Rejeitada.

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Pov. Narrador

Uma grande sala com enormes estantes de livros e poltronas confortáveis, paredes em um tom escuro e móveis de madeira também escura, grandes janelas de vidro que no momento estavam escondidas por grossas cortinas cor creme. Um homem de 22 anos com os cabelos bagunçados estava sentado com os cotovelos apoiados nos joelhos, ele tinha os dedos enfiados entre os fios de cabelos sedosos e uma de suas pernas estava balançando sem parar, demonstrando todo seu nervosismo. A jovem de 16 anos um pouco bochechuda estava sentada de forma despreocupada no sofá preto e encarava o homem sem entender o motivo de tanto nervosismo. Ao seu lado, uma mulher de feições bonitas e séria olhava seu celular de 5 em 5 minutos, ela já estava impaciente com tudo aquilo, queria ir pra casa tomar um longo banho e relaxar, estavam a mais de 2 horas naquela sala e ninguém dizia uma palavra, ela queria gritar de tanto tédio, mas não podia fazer muita coisa, era seu trabalho ficar e esperar por ordens do homem que agora estava em pé atrás do jovem de moletom azul claro que estava focado em seu notebook.

− Encontrei. − O jovem disse finalmente retirando as mãos de perto do teclado e estalando os dedos.

O homem soltou um suspiro e encarou a tela do notebook, vendo a foto de uma bela mulher de pele clara e olhos verdes, sem sombras de dúvidas, era ela.

− Você tem que ir pra Miami ainda hoje. − Disse olhando a mulher de cabelos negros que apenas assentiu com a cabeça e voltou o olhar para o celular para comprar sua passagem. − Te encontrei − Disse agora com os olhos focados na tela do computador.

− De quem você está falando? − A jovem perguntou franzindo o cenho, já estava de saco cheio de tanto ficar ali sem entender nada.

− Você logo vai conhecê-la.

Pov. Lauren

Eu ainda olhava para aquela mulher com uma cara de paisagem, ela estava brincando não estava? Só podia ser isso. Sorri, deveria ter alguma câmera escondida, Camila com certeza estava por trás disso. Comecei a olhar ao redor à procura das câmeras, mas não encontrei nada, olhei mais uma vez tentando encontrar algum rosto conhecido pra provar minha teoria, mas novamente não encontrei nada, o sorriso em meu rosto foi sumindo aos poucos.

− Isso não pode ser verdade. − Disse como se fosse óbvio.

− Acredite em mim Michelle. − O sorriso nunca sumindo de seu rosto.

− Para de me chamar de Michelle, meu nome é Lauren. − Me irritei. − Aliás, você está aqui a um bom tempo e eu nem sei seu nome.

− Verônica Iglesias. − Estendeu a mão em minha direção. − Muito prazer.

− Então... Verônica. − Continuei após apertar sua mão. − Como eu disse antes, isso não pode ser verdade.

− Eu posso provar se quiser. − Me estendeu um pendrive.

...

Saí da cafeteria atordoada, ainda não conseguia acreditar nisso, eu precisava de mais provas, aquilo poderia ser forjado não podia? Caminhei até meu carro e destravei o alarme entrando e encostando a testa no volante, parecia que o ar não conseguia chegar aos meus pulmões, tentei respirar algumas vezes até finalmente me sentir calma o suficiente pra dirigir, ao dar partida no carro, pude ver pelo retrovisor Verônica parada em frente ao café me olhando com sua postura impecável, ela apesar de ser baixa, magra e ter sempre aquele sorriso irritante no rosto, conseguiu me botar medo, ela tinha uma postura de durona e não parecia o tipo de pessoa que perdia a pose nem quando estava brigando. Não sei em que momento cheguei em casa, mas quando percebi já estava em frente minha casa e Camila estava na porta me encarando com um olhar que demonstrava preocupação. Sai do carro tentando não demonstrar meu nervosismo e caminhei até ela tentando sorri, mas ao ver sua expressão eu sabia que tinha saído mais uma careta do que um sorriso.

Our Love (G!P) - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora