– não, 500. – é muito dinheiro, estou apenas com a quantidade que calculei que seria necessária. Ele não tem, não pode, não vai fazer isso!
– moço, assim... – fui interrompida por ele quando proferi tais palavras.
– 450. – disse visando meus olhos, que se encontravam apreensivos e preocupados. Minhas mãos estavam úmidas, como se houvesse mergulhado as em um balde d'água.
– ãh, 300?... – perguntei estendendo meus lábios de uma ponta a outra em um sorriso nervoso. Seus olhos sérios e indecifráveis sobre mim só ajudavam a me deixar ainda mais nervosa.
– 400! – estabeleceu em quase um grito, seus punhos estavam fechados, enquanto seu maxilar tremia devido à força.
Se eu se quer pensasse em impor outra quantia, ele com certeza iria desistir de me levar até meus pais, então, concordar com suas questões será o que irei fazer, mesmo não tendo esse dinheiro.
– tudo bem... – sussurrei sentindo a aflição me dominar, o máximo que eu poderia pagar era 300 dólares, pois esse é o valor normal de uma viagem de barco até a ilha de meus pais. O preço que ele me cobrou é exatamente a quantia que eu não tinha, não poderei dizer isso ao Sr. Ranzinza, aguardarei chegar a meu destino e lá irei conseguir o dinheiro completo.
A baixinha, Maria, deu um sorriso de satisfação me olhando. Parecia gostar do fim de nossa conversa... Deu alguns passos e se aproximou de mim, seus braços me enlaçaram e um abraço aconchegante fora dado por ela. Retribui e me soltei da mesma. Vislumbrei a silhueta do coroa rabugento e vi que ele a olhava com outros olhos, suas bochechas se enrugaram e o mesmo estava prestes a sorrir, mas assim que percebeu meu olhar em sua face a ruborizou de imediato.
Desviei minhas vistas preferindo visar o nada do que o olhar e me sentir nua perante seus olhos. Senti uma lufada de ar invadindo meus pulmões e assim, uma pontada de coragem invadiu meu subconsciente:
– então, já podemos ir? – indaguei vendo longo em seguida, ele assentir em um curto aceno de cabeça. – minhas malas estão bem ali!? – exclamei apontando o indicador em direção as malas.
O arrependimento tomou lugar em meu rosto assim que ouço uma sonora gargalhada adentrar meus ouvidos, doce e firme, palavras que define a risada de uma pessoa que em breves e poucos minutos tinha apenas atitudes rabugentas ao meu ver. Sua cabeça inclinada para trás, me fazia acreditar que sorrir era algo que o mesmo não fazia sempre. Mas... Do que ele está rindo?
Arqueei uma sobrancelha e o olhei curiosamente.
– e você acha mesmo que eu vou ir pegar elas? – recuperando seu fôlego me perguntou.
– claro! – exclamei achando sua pergunta um tanto idiota, indignada seria a palavra a me definir neste exato momento.
– claro... Claro que não! Não sou burro de carga, você tem mãos para isso! – disse seco. O desdém notório em sua face e sua carranca inexplicável, fazia um sentimento ruim invadir meu coração: raiva.
Um cavalheiro deve tratar sua dama como uma rainha, certo? Errado. Pelo menos, agora estou errada. Provavelmente, ele nem sabe o que significa a palavra "cavalheiro".
– Michael! – Maria o repreendeu. O mesmo não parava de me fuzilar com os olhos, acho até que estava vendo faíscas...
Sem falar nada, sai daquele cômodo militar e os deixei a sós. Ele a obedece, a olha com suas pupilas dilatadas, ele sente algo por Maria. Conclui puxando minhas duas malas; uma ocupando cada mão. Um passo é dado entrando assim, na sala que estava a minutos atrás, o barulho de meu salto fino ecoava por toda extensão me fazendo levantar a vistas e assustar devido o susto que tomei ao ver Maria e o Michael em um beijo urgente e ao mesmo tempo calmo. Minha mão fora parar sobre meu peito e um gritinho escapou de entre meus dentes, de minha boca. Fazendo os mesmos olharem para a entrada e me ver assustada, deixando Maria com seu rosto avermelhado e sem graça - não mais que eu por presenciar tal cena. -, mas o antipático revirava os olhos frequentemente chateado.
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Fanfic: "Merry Me?" (+18)
FanfictionAutora: Priscila Rayane e Mikaela Sofia Sinopse: Após 7 anos de namoro, Emily Chantrell já pensava na possibilidade de um casamento festivo e grandioso. Sendo assim, ela escolhe o dia 29 de agosto para propor casamento a seu "amado". Mas um capitão...