Defender

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— Ele esteve tendo alucinações? — Perguntei, encarando meu café.
— Disse que... desde que você o deixou, ele vem tendo alucinações nas quais você está incluída. — Comentou. — Por que o deixou? E digo... em que sentido?
— Nos tornamos amigos próximos. Ele guarda meus segredos e eu os dele. No entanto... tudo ficara complicado do dia pro outro. — Ri pelo nariz.
— Sentimentos se envolveram? — Deduziu.
— Não! — Ri pelo nariz. — Eu não sinto nada pelo TaeHyung. E... nem ele por mim. Nos beijamos uma vez, então tudo ficou confuso. E então... aquilo aconteceu.
— Eu poderia dizer, como um médico psicólogo, que você tem sentimentos por Kim TaeHyung. — Riu. — Mas, como uma pessoa que ouve rumores sobre Kang SooMi tem algum tempo, deduzo que é impossível que você se apaixone.
— O que quer dizer? — Ri, cruzando os braços.
— Sobre os rumores? Todos aqueles caras e... — Deu de ombros, não parecia se importar com aquilo. Me deixava cada vez mais confortável.
— Não é da conta de ninguém a quantidade de caras que eu tenho ido para a cama. — Bebi de meu café.
— Sabemos que foram muitos. — Disse.
— Não posso discordar, no entanto. — O encarei, ele escondeu um sorriso.
— Mas é da minha conta se você está indo para a cama com meu cliente e melhor amigo. — Disse.
— Posso dizer que, não congito a possibilidade de ir para a cama com Kim TaeHyung. — Falei, logo encarando seu café e rapidamente voltando meu olhar ao seu.
— Bom... — Comentou, sorrindo.
— O que ele te disse? — Perguntei, sem o olhar.
— Não disse tanto. — Deu de ombros.
— Realmente... ele não deveria. — Ri pelo nariz. — Não há bem o que falar de mim se ele não se importa com...
— Como? — Riu, interrompendo-me. — Não importa-se? Sabe que ele demitiu um dos melhores funcionários da empresa por você, sim?
— Como? Que funcionário? — O perguntei, mas logo a resposta veio em minha mente.

Kim TaeHyung POV

Algum tempo atrás...

— Quantas mulheres nessa empresa já denuncionou algum tipo de agressão ou abuso? — Comentei, na presença do NamJoon e do diretor chefe.

Tomávamos café juntos.

— Bem... muitas já chegaram à mim, porém nenhuma realmente disse o nome do agressor. Então, não pude fazer muito. — O diretor disse.
— Por que pergunta? — NamJoon perguntou.
— Gostaria que prestassem um pouco mais de atenção nos funcionários dessa empresa. — Falei. — Em como eles tratam outros e são tratados.
— Não há algum funcionário desse tipo aqui, presidente! — O diretor disse.
— Garanto que há! — Falei.
— Quem seria? — NamJoon estava curioso. — Todos sabem que é crime e... não tolera-se algo assim em minha empresa!
— O coordenador de sua empresa tem um histórico um tanto sujo. — Falei, ambos me encararam.
— Sabe que acusar alguém sem provas e testemunhas é ainda mais grave, sim? — NamJoon me repreendeu.
— Sei... mas sou uma testemunha. — Levantei-me. — Quero esse desgraçado fora de minha empresa, sim?
— Ya, ele é o melhor funcionário que tivemos em anos! — O diretor disse.
— Encontrarão outro! — Falei.
— TaeHyung! — NamJoon reprendeu-me.
— O que ele fez a ela... — Comecei. — O quero longe daqui, longe dela!

NamJoon encarou-me, cerrando os olhos e entendendo a situação.

— Diretor. — NamJoon disse, sem o encarar. — Pode retirar-se? — Logo me encarou. — E demitir o senhor Shin, por favor?

O diretor nos fez uma reverência e saiu.

— É a Kang? — NamJoon perguntou. — É a presidente, sim?
— Ya! — Tentei o impedir de continuar aquela conversa.
— Está deixando-se levar pelo que a SooMi diz? — NamJoon bufou. — Já foi mais forte, TaeHyung!
— O que quer dizer?
— Diga-me, então. A SooMi vive disso, de sexo. Todos sabem, não é novidade e sabe bem disso!
— Ela não é assim! — Falei. — Ela é mais que isso, sim? Ela não é como a fazem parecer ser.
— Se ela fizer sua cabeça sobre a aliança... Kim TaeHyung... — NamJoon realmente estava enraivecido. — Sabe quem é a mãe dela, sim?
— Como eu saberia? — Bufei.
— Kang HyoLin. — Disse, estremeci.
— Não é como se ela tivesse alguma ligação com sua mãe. — Convenci-me.
— Kang HyoLin. Ninguém sabe como, mas consegue tudo o que quer, até os mais impossíveis dos desejos. — Era verdade.

Ela quase comprara as empresas do pai do JiMin uma vez, há 20 anos atrás. E aquilo era tudo o que ele tinha.

— Ela não é assim. — Falei, um tanto baixo.
— Espero que a realidade não te caia apenas após você ter adentrado no meio de suas pernas, TaeHyung. — Ele bateu em meu peito e se foi.

Ele estava certo. Parcialmente.

Era possível haver certa ligação entre elas, mas eu queria não acreditar.

Ela disse, uma vez, que era a única que podia assumir suas empresas. Porém nunca disse o motivo.

Kang HyoLin havia sumido, não sabia-se onde estava.

Kang SooMi deve odiar-me, gostar de mim até certo ponto, se ela realmente quisesse algo além de uma aliança justa, ela já teria feito isso.

Stigma // *• KTH •*Where stories live. Discover now