

Gabe: valeu hein. Mas o que eu faço?

Lua: vai lá de novo.

Gabe: ele vai chamar a polícia.

Lua: vai no lugar de trabalho dele.

Gabe: se eu for ele vai chamar a segurança me chutar.

Lua: então eu não sei. Mas sei que você vai pensar em algo inteligente para essa situação._ diz e beija o topo da minha cabeça._ agora se nos der licença eu e o seu pai vamos na festa da empresa. E fica atento que vai chover da qui a pouco.

Neels: você não quer ir junto?_me levanto para acompanhá-los até a porta.

Gabe: não, vou fica pensando em como eu posso convence o meu sogro a deixar eu namorar a filha dele._ falo e eles fecham a porta. Assim que eles saem, eu vou para o sofá, não estou com fome mesmo.

Logo a TV e deixo num programa de música. E pego o meu celular, nenhuma mensagem, pelo menos que me interessa. E como a minha mãe disse antes, começou a chover forte.

Começo a prestar atenção aos clipes que passam na TV, até que a energia acaba, deixando tudo no escuro. Pego o meu celular e ligo a lanterna. Tiro a TV da tomada, e subo no meu quarto.

Minha casa é enorme, e eu estou totalmente sozinho aqui. Mando uma mensagem para a minha irmã, só para saber como ela está, e ela logo responde falando que está bem, e que lá acabou a luz também.

Troco de roupa, acho que da para ligar a caixa de força. Pego uma lanterna na garagem e saio, corro até a caixa de força que fica ao lado da minha casa, abro vendo os milhares de fios, e um interruptor, o puxo, e nada. Que droga!

Tento de novo, e nada.

Parece que eu vou ter que ligar para o cara arrumar. Corro frustrado para casa novamente, e logo vou tirando a minha roupa que está totalmente molhada, ficando apenas de cueca.

Vou num armário para pegar uma toalha, mas antes que eu possa chegar, escuto a campainha. Meus pais esqueceram alguma coisa? Isso não é comum com a minha mãe, ela sempre está preparada para queloide coisa.

Com o cenho franzido vou andando para atender a porta, e assim que eu abro, fico surpreso, eu nunca imaginaria que ela viria para cá. Principalmente na chuva.

Gabe: você é louca para vir nessa chuva?_ pergunto irritado, e a puxo para que ela possa entrar e se secar e se aquecer._ você pode pegar uma gripe!