Prólogo

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Eu queria mesmo era ter um carro para colocar minhas músicas no último volume e não precisar escutar mais nada ao meu redor. No entanto, sabia que sentiria falta da adrenalina, da liberdade e de estar no controle da situação. Esse êxtase que a moto me proporciona é um prazer incurável.

Gosto de voar junto com os pássaros e de me sentir única. Eu sei que a moto pode ser um veículo de risco, mas quem se importa? O prazer que ela me dá e a quão viva ela me faz sentir já é o bastante.

É claro que tenho outros sonhos. O de chegar aos vinte e seis com uma moto foi um deles. Assim que me formei, tratei de comprar uma e, para isso, pedi a ajuda de meus pais. Agora aqui estou com um desejo realizado. Tenho sonhos reais que podem acontecer a qualquer momento e outros fictícios que não podem e nem vão acontecer.

Eu e minha irmã quando crianças queríamos fazer tudo juntas. Coisas de irmãs gêmeas, embora não sejamos parecidas já que não viemos da mesma placenta — ou seja, somos bi vitelinas. Ainda assim o desejo de termos nossas realizações em conjunto não estão acontecendo, como era esperado, agora que habitamos a fase adulta. Pode parecer um pouco bizarro, mas queríamos ter um casamento duplo.

Somos grudadas e uma sair de casa e deixar a outra lá é difícil, principalmente quando não sou eu quem vai casar.

Quando mais novas fizemos uma lista de coisas que queríamos fazer juntas e elas se cumpriram. Não posso dizer o mesmo da lista que fizemos quando já éramos adolescentes.

(SEMPRE CONTAR UMA COM A OUTRA; COMPRAR UMA MOTO OU CARRO JUNTAS; TER UM CASAMENTO DUPLO; SAIR DE CASA JUNTAS; MOSTRAR O JARDIM SECRETO PARA NOSSOS MARIDOS AO MESMO TEMPO

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(SEMPRE CONTAR UMA COM A OUTRA; COMPRAR UMA MOTO OU CARRO JUNTAS; TER UM CASAMENTO DUPLO; SAIR DE CASA JUNTAS; MOSTRAR O JARDIM SECRETO PARA NOSSOS MARIDOS AO MESMO TEMPO.)

A primeira ainda está em vigor, a segunda se concretizou e as outras tomaram outro rumo. Mas fazer o quê? Talvez o destino não queira que façamos tudo juntas.

Eu virei adulta com os mesmos propósitos e sentimentos de uma adolescente. Ainda sinto os aspectos da minha adolescência presentes em mim.

Trabalho com meu pai em uma loja de ferramentas e lá nós consertamos carros, motos, bicicletas e etc. Desde criança sempre o ajudei e passei boa parte do meu tempo ali, o que ajudou já que acabei aprendendo o básico e com isso ele me contratou. É claro que tenho uma profissão, mas gosto de estar ali e trabalhar com a família. Como minha irmã vai se casar, sair de casa e exercer sua profissão, decidi que quero também o fazer. Entretanto terei que começar pelo caminho oposto ao dela. Primeiro, minha profissão, para assim poder sair de casa e por fim, encontrar alguém.

Talvez eu não encontre ninguém, porém preciso tocar minha vida como minha irmã tocou a dela.

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Espero que gostem! Eu tava muito ansiosa para vocês lerem! Lembrando a postagem toda segunda, pois o livro já está completo!
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Ela por TrêsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora