4_Aposta?

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Sydney


Eu ainda estava incrédula com a cara de pau de Damon. Me tratou mal na cozinha, deixou os irmãos me intimidarem, entra no meu quarto sem permissão e pede meu pôster?

O cara não tinha um pingo de vergonha na cara. Achava que eu ia esquecer tudo apenas me dando sorrisinhos repleto de covinhas. Porra, ele tinha covinhas, o que me deixava ainda mais puta. Era muita covardia.

Após o ocorrido, vesti uma camisa branca que ia até metade das minhas coxas e um short, descendo pra cozinha assim que minha barriga ronca.

Saymon estava lá, fazendo um sanduíche enquanto cantarolava alguma música aleatória. Passo por ele, se tiver vergonha na cara não me dirigiria a palavra.

— Ah, oi, Sydney. — sorri, se dando conta da minha presença. Merda. — Fazendo um lanchinho antes de dormir?

Lógico que ele não tinha vergonha na cara.

— Não que isso seja da sua conta, mas não consigo dormir sem comer nada. — abro a geladeira, pegando a jarra de suco.

— Aposto que você só come salada. — debocha. Eu o olho.

— Eu tenho cara de quem só come folha? — arqueio a sobrancelha e me viro em seguida, procurando um copo — Eu como de tudo.

— Tudo é? — seu tom não passa despercebido por mim.

Me viro, arrependimento me atingindo logo em seguida.

Saymon estava muito perto. Muito perto mesmo. E não parava de encarar minha boca. Eu sei que ele era um babaca, mas a carne era fraca.

— Sabe, Sydney. — começa, se aproximando — Desde que te vi te achei muito linda.

Dou risada. Tenho cara de idiota?

Não respondam.

— Olha, eu não 'tô pra brincadeira, então é melhor você sair da minha frente. — ele acaba com o espaço entre nós. Deus me proteja da tentação, amém — Estou falando sério.

— Por quê? A gente pode se divertir. — ele passa o braço pela minha cintura.

Se eu dissesse que Saymon era feio, estaria mentindo. Ele era fodidamente lindo assim como o resto dessa família. Mas só beleza não me conquistava e também não me fazia esquecer o fato de que ele tinha sido um babaca comigo.

— Pode ser. — sorrio e ele faz o mesmo, seu rosto se contorcendo em uma careta de dor assim que acerto sua virilha com o joelho logo em seguida. — Só que eu no meu quarto e você no chão.

Me afasto do loiro com um sorrisinho, enquanto o vejo se contorcer de dor no chão. Que sabor!

— Porra, Sydney! — xinga e tenta se levantar aos poucos — Eu preciso do meu amigo Jarody!

Reviro os olhos pro nome ridículo que ele tinha dado pro próprio pau. O que homens tinham na cabeça?

— Sai da minha frente se não quiser que eu acerte seu amigo de novo. — falo entre dentes.

𝗗𝗲 𝗣𝗲𝗿𝗻𝗮𝘀 𝗣𝗿𝗼 𝗔𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora