Epílogo

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O mundo parecia girar ao seu redor, não sabia exatamente quantos copos já havia bebido, mas foram vários. Devonan e o chefe dos investidores conversavam de forma amena a alguns metros.

Enquanto Louis se divertia junto aos alfas e betas, todos riam, desafiavam uns aos outros e brincavam, alguns já bastante bêbados.

O ômega quis ir ao banheiro, mas seu enjoo foi tanto que o fez voltar para o lugar onde estava sentado, a vista se tornou bastante borrada e as náuseas se fizeram presentes. Vomitou seu estômago ali mesmo, nos pés de um beta, se não estivesse tão bêbado poderia jurar que era o contador dos investimentos. Não fez mais do que rir em gargalhadas e o beta fez o mesmo.

Apesar de saber que já estava em seu limite, quando chegou outra rodada de copos, a aceitou sem hesitar e bebeu como se precisasse do líquido para viver.

Já nem sequer podia falar bem, balbuceares escapavam de seus lábios na tentativa de pronunciar uma palavra qualquer.

“Louis, você é o ômega mais divertido que eu já conheci” disse um dos alfas, dos mais sóbrios, bom, ao menos conseguia falar bem.

“Anderson tem razão” concordou outro alfa, nem sequer podia distinguir seu rosto. “Por que não vamos para o meu quarto nos divertir?” ofereceu.

Louis tentou negar, mas sua cabeça deu voltas.

“Não, não, não, não, não, não” repetiu, lentamente arrastando o som. “Tenho um beta em casa e amo ele” declarou com as vogais se enrolando em sua língua.

“Uma vez saí com um beta” começou outro dos alfas, mal podia se manter sobre suas próprias pernas. “O maldito me enganou com uma ômega…” Cambaleou algumas vezes antes de cair ao lado de Louis. “Sabe o que eu fiz? Fodi a ômega na cama dele.”

Todos começaram a rir e a brindar em sua honra.

“É horrível que você tenha usado uma ômega para se vingar do seu ex.” Apesar de que queria soar sério e incomodado, seu tom bêbado não permitia isso.

“Lou tem… razão. V-você é um… baba… babaca” concordou um dos betas, justamente antes de apoiar-se no ombro livre de Louis e começar a cochilar.

“E como é o seu beta, Louis?” O mesmo alfa que lhe havia oferecido seu quarto voltou a falar.

E Louis não parou de elogiar a Harry, lhe contou sobre seu cabelo longo e cacheado, seus lindos olhos verdes, suas belas pinturas, sua voz, seus ombros largos, sua perfeita linha no maxilar.

O alfa seriamente tentou prestar-lhe atenção, mas não entendia nem meia palavra do que dizia, assim que quando Louis se deu conta, este já estava roncando com a cabeça jogada na escora do sofá.

Louis bufou rodando os olhos e se arrependeu no instante em que um enjoou o golpeou e as náuseas voltaram.

Enquanto esvaziava seu estômago, olhou de relance que Devonan se aproximava dele, estava tão bêbado que não se preocupou da vergonha que possuía quando seu chefe o viu nesse estado.

“Louis, já vão fechar o bar” disse dando uma olhada rápida nos betas e alfas que se encontravam inconscientes ao redor. “Eu te ajudo a subir?”

O ômega balbuceou o que soou como uma afirmação e assim Dawson lhe estendeu a mão e o tirou quase sendo arrastado do bar, já que Louis se via impossibilitado de mover suas pernas.

Enquanto subiam pelo elevador para chegarem ao seu quarto, Louis se escorou contra a parede, soltando um suspiro sonoro e depois sorriu lentamente abobado para a lâmpada do teto.

Be an alpha //portuguese version//Onde histórias criam vida. Descubra agora